Próximo GM será o Trax
Nova parcela acaba de ser relacionada para a soma
de condicionamentos definindo produto e prazo ao novo produto GM Mercosul: o
início do governo Trump nos EUA e sua insistência em viabilizar nos 100
primeiros dias as promessas de campanha. Dentre estas revisar o NAFTA, o
tratado de comércio entre as nações norte continentais – México, EUA e Canadá.
Em nome de gerar empregos internos novo governo quer cobrar impostos de
importação hoje inexistentes.
Presidente da GM no Brasil, o argentino Carlos
Zarlenga disse nos primeiros dias do ano, no Salão de Detroit, estudar um novo
produto para a fábrica de Rosário, na Argentina, onde faz o Cruze. Se fazia
sentido industrial e comercial – afinal o Tracker é a versão utilitária
esportiva sobre a plataforma Cruze -, aplicar sanções aos produtos mexicanos
provocará a fábrica de São José de Potosi, onde produzido, a buscar opções para
seus negócios. Uma delas é exportar partes prontas para a montagem na
Argentina.
Os outros condicionamentos estão nas boas vendas do Cruze; sua
assinatura visual nas mudanças realizadas para o Traker; a expectativa de
ampliação dos mercados automobilísticos na Argentina e no Brasil; o projeto
interno da GM em reduzir o tempo vida dos produtos, incrementado o surgimento
de novidades; e a inexplicável omissão da GM em participar do segmento SUV, o
de maior expansão no Mercosul. Imaginado para 2018, deverá ter outro nome para
complementar a mudança – Trax.
Trakker, pequenas mudanças, produção argentina como Trax. |
Toyota muda o Etios
Desprezando crença de que não se deve ter produto
novo ou anunciar no mês de janeiro, quando consumidores de itens caros, como
automóveis, estão em viagem de férias, Toyota mudou a regra: apresentou o Etios
como modelo 2018, identificado por pequenas mudanças externas, complementada
por retoques internos. Trabalho de designers brasileiros.
Curiosamente o veículo mais atrativo no leque de
produtos não está entre os mais caros, mas na base da lista. É o X 1,3, com
transmissão automática, a R$ 53.890, menor preço com tal equipamento. O motor é
moderno, 4 cilindros, bloco, carter e cabeçote em alumínio, 16 válvulas e
variador de fase em todas. Produz 98 cv. A transmissão é anterior ao motor, com
apenas 4 velocidades.
No geral em todas as versões os carros ficaram
melhor compostos em aparência, com redesenho frontal padronizando as diferenças
antes aplicadas nas versões Ready e Platinum. Equipamentos de conectividade, conforto,
e materiais melhores em mais um passo para mudar a conformação de lançamento,
parecendo misturada de partes. A gestão da Toyota foi ágil em listar as
críticas e sanar o produto.
Todas as versões, com motores 1,3 ou 1,5
produzindo 107 cv, apresentam direção com assistência elétrica,
computador com tela de 10 cm, cuidados internos para torná-los atrativos.
Quanto
Modelo
|
Versão
|
Preço
sugerido R$
|
Toyota Etios hatchback 2018
|
X
1.3L 16V manual
|
45.990
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X
1.3L 16V automático
|
50.890*
|
|
XS
1.5L 16V manual
|
51.190
|
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XS
1.5L 16V automático
|
56.090
|
|
Ready
1.5L 16V automático
|
59.840
|
|
XLS
1.5L 16V automático
|
61.390
|
|
Cross
1.5L 16V automático
|
64.290
|
|
Platinum
1.5L 16V automático
|
64.990
|
|
Toyota Etios sedã 2018
|
X
1.5L 16V manual
|
50.690
|
X
1.5L 16V automático
|
55.590
|
|
XS
1.5L 16V manual
|
53.990
|
|
XS
1.5L 16V automático
|
58.890
|
|
XLS
1.5L 16V automático
|
64.190
|
|
Platinum
1.5L 16V automático
|
68.390
|
Àgil,
o Mini John Cooper Works Countryman
Combinando com o produto nome comprido batiza a
versão mais comprida e equipada da linha Mini. Em conteúdo, o topo da
disponibilidade, como o motor 4 cilindros, 2,0, abertura variada em
todas as válvulas, turbo soprando a 2,2 bar, faz 231 cv, aproximados 35 quilos
de torque, transmissão Steptronic de 8 velocidades e tração integral.
Conjunto, com o motor mais potente já aplicado ao
pequeno automóvel, faz da imobilidade aos 100 km/h em 6,5s e crava velocidade
final de 234 km/h. Como é carro para público em geral, a composição mecânica é
para garantir estabilidade e segurança na rolagem, freios Brembo com tomadas de
ar externas, suspensão esportiva, rodas em liga leve em 18 polegadas, conforto
e conectividade, luzes em LEDs. Deve ter rolagem dura e áspera.
O Mini John Cooper Works Countryman será
apresentado no Salão de Shangai, em abril. No Brasil 2018.
Who?
John Cooper Works era o designativo décadas
passadas para os Mini integrantes da equipe do ingles John Cooper. Ele tomou o
carrinho e, para aproveitar sua estabilidade e baixo peso, sinônimos de
concessão à esportividade, passou a desenvolver kits de melhora de
comportamento. Motor pequeno, inferior a um litro, foi elevado a 1.275 cm3, e
os demais componentes de carro urbano e barato permitiram agilidade. Direitos
de uso do nome foram cedidos à Mini pela família.
Mini John Cooper Works Countryman. |
Roda-a-Roda
Então – Apresentado ao início de 2015 o Range
Rover Sport SVR inovou. Era o utilitário esportivo refinado como os carros
desta divisão, entretanto surpreendeu ao ser dinamicamente bem dotado.
Jeito - Nada de SUV com pouco jeito para
aventuras extra estrada, mas produto bem construído e para atividades que a
outros tipos e marcas, se cumpridas serão façanhas.
Prova – No RR Sport há motor V8 com 550 cv,
apto a comportamento esportivo, apto a fazer de 0 a 100 km/h em 4,7s, tempo de
carros esporte. Para atestar capacidade de tração nos vários modos permitidos
pela transmissão Terrain Response 2, arrancando até 100 km/h com pneus de serie
Michelin 275/45 R21, nos diversos pisos.
Competência – Transmissão fez sua parte,
identificando o tipo de piso e se ajustando automaticamente, evitando patinar e
perder aderência. Resultados de surpreender: variação entre grama úmida, areia,
e asfalto abrasivo foi de apenas 0,8s. Combinação de neve e gelo fez o sistema
de tração trabalhar intensamente, com prejuízo de tempo: 11,3s.
Trumpalhadas – Governo Trump se iniciou nos EUA com
retirada dos país do maior acordo entre países do Pacífico, ameaças de revisão
ou saída do NAFTA, o mercado formado com Canadá e México. Trump parece Collor
25 anos depois.
Em casa - E reunião com os mandatários das
remanescentes das marcas originais, Ford, GM e Chrysler, agora FCA. Lero-Lero
sobre produzir nos EUA e tapinhas em Sergio Marchionne, nº 1 da empresa. O
ítalo-canadense é avesso a contatos físicos. Teve momento de boa educação:
colocou Mary Barra, a líder da GM, à sua direita.
Mexida – GM na América Latina passou por mudanças,
criando três regiões: GM Mercosul, abrangendo Brasil e Argentina, sob comando
comum de Carlos Zarlenga, presidente GM Brasil; GM Andina reunindo Colômbia,
Equador e Venezuela. Nas duas primeiras marca tem pequenas operações. Na
Venezuela há mais de ano paga a folha de colaboradores, sem produzir. Terceira,
GM Central, para os países onde há apenas distribuição, caso de Bolívia, Chile,
Paraguai, Peru e Uruguai. Comandante geral Barry Engle.
Ampliação – Para afirmar-se no mercado, Chery única
chinesa fabricando no Brasil busca grande crescimento de negócios a partir
deste ano. Processo de ampliação ocorrerá por acordo com o Grupo CAOA para se
integrar à rede de distribuição da marca. Está nos ajustes finais.
Forno – Nissan tirou da linha de produção de
sua fábrica em Resende, RJ, primeiras unidades do sav Kicks.
Serão avaliadas pelos executivos maiores do processo de construção. A Nissan
quer tê-lo em nível de excelência mundial. Produção no primeiro semestre.
Duplicidade – Honda iniciou campanha para vender o
Fit. Resume: Pergunte a quem tem. Frase é ótima ao buscar
referência de usuário. Mas não é nova. Foi criada em 1901 pela norte-americana
Packard e utilizada por décadas.
História - Àquele tempo de baixa motorização
William D Rockfeller, referência como fortuna, deixou de utilizar carros Winton
e comprou um Packard, construído para ser o melhor dos automóveis nos EUA.
O Pergunte a Quem Tem Um buscava a melhor prova testemunhal.
- Recente, inexplicável, incalculada decisão
governamental premiará funcionários com bônus de eficiência sobre montante
arrecadado. Na prática pagará para que funcionários cumpram o seu dever, ganhem
sobre o que já ganham. Mas nada impede desdobramentos, como a extensão a todo o
aparelho arrecadador, incluindo o guarda de trânsito e as polícias rodoviárias.
Anúncio do Fit repete o da Packard, criado em 1901. Aqui em 1934. |
Duas rodas – Ducati fez recorde mundial de vendas,
expandiu-se na Itália, sua base, China e EUA, beirando 55 mil unidades. Também
cresceu no Brasil: 36%, 1.184 unidades, marca de maior ganho, e na Argentina,
219%. Ducati é controlada pela Audi.
Ciclo – Após 40 anos Bernard Charles
Ecclestone deixou de ter executividade na Fórmula 1. Recebeu 7,5B de Euros do
grupo Liberty Media e passou a gestão do negócio controlador da organização e
veiculação. Foi convidado ao cargo honorífico de Presidente Emérito, mas não
confirmou.
Quem
– Ross Brown, inglês, ex-estrategista da Ferrari no tempo
de Michael Schumacher, teria sido convidado a gerir o negócio.
Realidade - Não haverá outro como ele,
transformador de atividade errática e romântica num circo de enormes custos,
interesses, investimentos, verdadeiro laboratório de desenvolvimento do
automóvel através das corridas de Fórmula 1.
Herança – Peculiar em realizar negócios, faz
amigos em todas as esferas, e é homem de palavra, desprezando contratos. O novo
modelo de negócio não terá o mesmo tipo de trato. Apesar dos 86 anos, difícil
imaginá-lo ocioso na varanda de sua fazenda de produção de cafés finos para
exportação nas beiradas de Campinas, SP.
Ecclestone, peculiar. |
Começou bem – Pedro Piquet, 18, mais jovem do clã
familiar, começou bem a temporada Toyota Racing Series: em Teretonga,
Australia, na segunda rodada tripla do calendário fez 3o., 1o,
e 5o. Está em terceira posição no campeonato com cinco etapas.
Há 50 anos, a AMG
Muitos anos de bons e referenciais
resultados, a inclusão de mais um sócio, o português Domingos Piedade, primeira
parceria com a Mercedes para criar o C 36 em 1993. Em 2005 a Daimler-Benz
adquiriu a empresa, passando a criar versões AMG para os produtos Mercedes.
Toda a linha, dos A aos S, incluindo inimagináveis trabalhos em utilitários
esportivos.
Em 2014 a direção decidiu separar, e a AMG
deixou de ser divisão e voltou a ser empresa em separado, 100% controlada pela
Daimler. Manteve habilidades de técnica e construção, desenvolvimento de
projetos, construção de versões com sua assinatura - aliás os motores são
assinados pelo montador.
A AMG virou marca com produto próprio, em
separação exitosa, e em 2016 a AMG vendeu 100 mil unidades, 40% mais ante 2015.
Produto recente é o GT de projeto e
construção, chassis em alumínio, como quase toda a carroceria, e a evolução
para o C Coupé, tido como o melhor resultado na cruza entre rusticidade
esportiva e refinamento. Estará na 11a. edição do Mercedes-Benz
Top Night, evento realizado com o fotógrafo Luiz Tripoli. Nela sete
personalidades do mundo musical foram fotografados ao lado de automóveis
Mercedes. O AMG GT C, recém apresentado, é marcado por grade frontal inspirada
nos protótipos dos 300 SL competidores da Carrera Pan Americana em
1952.
Mercedes AMG GT 2017. |
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
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