Março, picape JAC T6 diesel
SNS, importadora da chinesa JAC Motors, anunciou em convenção de
revendedores importação de picapes T6 a partir de março de 2018. Terá a
configuração de agrado ao mercado: cabine dupla, tração 4x2 ou 4x4, câmbio de
seis velocidades à frente, e motor diesel.
Características adicionais, com 1,83m de largura e 1,81m de altura é
mais espaçoso relativamente aos concorrentes; tem maior capacidade cúbica de
carga ao nível das laterais da caçamba; e maior espaço aos cinco passageiros.
É atualizado ante Isuzu/GM, Ford, Nissan, Mitsubishi - e muitos
chineses, e contra destes declara tal característica, assim como menor consumo
de diesel.
Olhando o passado é incontestável evolução de seus modelos anteriores,
cópias de Ford F 150, de GM Isuzu, e deste há notícias de ser inspirador do
desenvolvimento e produção de motor próprio pela JAC. A configuração para o
mercado brasileiro está em análise de factibilidade industrial, apesar de na
origem o T6 ser anunciado como de resistência superior a testes de impacto,
aptidão ao uso fora de estrada, e menor consumo.
Quanto a aparência e interior, atende às exigências do comprador nacional,
em sua maioria utilizando-o bestamente como urbano sedã com porta malas grande
– e ocioso. Com dimensões maiores supera em porte concorrentes do segmento
médio; porta itens de segurança básicos incluindo ABS de nona geração;
construção da cabine declarada como dotada de grande capacidade de absorção de
impactos frontais e laterais – 4 estrelas no índice CNcap; decoração
automobilística; painel com tela grande, gestora das funções e da infodiversão
– navegador, radio, tv, Bluetooth, conexão USB e Internet. Projeto foi
desenvolvido pela JAC design, com base em Turim, Itália.
JAC quer ampliar leque de produtos, mesmo com importações limitadas ao
teto de 4.800 unidades anuais para toda a marca.
Ônix e seus perigos
LatinNCAP, entidade plural dedicada a medir índices de segurança em
veículos divulgou dado alarmante: o Ônix, líder de vendas Chevrolet, levou nota
Zero em teste de impacto lateral a passageiro no banco frontal. Na avaliação –
choque contra barreira deformável – permitiu intrusão do aríete na cabine;
atingiu o peito do boneco de testes. E ocorreu o insólito: a porta traseira do
lado impactado abriu. Para crianças o índice foi 3.
Proteste, associação de proteção ao consumidor, foi ao extremo: apoiada
por assinaturas populares quer requerer ao Governo Federal determine suspender
produção até a GM introduzir melhorias para evitar consequências tão danosas
aos passageiros. E tornar os Ônix, desde o início da produção, em 2012, objeto
de re call para correções – um processo mecânico muito
difícil, pois a intrusão se deu por deficiência estrutural para os testes
atuais, e não para os da época do projeto.
GM distribuiu nota oficial calcando no óbvio: o Ônix segue as leis do
país. Adicionalmente incluiu a desnecessária informação de seus investimentos
locais, como se isto evitasse danos em acidentes.
E ?
Resposta infeliz, com enorme repercussão negativa, tanto por conta do
evento quanto consequência prevista ante as continuadas dificuldades da GM em
seu relacionamento com os formadores de opinião. Mas a fabricante, em seu
comunicado abre oportunidade a correção. Ao transmitir ao governo federal
a responsabilidade da ocorrência de danos pessoais como resultado de legislação
leniente, pode forçar um re-estudo para atualização das regras legais sobre
itens de segurança nos carros feitos no Brasil. As exigências brasileiras,
leia-se sul americanas e países emergentes, são inferiores às da comunidade
europeia e EUA. Alega o Proteste, o Ônix não seria aprovado por regulamento das
Nações Unidas, a UN95, nem pela norma federal norte-americana.
Outro resultado positivo pode advir de tal situação: reparar se nos
próximos meses suas vendas cairão. Se isto ocorrer será demonstração de mudança
comportamental dos consumidores, há pouco tempo ainda optando por estofamento
de couro ou som incrementado em lugar do então opcional ABS e air bags.
Nesta época de Deputados querendo mostrar serviço para remover a nódoa geral
sobre a classe política, baixar legislação atualizadora em segurança pode ser
uma das consequências positivas.
Roda-a-Roda
Expansão – PSA – Peugeot Citroën assinou acordo com a SC Uzavtosanoat,
empresa do Uzbequistão para produzir comerciais leves. Coisa pouca, 16 mil
unidades em 2019, para mercado doméstico e exportações. Negócio típico de
implantação: PSA entra com planos, projetos, cessões e gestão. Sócio com
capital, país com incentivos e a regra de 50% de conteúdo local.
Amplo – Argo, próximo lançamento Fiat, para cumprir objetivo de conquistar
clientes em várias faixas de preço, terá motores 1,0 3-cilindros – transmissão
mecânica 5M; 1,3 4-cilindros – transmissão automatizada GSR 5M; e 1,8 litro
EtorQ VIS com 139 cv e câmbio automático 6M.
Enfim – Citroën iniciará vender em junho seus modelos C3 e Aircross com
ótima combinação mecânica: motor 1,6 litro com transmissão automática de 6
marchas. Além de conforto, troca da antiga caixa automática com 4M pelo sistema
mais novo, oferece mais dinamismo e menor consumo,
Aqui – Leitor da Coluna sabia. Leu aqui há duas semana o
início das vendas de tal conjunto na Argentina e a óbvia comercialização no
Brasil.
Olho ... – Johannes Roscheck, novo presidente da Audi, fará périplo
pelo país: conhecer a operação dos revendedores, de serviços a atendimento e
vendas.
... do dono - Quer entender baixa performance, em especial quanto aos modelos
de maior preço em seu processo de melhorar o rendimento da marca,
Pra fora – Vendas domésticas em queda, fabricantes de
veículos e auto peças buscam clientes de fora do país. Volkswagen e Fiat focam
ampliar na América Latina, com diretorias específicas. Zen, catarinense de
impulsores de partida e polias de roda livre, expôs na Automechanika, em Dubai.
Quer o mundo.
Motores – VW Brasil acertou-se com similar mexicana – e exportará 250.000
motores 1,4 TSI – turbo injeção direta -, até 2020. Em alguns produtos viagem
ociosa: VW mandará o motor e importará o carro por ele tracionado.
Pra dentro – Varejo de venda de veículos mostrou índice
positivo: média diária de vendas em 8.700 veículos superou abril de 2016 e
março de 2017. Contra varejo não há argumentos. Índices poderiam indicar o fim
da queda. Nas condições atuais qualquer aposta é nula.
Solução – Inspeção Veicular, necessidade premente para depurar a frota usada a
partir de itens inseguros, não consegue ser implantada no Brasil, apesar de
definida pelo Denatran, órgão regrador. Seu funcionamento em muito melhoraria o
trânsito, reduziria acidentes e seus custos, diminuiria emissões poluentes,
fomentaria venda de veículos novos.
E? - Política ou baixa política, fato é não consegue ser tornada
obrigatória, pois talvez os números ofusquem o bom senso. Multiplique os
incontáveis milhões de clientes obrigatórios pelo valor de inspeção, e terá
quantia provocadora.
Caminho – Pode ser seja resolvida por outra via. Nas discussões do Rota
2030, o programa industrial para a indústria automobilistica tocado pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a
inspeção e sua função de assepcia rodoviária está presente como programa de
governo.
De fora – Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustíveis, pela
AEA, Associação Brasileira da Engenharia Automotiva, 7 de junho, colocou o Rota
2030 em pauta. Tema é Inovação, Sustentabilidade e Impactos na Sociedade, e
especialistas nacionais e estrangeiros somarão conhecimentos e esperanças
quanto à implantação da Inspeção Veicular.
Semelhança – Como são assemelhadas as posturas do presidente Donald Trump,
dos EUA, e do ex-Lula da Silva no Brasil. Tratam o país como se fosse
propriedade privada, atropelam as regras com postura pessoal, se dizem
perseguidos, especialmente pela imprensa. Lá sedimenta caminho para um pedido
de impeachment. Aqui, tudo indica, prisão.
Opção – Em cores para veículos, encerrada a ditadura do Preto e Prata, o
mandão Branco já foi superado. Moda geral agora é o cinza, em cabelos,
decoração de ambientes e carros. É a mais vendida entre os Ford europeus e deve
ter destaque no novo EcoSport.
Origem – Surgido na Índia como carro para países emergentes,
e no Continente fabricado pela Toyota no Brasil, o Etios usa motores de 1,3 e
1,5 litro. É correto em pretensões – e manso de comportamento.
Tempero - Inquietos irmãos Alejandro e Marcos
Galanti, pilotos de rallye, convenceram Toyota del Paraguay fazer o
Etios mais rápido do mundo e competir na Categoria Rallye 5. A francesa AD
Competition fez.
Futuro - Ajeitou a mecânica, aplicou motor 1,8 do
cupê Celica, extremamente desenvolvido, gerando 315 cv. Atingiram o objetivo.
Toyota não o fará, mas a aventura paraguaia exibe casamento factível em ponto
menor, Etios com motor Corolla. Seria
o up! TSI da Toyota.
Constatação – Esportivos de ponta são normalmente carros
infelizes. Pouco usados, largados em garagens, óleos se degradam, pneus se
deformam. Anos depois, vendidos como brinquedo envelhecido, no usual registram
baixíssima quilometragem, e motores com pouca saúde.
Insólito – Revista inglesa Autocar localizou
exceção, Lamborghini Murciélago, 2009, 420 mil km (!) de uso sofrido em
locadora de esportivos. Sob motoristas buscando sensações, embreagem dura 30
mil km; pneus, um mês. Talvez o Lambo mais rodado no mundo, mecânica está
surpreendentemente sadia.
Gente – Giancarlo Annoni, 82, engenheiro,
agora Cavaliere – Mérito do Trabalho -, na Itália. OOOO
Foi o último engenheiro da Alfa Romeo residente no Brasil, no desenvolvimento e
produção do AR 2300. OOOO Fernão Silveira,
ex Dow Chemical, novo cep. OOOO Diretor de Relações Corporativas na
Ford. OOOO Aposta ousada: implantar relacionamento com novos
públicos, distantes do automóvel. OOOO
Novo up! surpreende
Mais conectado, tecnológico e esportivo: com novo design, novo painel e
sistema de som Composition Phone, permitindo conectar o veículo ao smartphone.
Assim é o VW novo up!, revolucionário em segurança, eficiência energética e design no
Brasil.
Linha 2018 exibe a nova linguagem global de estilo da Volkswagen, jovial
e esportiva, e traz tecnologias e equipamentos inéditos no segmento, apenas
empregados em veículos de maior porte e preço.
Faróis de neblina com luz de conversão estática (cornering light),
sensores de chuva e de luminosidade (crepuscular), suporte para celular, e o
aplicativo exclusivo “maps + more” desenvolvido pela Volkswagen
possibilita monitorar as principais funções do veículo por meio do Smartphone.
Marca a modelia 2018 painel totalmente novo: do instrumento combinado
maior e o acabamento refinado ao volante multifuncional de estilo global e a
iluminação de ambiente (recurso inédito na categoria). Na prática um interior
mais refinado.
Mantendo a vanguarda técnica oferece duas opções de motorização 1.0 de
três cilindros: a MPI de até 82 cv (câmbio manual de cinco marchas ou
transmissão automatizada I-Motion) e a TSI de até 105 cv (câmbio manual
de cinco marchas).
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
>>>Visite: O Brasil Sobre Rodas.
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