quarta-feira, 8 de março de 2017

NA CNH INDUSTRIAL AS MULHERES LÍDERES OCUPAM CARGOS ANTES EXCLUSIVOS DE HOMENS.

No campo, na cidade ou no sertão, ministrando aulas de mecânica e motores, dirigindo uma concessionária de máquinas agrícolas ou visitando regiões distantes em longas viagens para atender clientes e distribuidores. Essas situações são rotina na vida de algumas mulheres que trabalham na CNH Industrial, uma das líderes globais no setor de bens de capital.

A seguir, algumas delas contam como chegaram a esses postos, os obstáculos que venceram, como lidam com o preconceito que ainda impera em algumas situações e o prazer que têm em executar seus trabalhos.

Primeira gerente de Vendas da América Latina – Rosana Rupp é gerente regional de Vendas da Case Construction Equipment, marca de máquinas de construção, para oito estados do Nordeste. O trabalho em campo na área comercial começou há 12 anos, depois de oito anos na empresa.

“Um executivo que conhecia meu trabalho quebrou paradigmas e me convidou a assumir essa função, que nunca havia sido exercida por uma mulher em toda América Latina”, conta Rupp. O executivo em questão é atualmente o vice-presidente da marca, Roque Reis, na época diretor Comercial e de Marketing.

Rupp mora em Sorocaba, interior de São Paulo, onde está localizada uma das fábricas da CNH Industrial, tem dois filhos maiores de idade e sua rotina exige que fique entre duas e três semanas percorrendo os oito estados, em contato com os concessionários da marca e clientes.

Rosana Rupp, primeira gerente de Vendas na América Latina.

A maioria de seus contatos são homens, mas ela conta que esse fator nunca chegou a ser um problema. “No início alguns ficam receosos, pois acham ainda estranho uma mulher entender de máquinas pesadas. Mas, na medida em que os clientes questionam tecnicamente sobre um produto e percebem meu conhecimento e confiança nas respostas, ficam seguros e o trabalho flui normalmente”.

Rupp não acredita em fórmulas mágicas para vencer a barreira do preconceito que ainda existe em algumas profissões exercidas, na maioria das vezes, por homens. “Para o trabalho dar certo, em qualquer profissão e relação de trabalho, independentemente de gênero deve haver oportunidade, confiança, flexibilidade, disponibilidade, credibilidade e sensibilidade”, afirma. Outro fator importante, reforça, é o apoio da família. “Sempre tive a cumplicidade e apoio dos meus filhos, que sinto terem o maior orgulho de mim”, conta.

“Vai desenhar panela!”

Luana Batista tem 26 anos, é formada em Engenharia Mecatrônica e em três anos passou de instrutora de treinamento para mecânicos na área de motores a coordenadora de Treinamento Técnico para as marcas de máquinas de construção da CNH Industrial, Case Construction Equipment e New Holland Construction, e a de motores FPT Industrial.

Como instrutora, Batista passava maior parte do tempo no Centro de Treinamento de Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, projetando ou ministrando cursos para mecânicos das redes de concessionários das duas marcas, vindos de todo o Brasil. E desde 2015 coordena uma equipe de profissionais, também todos homens.

“Não temos instrutoras na equipe, fui a primeira mulher do setor. Acredito que esta é uma área que ainda atrai pouco as mulheres, por causa do tipo de trabalho e por ser um mundo bastante masculino, mas nós estamos de portas abertas para elas. Essa diversidade é necessária e saudável para o mercado e estamos aqui para tornar isso cada vez mais natural”, avalia.

Luana Batista, coordenadora de Treinamento Técnico para as marcas de máquinas de construção da CNH Industrial.

Trabalhar ministrando cursos somente para homens nunca intimidou Batista. “No trabalho, nunca deixei a questão de gênero ser um empecilho. Quando dava cursos, sempre procurei naturalizar a questão. E, quando percebia alguma inquietação, ela logo desaparecia assim que eu começava a falar, pelo meu posicionamento e pelo conhecimento técnico sobre o que ministrava”.

Mas, enquanto dentro da empresa ela conta sempre ter recebido oportunidades e desafios para construir uma carreira, na faculdade nem sempre era assim. “Eu senti mais o preconceito de gênero na faculdade, entre os colegas, que eram 95% homens, e alguns professores”, relata, reforçando que ouviu comentários bastante preconceituosos. “Desenho nunca foi meu forte, por isso, tive que me esforçar mais na disciplina. Certa vez ouvi do professor: ´você não serve para isso. Vai desenhar panela´"

Liderança feminina no meio agrícola

Formada em Administração de Empresas, Marta Bittencourt trabalha há cinco anos com a venda de máquinas agrícolas. “Entrei em agosto de 2011 para o time da Case IH como coordenadora Administrativa da Agricase, na filial de Ubiratã, no Paraná. Cursei um MBA em Administração Financeira Contábil e Controladoria e, após dois anos, fui convidada para integrar o setor comercial. Hoje, sou gerente da unidade”, comenta.

Mãe de dois filhos, Marta defende que o agronegócio tem muito a ganhar com o cuidado e habilidade feminina em seus processos. “Por se tratar de um ambiente prioritariamente masculino, nunca pensei nas dificuldades e sim nas soluções. Acredito ser uma das primeiras das muitas mulheres que assumirão cargos de liderança no setor”, reforça. 


CNH Industrial.
Página 1 Comunicação.