quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

EDUCAÇÃO.
Por José Renato Nalini*

O desafio da volta às aulas.


Quatro milhões de alunos da rede estadual da educação paulista voltam às classes depois das férias.  O que há de diferente no retorno deste ano?


A preocupação com um intensivo esforço na revisão e recuperação dos conteúdos, principalmente português e matemática, nas primeiras três semanas de fevereiro. É essencial que o alunado tenha consciência de que ainda estamos longe do ideal em termos de habilidade cognitiva e que o manejo proficiente do idioma, além do domínio das operações básicas na aritmética, faz parte da solidez de uma formação adequada.

São Paulo se preocupa há muitos anos com a adoção de um currículo básico, tema que só agora é seriamente enfrentado pela União. Também possui estratégia de aprendizado inteligente, com programas como o Currículo Mais (+), o Foco Aprendizagem e outras técnicas interativas. O programa intensivo prosseguirá durante todo o ano. Além disso, prossegue a cruzada pela conectividade em todas as escolas, com o intuito de tornar a tecnologia mais acessível e afinada com os objetivos pedagógicos da escola pública.

Este ano se definirá a Base Nacional Comum, que não se confunde com o currículo, mas é um parâmetro, uma referência, a fim de que o conteúdo de ensinamentos oferecidos aos alunos seja implementado com autonomia pelos estados e municípios. Continua em andamento o plano de otimização da gestão das unidades escolares e tem-se plena consciência que todos os esforços da comunidade escolar, da família e da sociedade conduzirão as novas gerações para os padrões compatíveis com o investimento que se faz na educação pública.

São Paulo aplica praticamente um terço de seu orçamento na educação, o que não é pouco, em que se cuidando de um ano dramático, de contínua e acentuada queda da arrecadação. Os educadores e demais profissionais da área oferecem todo o seu empenho e idealismo para que o futuro reserve aos alunos de hoje a oportunidade de uma vida que corresponda com a consistência de seu aprendizado. Afinal, a escola se destina a permitir que todos os talentos desabrochem e continuem rumo à plenitude possível, a capacitar para o exercício profissional e a qualificar para o trabalho.











José Renato Nalini é secretário da Educação do Estado de São Paulo, Imortal da Academia Paulista de Letras e Membro da Academia Brasileira da Educação. Visite o blog: renatonalini.wordpress.com.

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