Em meio à pandemia causada pelo coronavírus, a Bright Cities realizou um levantamento inédito sobre o número de leitos disponíveis nos 5.570 municípios brasileiros
O estudo cruzou a capacidade dos hospitais de receber pacientes para internação em unidades de terapia intensiva (UTI) com a recomendação da Organização Mundial da Saúde(OMS) de que os países garantam de um a três leitos disponíveis por cada 10 mil habitantes. A conclusão é de que apenas 10% das cidades brasileiras oferecem pelo menos um leito de UTI dentro do Sistema Único de Saúde para cada 10 mil habitantes. Somados os leitos que integram a rede privada de saúde, o número de municípios com pelo menos 1 leito por cada 100 mil habitantes sobe para 704, ou 12,6% do total.
Nacionalmente, o país dispõe de 41.311 leitos que poderiam receber pacientes contaminados pelo Covid-19, total que se enquadra nos requisitos da OMS de oferecer pelo menos um leito por cada 10 mil habitantes. Importante ressaltar, porém, que muitos deles já estão ocupados por pacientes de outras como leitos específicos para casos de isolamento, e excluindo os leitos de UTIs neonatal. Os dados pertencem ao Datasus, base de dados do Ministério da Saúde.
A maioria dos leitos está localizada nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, conforme tabela
> Campo Largo - Paraná - 25,6 leitos
> Campina Grande do Sul - Paraná - 18,4 leitos
> Nerópolis - Goiás - 18,4, leitos
> São Caetano do Sul - São Paulo - 14,9 leitos
> Piancó - Paraíba - 12,4 leitos
* Municípios que oferecem maior número de leitos tanto públicos quanto privados por grupo de 10 mil habitantes.
* Municípios que oferecem maior número de leitos tanto públicos quanto privados por grupo de 10 mil habitantes.
“Dispor de dados atualizados e estatísticas comparativas é a maneira mais assertiva de realizarmos o planejamento necessário tanto para enfrentar situações de emergência, como a atual, como para criar parâmetros de desenvolvimento de médio e longo prazos”, afirma Raquel Cardamone, fundadora da Bright Cities. “A partir de indicadores reconhecidos internacionalmente, a plataforma permite que gestores e cidadãos se conscientizem sobre a condição de cada localidade e assim possam criar as melhores estratégias para lidar com cada desafio”, completa.
Com uma metodologia inovadora baseada em Big Data e processos de Inteligência Artificial, a Bright Cities é uma plataforma internacional desenvolvida no Brasil para traçar diagnósticos e propor soluções compatíveis com prazos e orçamentos de cada localidade. A partir de uma ampla base de dados e de centenas de indicadores reconhecidos por entidades internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas) e ISO (Organização Internacional de Normalização), a ferramenta estabelece rankings comparativos, traça contextos regionais e identifica os principais desafios sociais e econômicos, independentemente do porte do município. Os diagnósticos consideram o desempenho em dez áreas prioritárias: governança, tecnologia e inovação, saúde, segurança pública, energia, meio ambiente, mobilidade, urbanismo, educação e empreendedorismo. São identificados os principais desafios e criado um roteiro de desenvolvimento passo a passo. As prefeituras recebem um painel navegável e um roteiro de ações com respectivos custos, prazos e indicações de fornecedores. Dessa forma, a Bright Cities contribui para que cidades do mundo todo se tornem cada vez mais inteligentes, ajudando na implementação de soluções tecnológicas capazes de trazer grande impacto ao dia a dia de gestores e cidadãos.