quinta-feira, 26 de outubro de 2017

MODERNIZAÇÃO DE TERMINAL PORTUÁRIO DOBRA CAPACIDADE DE DESCARREGAMENTO DE GRÃOS DO PORTO DE SALVADOR.

A J.Macêdo e a Codeba - Companhia das Docas do Estado da Bahia - apresentaram oficialmente nesta quinta-feira (26) em evento no Porto de Salvador, um novo sistema de descarregamento mecânico de grãos de navios. 

O novo sistema vai dobrar a capacidade atual de descarregamento de 150 toneladas/hora para 300 toneladas/hora, ou 7.200 toneladas/dia. A modernização do terminal de grãos do Porto público de Salvador custou R$ 27,5 milhões e foi realizada pela J.Macêdo, maior fabricante nacional de farinha de trigo doméstica.

Dedicado principalmente às operações com trigo, o novo sistema é composto por um descarregador tipo portalino, com uma lança de 22 metros de extensão dotada de conchas para entrar no porão de navios, e um transportador que leva o grão para o prédio da nova balança e de carregamento de caminhões. Fabricado pela suíça Bühler, os equipamentos são considerados o estado da arte em matéria de manuseio de grãos.

As obras de modernização do terminal portuário começaram em março e vão permitir transferir o trigo para o moinho ao lado do cais e fazer o carregamento de caminhões que levam o grão para outras unidades por rodovia de forma muito mais eficiente, automatizada e limpa, graças ao novo sistema de aspiração e recolhimento de partículas em suspensão.

“Para nós é muito importante a parceria com o setor privado na modernização do Porto de Salvador, que permitirá beneficiar não uma única indústria, mas todos os usuários que movimentem grãos”, disse o diretor-presidente da Codeba, Pedro Dantas. “Esta parceria com a J.Macêdo abre perspectivas para fomentar novos negócios e o desenvolvimento da economia baiana”, completa.

A J.Macêdo, grupo 100% nacional de capital nordestino, fabricante dos produtos Dona Benta, Sol e Petybon, está investindo cerca de R$ 350 milhões na Bahia, que concentra o maior investimento da empresa no atual momento de expansão. Além da modernização do terminal de grãos, o plano de expansão inclui a ampliação do Moinho Salvador, localizado em frente ao terminal portuário, e de fábricas de massas e biscoitos em Simões Filho (Grande Salvador).

A operação do terminal, do moinho e do complexo é totalmente integrada. “A Bahia é o segundo maior mercado da J.Macêdo e cerca de 85% do que produzimos aqui é consumido no próprio Estado”, disse o presidente do Conselho de Administração da J.Macêdo S/A, Amarílio Macêdo. “Nós acreditamos que o país está novamente tomando a rota do crescimento, e estamos nos preparando para isso, em um esforço que inclui parcerias com o poder público. Nesse sentido esperamos maximizar a utilização da instalação de descarga de granel, para andarmos lado a lado com a Bahia na conquista de competitividade e modernização da infraestrutura do Estado.”
O presidente da J.Macêdo, Luiz Henrique Lissoni, ressaltou a presença da empresa no cotidiano das famílias baianas: “Produzimos aqui farinha doméstica e industrial, biscoitos, macarrão e mistura para bolo. São produtos nutritivos e saborosos que vão para a mesa das famílias baianas com uma constelação de marcas: Dona Benta, Sol, Petybon, Brandini, Favorita, Águia, Familiar, Lili, Biofibra, Premiata, Panette, Branca de Neve, Fama e Boa Sorte – e cada uma delas representa o nosso compromisso de qualidade com o consumidor”, disse.

Os moinhos instalados na zona portuária são atendidos por um conjunto de armazéns compartilhados que recebem e guardam temporariamente o trigo dos navios enquanto os silos estão cheios. Parte estratégica da operação portuária, eles funcionam como um “pulmão” e dão segurança de que o descarregamento possa ser feito a qualquer tempo sem que os navios fiquem retidos mais que o necessário.

Moinho Salvador

Ao mesmo tempo, o moinho Salvador, um dos maiores complexos moageiros do país, está recebendo investimentos de R$ 103 milhões para a automatização dos processos de produção. As obras começaram em 2014, com a construção de seis silos de trigo com capacidade para 28 mil toneladas, e se estendem até julho de 2018. O objetivo é aumentar a capacidade de moagem de 920 toneladas para 990 toneladas/dia e a de estocagem de farinhas e de demais produtos derivados do trigo. Todos os processos de limpeza, linhas de transferência para envase e preparação de trigo estão sendo modernizados. Marco tradicional da arquitetura industrial baiana, o moinho, está instalado desde 1951 na zona portuária.

O terminal portuário e o moinho são ligados por um túnel subterrâneo de transporte de trigo, que assim chega aos silos sem o uso de caminhões. O sistema, robusto, sustentável e altamente eficiente, existe praticamente desde a construção do próprio Moinho Salvador e também foi modernizado.

Simões Filho

A modernização do terminal portuário e do moinho está ligada ao aumento da capacidade de produção do complexo fabril de Simões Filho, onde a J.Macêdo está instalada desde 1989. Com um investimento de R$ 220 milhões, a empresa está aumentando para 10.500 toneladas/mês a capacidade de produção de massas e biscoitos de seu parque fabril em Simões Filho, com a construção de uma nova linha de biscoitos e três novas linhas de massas. As obras de ampliação estão em andamento e devem ser entregues em etapas a partir do segundo trimestre de 2018.

A unidade terá moderníssimas linhas italianas de alta produtividade, igualando em qualidade, desempenho e eficiência os melhores produtores de massas e biscoitos do mundo, com capacidade por linha de 4 mil quilos por hora. A linha de biscoito terá um sistema economizador de energia térmica sem paralelo no Brasil, permitindo um consumo de gás 30% inferior aos fornos convencionais. O galpão está sendo construído com a mais moderna tecnologia disponível para garantir a segurança do alimento produzido.

O parque fabril de massas vai ter capacidade instalada de 82.500 toneladas/ano – 120% maior que a de hoje. Isso vai permitir atender à crescente demanda da região Nordeste por diferentes tipos de massas. O projeto em Simões Filho engloba ainda a ampliação do Centro de Distribuição, que vai passar de 4.564,94 m² para 6.027,26 m².

Pixit Comunicação.

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