O Brasil será a sede da COP 30, em Belém do Pará, de 10 a 21 de novembro, como o maior representante dos chamados Países Amazônicos, em número de nove - Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela - com o total de sete milhões de quilometros quadrados. Sessenta por cento da floresta pertence ao Brasil, 16% ao Peru e outras partes menores aos demais países.
Tudo o que se refere à bacia amazônica tem números astronômicos. Conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUM) a Amazônia ocupa 40% do território da América do Sul; na região se concentra a maior biodiversidade entre as florestas tropicais do mundo; 20% da água doce do planeta está na bacia amazônica; e 20% da fauna e flora do mundo encontra-se nessa área.
A boa comunicação seria muito importante ou fundamental, para fazer ecoar esses números como elo para o turismo sustentável. Não apenas as fotos ou os influenciadores de plantão e menos ainda, os políticos de carreira.
Para se ter uma noção, a Amazônia é tão grande que, se somarmos França, Alemanha, e Espanha, a área resultante ainda é menor do que a Amazônia. Só os estados brasileiros Amazonas e Pará são muito maiores do que muitos países europeus juntos.
Sem aprofundar mais em números e estatísticas, vale ressaltar que se trata de uma região importantíssima, que enfrenta desafios, tal qual a sua dimensão, com desmatamentos, queimadas, mineração ilegal, etc. Todos os problemas somados e/ou suas particularidades ameaçam a sua biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que ela oferece.
Política, infraestrutura e ecoturismo
Se de um lado encontram-se enormes desafios, de outro se alinham as oportunidades, muitas das quais não são aproveitadas, e perdidas, por falta de políticas públicas condizentes, países e governos que não "se conversam" e os famosos interesses particulares e internacionais.
Nos últimos dez anos, se multiplicaram as famosas Organizações Não Governamentais - ONGs, que arrecadam muito dinheiro - sem prestar conta, as vezes por força de legislação - e nada fazem, para garantir a preservação da floresta e o bem-estar da população que nela habita.
Nem o próprio governo brasileiro tem aproveitado corretamente a aplicação de recursos para a região, se perdendo em discursos e no emaranhado da política indigenista.
Agora, às vésperas da COP 30, descobriu-se que Belém não tem acomodações hoteleiras suficientes para abrigar um evento de tamanha magnitude. Os governos estaduais e federal, ajudados por empresas particulares deverão, ao que se tem conhecimento, utilizar transatlânticos, a custos inimagináveis, para hospedar delegações que virão de diversos países do mundo.
Alguns recursos alocados de última hora, virão com a chancela "para a mobilidade pública", que se perderão ao longo do caminho, como aconteceu no Rio de Janeiro, durante o Panamericano.
Infelizmente, o Pará não tem uma grande e boa rede hoteleira e uma infraestrutura adequada, uma política sustentável de turismo na região, através da EMBRATUR, para alavancar o turismo ou o ecoturismo do Turismo.
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