Luiz Felipe Carbonell assina o termo de posse. Foto: A. Marchetti / Itaipu Binacional.
O general Luiz Felipe Carbonell assinou, na manhã desta segunda-feira (17), no Edifício de Produção de Itaipu, o termo de posse no cargo de diretor de Coordenação da binacional. Em seguida, ele participou da primeira Reunião de Diretoria Executiva, com diretores brasileiros e paraguaios.
A Diretoria de Coordenação é uma das mais importantes da empresa por ter entre suas atribuições garantir a segurança hídrica da usina.
Carbonell retorna à Itaipu após seis meses. Ele ocupou a chefia da Assessoria de Informações da própria Itaipu por quase dois anos e deixou o cargo no início deste ano, para assumir a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado do Paraná.
O convite para voltar à empresa partiu do diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, com quem tem uma relação profissional e de amizade de longa data. Também pesou na escolha do novo diretor o fato de Carbonell conhecer a empresa e a região com profundidade.
“O general Carbonell é um gestor com larga experiência, atuou em uma área estratégica da Itaipu, que é a Assessoria de Informações, e será um importante instrumento de mudanças”, afirmou Silva e Luna, “especialmente para a implementação das medidas de austeridade adotadas pela nossa gestão”.
A Diretoria de Coordenação também é responsável por alguns dos projetos considerados prioritários pela atual gestão da Itaipu, como a construção da nova ponte que vai ligar o Brasil e o Paraguai, entre os municípios de Foz do Iguaçu e Presidente Franco. A obra será paga com recursos da binacional.
Também fazem parte das atribuições da Coordenação implementar programas socioambientais na região Oeste do Paraná, como a conservação da qualidade da água do reservatório e o cuidado com a faixa de proteção, e a relação da empresa com 54 os municípios que estão na área de influência da usina.
“O desafio é muito grande porque a Diretoria de Coordenação é muito ampla em suas atividades e fundamental para a produção de energia, que é o foco de Itaipu”, afirmou o diretor, acrescentando que “Itaipu é uma empresa extremamente diferenciada em todas as suas atividades e relevante não apenas para o Paraná, mas para todo o Brasil e o Paraguai”.
Sobre as primeiras medidas à frente da diretoria, Carbonell disse que pretende antes conhecer a estrutura e os projetos em andamento. “Obviamente, a primeira preocupação é não atrapalhar, é fazer com que as coisas continuem funcionando adequadamente. Depois, aos poucos, fazer ajustes que são naturais, de acordo com as orientações do diretor-geral.”
O novo diretor de Coordenação assume o cargo no lugar do engenheiro Newton Kaminski, que é empregado de carreira e vai permanecer na empresa até os próximos meses, quando se aposenta.
Carreira
General de Divisão do Exército, Luiz Felipe Carbonell é natural de Porto Alegre (RS) e iniciou sua carreira militar em 1974, em Resende (RJ), na Academia Militar das Agulhas Negras.
Além da formação básica, ele acumula cursos de Comando e Estado Maior do Exército e de Política, Estratégia e Alta Administração. Tem ainda formação civil em Gestão de Processos na Escola Nacional de Administração Pública e MBA Executivo na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Como militar, comandou o 14º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em São Miguel do Oeste (SC), a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada em Dourados (MS), a 5ª Região Militar e a 5ª Divisão de Exército em Curitiba, Paraná.
Também foi Subchefe do Centro de Comunicação Social do Exército, Chefe de Gabinete do Estado-Maior do Exército e chefe da Seção de Comunicação Social da Brigada Haiti, na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
Na Itaipu, Carbonell é o terceiro militar nomeado como diretor pelo presidente Jair Messias Bolsonaro e pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albulquerque. Também integram a diretoria o próprio general Silva e Luna e o vice-almirante Anatalício Risden Júnior, diretor financeiro-executivo.
O decreto de nomeação de Carbonell foi assinado pelo presidente Jair Messias Bolsonaro e pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e publicado no último dia 11 no Diário Oficial da União (DOU).
A transferência de quase 150 empregados do escritório de Itaipu em Curitiba vai acrescentar cerca de R$ 22 milhões por ano à economia de Foz do Iguaçu. Hoje, a folha de salários de Itaipu representa 11,41% de toda a massa salarial da cidade; com a migração, esse percentual subirá para 12,34%, segundo o matemático Luiz Carlos Kossar.
Os reflexos serão sentidos em vários setores, desde o imobiliário até o de supermercados, passando por toda uma cadeia econômica, como a venda de móveis e eletrodomésticos, turismo, bares, restaurantes e comércio em geral.
A transferência desses empregados coincide com um bom momento da cidade. Foz do Iguaçu passa por uma grande transformação, com o início das obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai (a segunda ponte), a conclusão do Mercado Municipal e os investimentos em outras áreas, como o estudo para implantação do novo Plano Diretor do município.
A Itaipu tem sido a principal protagonista dessa mudança de status da cidade. “Vamos fazer de Foz do Iguaçu a melhor cidade para a nossa gente, empregados e população”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. “Eu moro aqui há quatro meses e já me sinto iguaçuense. Fui muito bem acolhido. Tenho certeza de que nosso pessoal de Curitiba vai se sentir em casa.”
O primeiro setor beneficiado com a migração dos empregados de Itaipu é o mercado imobiliário de Foz, que aguarda com expectativa a chegada dos novos moradores. O ranking anual do setor, preparado pela revista Exame, mostra que Foz é uma das 100 melhores cidades do Brasil para se investir em imóveis.
Com boas ofertas e preços bem abaixo dos praticados em outros centros urbanos, os imóveis para venda são bastante atrativos. A defasagem nos preços de imóveis à venda, segundo Cássia Regina, diretora de Construção Civil e Setor Imobiliário da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), chega a 15%. Isso significa que, para quem vai adquirir uma casa ou um apartamento, a valorização é quase certa.
O preço do metro quadrado em Foz do Iguaçu varia de R$ 3 mil, para um apartamento em prédio antigo, até cerca de R$ 6 mil, em apartamento novo. Cascavel, Maringá, Londrina e Curitiba, diz Cássia Regina, têm preços mais elevados.
"Até em Medianeira (a 60 quilômetros de Foz) o metro quadrado é mais caro", compara. Medianeira é seis vezes menor que Foz. Em Curitiba, o preço médio do metro quadrado, em 2018, estava em R$ 4.727. Em bairros nobres, como o Batel e o Alto da Glória, o preço sobe para mais de R$ 7.500.
A migração dos empregados de Itaipu em Curitiba para Foz do Iguaçu, que ocorrerá de 1 ° de julho até 31 de janeiro de 2020, é resultado das novas medidas de austeridade adotadas pela atual gestão da hidrelétrica binacional, no lado brasileiro. O objetivo é reduzir custos e gastos, para poder investir em obras estruturantes e, também, para permitir que, ainda antes de 2023, a tarifa de energia fique mais barata para o consumidor brasileiro.
Para Itaipu, a manutenção em Curitiba de um pequeno escritório de representação, a exemplo do que ocorre em Brasília, terá dois resultados práticos: redução dos gastos com aluguel do prédio e com passagens aéreas mais as diárias dos empregados que se deslocavam entre Foz e a capital (a despesa anual chegava a R$ 12 milhões); e a possibilidade de finalmente reunir, na cidade-sede da usina, todo o comando da empresa e praticamente todos os seus empregados.
“A proximidade do comando da empresa com o corpo funcional torna a gestão mais eficiente, com melhor aproveitamento da mão de obra e possível redução de duplicidade de funções, como ocorre com o escritório na atual formatação”, diz Silva e Luna.
Para dar as boas-vindas aos colegas de Curitiba, o pessoal da área de Recursos Humanos de Itaipu criou um mapa interativo que facilita a integração à cidade. O mapa traz informações importantes sobre o município, como localização, bairros, população e até sugestões de lugares para morar e onde estão os melhores pontos para fazer compras ou se divertir, entre outras dicas.
Itaipu Binacional
Leia> O Brasil Sobre Rodas
TRANSFERÊNCIA DE 150
EMPREGADOS DE CURITIBA VAI INCREMENTAR TODA A ECONOMIA DA FRONTEIRA
A transferência de quase 150 empregados do escritório de Itaipu em Curitiba vai acrescentar cerca de R$ 22 milhões por ano à economia de Foz do Iguaçu. Hoje, a folha de salários de Itaipu representa 11,41% de toda a massa salarial da cidade; com a migração, esse percentual subirá para 12,34%, segundo o matemático Luiz Carlos Kossar.Os reflexos serão sentidos em vários setores, desde o imobiliário até o de supermercados, passando por toda uma cadeia econômica, como a venda de móveis e eletrodomésticos, turismo, bares, restaurantes e comércio em geral.
A transferência desses empregados coincide com um bom momento da cidade. Foz do Iguaçu passa por uma grande transformação, com o início das obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai (a segunda ponte), a conclusão do Mercado Municipal e os investimentos em outras áreas, como o estudo para implantação do novo Plano Diretor do município.
A Itaipu tem sido a principal protagonista dessa mudança de status da cidade. “Vamos fazer de Foz do Iguaçu a melhor cidade para a nossa gente, empregados e população”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. “Eu moro aqui há quatro meses e já me sinto iguaçuense. Fui muito bem acolhido. Tenho certeza de que nosso pessoal de Curitiba vai se sentir em casa.”
Para venda
O primeiro setor beneficiado com a migração dos empregados de Itaipu é o mercado imobiliário de Foz, que aguarda com expectativa a chegada dos novos moradores. O ranking anual do setor, preparado pela revista Exame, mostra que Foz é uma das 100 melhores cidades do Brasil para se investir em imóveis.
Com boas ofertas e preços bem abaixo dos praticados em outros centros urbanos, os imóveis para venda são bastante atrativos. A defasagem nos preços de imóveis à venda, segundo Cássia Regina, diretora de Construção Civil e Setor Imobiliário da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), chega a 15%. Isso significa que, para quem vai adquirir uma casa ou um apartamento, a valorização é quase certa.
Comparação
O preço do metro quadrado em Foz do Iguaçu varia de R$ 3 mil, para um apartamento em prédio antigo, até cerca de R$ 6 mil, em apartamento novo. Cascavel, Maringá, Londrina e Curitiba, diz Cássia Regina, têm preços mais elevados.
"Até em Medianeira (a 60 quilômetros de Foz) o metro quadrado é mais caro", compara. Medianeira é seis vezes menor que Foz. Em Curitiba, o preço médio do metro quadrado, em 2018, estava em R$ 4.727. Em bairros nobres, como o Batel e o Alto da Glória, o preço sobe para mais de R$ 7.500.
Mudança
A migração dos empregados de Itaipu em Curitiba para Foz do Iguaçu, que ocorrerá de 1 ° de julho até 31 de janeiro de 2020, é resultado das novas medidas de austeridade adotadas pela atual gestão da hidrelétrica binacional, no lado brasileiro. O objetivo é reduzir custos e gastos, para poder investir em obras estruturantes e, também, para permitir que, ainda antes de 2023, a tarifa de energia fique mais barata para o consumidor brasileiro.
Para Itaipu, a manutenção em Curitiba de um pequeno escritório de representação, a exemplo do que ocorre em Brasília, terá dois resultados práticos: redução dos gastos com aluguel do prédio e com passagens aéreas mais as diárias dos empregados que se deslocavam entre Foz e a capital (a despesa anual chegava a R$ 12 milhões); e a possibilidade de finalmente reunir, na cidade-sede da usina, todo o comando da empresa e praticamente todos os seus empregados.
“A proximidade do comando da empresa com o corpo funcional torna a gestão mais eficiente, com melhor aproveitamento da mão de obra e possível redução de duplicidade de funções, como ocorre com o escritório na atual formatação”, diz Silva e Luna.
Aplicativo
Para dar as boas-vindas aos colegas de Curitiba, o pessoal da área de Recursos Humanos de Itaipu criou um mapa interativo que facilita a integração à cidade. O mapa traz informações importantes sobre o município, como localização, bairros, população e até sugestões de lugares para morar e onde estão os melhores pontos para fazer compras ou se divertir, entre outras dicas.
Itaipu Binacional
Leia> O Brasil Sobre Rodas