segunda-feira, 19 de junho de 2017

CAMPEONATO BRASILEIRO DE HPE 25 CONFIRMA EVOLUÇÃO DA CLASSE.

O Campeonato Brasileiro da Classe HPE 25, encerrado neste domingo (18) em Ilhabela (SP), reuniu velejadores das mais variadas classes da vela nacional entre oceano e monotipos. A cidade recebeu 96 tripulantes de 24 embarcações, um aumento de 50% na flotilha em comparação com o último Brasileiro realizado na cidade em 2015, quando competiram 16 barcos.

O crescimento na quantidade reflete-se na qualidade dos velejadores que disputaram oito regatas de elevado nível técnico entre os dias 15 e 18 de junho no Canal de São Sebastião. O inédito campeão Phoenix contou com os velejadores olímpicos Eduardo Souza Ramos, além de André Fonseca, o Bochecha, que tem três Regatas Volta ao Mundo no currículo. O vice-campeão Fit to Fly teve no leme o representante brasileiro da classe 470 nos Jogos Rio 2016, Henrique Haddad.

Timoneiro do Phoenix, Souza Ramos vê o Brasileiro em Ilhabela como um indício de um promissor futuro para a classe. “Colocar 24 barcos em Ilhabela é significativo devido à complexa logística em pleno feriado. Contamos com presença maciça dos barcos da Represa Guarapiranga. O pessoal da classe compreendeu a importância do campeonato”, enalteceu o comandante campeão.

A flotilha nacional de HPE 25 conta hoje com 58 embarcações e outras três já estão encomendadas e sendo fabricadas no Rio de Janeiro para que a marca de seis dezenas seja superada. Além de São Paulo, Ilhabela e Rio de Janeiro, a classe está chegando a outros polos de destaque para a vela nacional, como Salvador e Florianópolis, escolhida na assembleia de Ilhabela como sede do próximo Campeonato Brasileiro da Classe no segundo semestre de 2018.

Classe democrática 

O bicampeão brasileiro da classe Laser, Martin Lowy, estreou em um campeonato de HPE 25 após algumas velejadas na Represa Guarapiranga. “A versatilidade do barco conquistou o velejador paulista. “Essa experiência vai acrescentar muito no meu conhecimento sobre vela. O nível das tripulações é alto e o barco oferece muitas variáveis para se velejar durante as regatas”, afirmou o atleta do Yacht Club Santo Amaro.

Acostumado a velejar de Optimist na Guarapiranga, Ariel Biekarck, de 14 anos, encarou a árdua função de proeiro no Pajero. Não se intimidou com a responsabilidade e sentiu a emoção de correr pela primeira vez em um campeonato nacional. “A classe é intensa, com muita adrenalina nas manobras. Fiquei cansado nos dias com três regatas e ainda levei várias broncas a bordo, mas nem me liguei com isso. O importante é que me diverti”, assegurou o velejador mais jovem do campeonato.

O diretor da Comissão de Regatas (CR), Cuca Sodré, também ficou empolgado com o desempenho das tripulações. Observou que os barcos estão ficando mais velozes a cada competição. “A classe melhorou nitidamente em seu nível técnico e os barcos estão ganhando velocidade. A troca constante de posições na raia é mais um incentivo para os velejadores, indicando que vale mais a dedicação aos treinos do que uma eventual superioridade no material. Ilhabela mostrou isso”. A classe HPE 25 volta a competir em Ilhabela na 44ª Semana de Vela, de 7 a 15 de julho.  

Classificação após oito regatas (um descarte) 
1) Phoenix (Eduardo Souza Ramos): 3+1+(4)+2+3+1+1+3= 14 pontos perdidos 
2) Fit to Fly (Henrique Hadad): 2+4+6+3+2+3+(12)+2 = 22 pp 
3) Dom (Pedro Lodovici): 7+3+7+5+4+4+3+!17) = 33 pp 
4) Ginga (Breno Chvaicer): 11+2+2+1+6+(19)+11+4 = 37+2* = 39 pp 
5) Alhena (Mário Tinoco): 8+11+1+4+7+5+4+(18) = 40 pp
*Ginga teve dois pontos acrescidos por penalidade sofrida na quinta regata 

Categoria Silver 
1) Conquest (Marco Hidalgo) – 62 pp 
2) Sururu (Martin Lowy) – 68 pp 
3) Pé de Vento (Vasco Simões) – 88 pp

Texto: Ary Pereira Junior 
Foto: Marcos Mendez 

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