terça-feira, 4 de dezembro de 2018

AIRBUS INAUGURA O PRIMEIRO CENTRO OPERACIONAL DO MUNDO PARA O PSEUDO-SATÉLITE DE GRANDES ALTITUDES ZEPHYR.


Wyndham, na Austrália Ocidental, é o primeiro centro de lançamento operacional no mundo para Veículos Aéreos Não-Tripulados estratosféricos (UAVs) movidos a energia solar.


A Airbus Defence and Space (divisão de desenvolvimento e fabricação de produtos para aplicação aeroespacial e de defesa da Airbus) anunciou a abertura da primeira base de voo para Pseudo-Satélite de Grandes Altitudes (High Altitude Pseudo-Satellite – HAPS) do mundo, em Wyndham, na Austrália Ocidental. A base servirá como centro de lançamento para o Veículo Aéreo Não-Tripulado (Unmanned Aerial Vehicle – UAV) Zephyr.

O local foi escolhido por seu espaço aéreo praticamente ilimitado e por suas condições climáticas estáveis. O centro é resultado de investimentos significativos da Airbus no programa Zephyr.

O Zephyr é o principal UAV estratosférico movido exclusivamente a energia solar do mundo. Ele capta raios do sol e voa acima de condições meteorológicas desfavoráveis e do tráfego aéreo convencional. O Zephyr preenche uma lacuna de capacidade técnica complementar à atuação de satélites, UAVs e aeronaves tripuladas, fornecendo serviços de persistência local semelhantes aos de satélites.

"É um grande prazer receber a equipe da Airbus e o projeto Zephyr na Austrália Ocidental. É o resultado de quase um ano de trabalho árduo, tanto da Airbus quanto da minha equipe, para trazer essa tecnologia inovadora e extraordinária ao nosso estado. O Zephyr oferece novos recursos a clientes comerciais e militares, além de impulsionar a economia da região de East Kimberley", afirmou o primeiro-ministro da Austrália Ocidental, Mark McGowan.

"A inauguração oficial do centro de lançamento da Airbus em Wyndham, na Austrália Ocidental (o primeiro centro operacional para HAPS do mundo), marca o início de uma nova era para o Zephyr. É com orgulho que vemos a Austrália se tornar parte da rede operacional do Zephyr. O centro é a nossa porta de entrada para a estratosfera e será a principal base aérea do Zephyr daqui por diante", declarou Jana Rosenmann, chefe de Sistemas Aéreos Não-Tripulados da Airbus.

O Zephyr trará novos recursos visuais, de sensor e conexão para clientes comerciais e militares. O veículo tem potencial para revolucionar a gestão de desastres, incluindo o monitoramento da propagação de incêndios florestais e derramamento de petróleo. Ele proporciona vigilância constante, acompanhando as mudanças ambientais do mundo, e poderá estabelecer comunicação com as regiões mais isoladas do planeta.

O Programa Zephyr da Airbus

O objetivo original do Zephyr é proporcionar persistência local a um preço acessível, com uma aeronave movida a energia solar reutilizável, propiciando uma ampla gama de aplicações, de vigilância e serviços marítimos até missões de controle de fronteira, passando por comunicações, detecção e monitoramento de incêndios florestais e navegação. Operando na estratosfera a uma altitude media de 70 mil pés, ou 21 quilômetros, o veículo ultraleve — que tem uma envergadura de 25 metros e pesa menos de 75kg — voa acima de condições meteorológicas desfavoráveis (nuvens, correntes de ar) e do tráfego aéreo convencional, cobrindo marcas locais ou regionais.

Ideal para "persistência local" (IVR – Inteligência, Vigilância e Reconhecimento), o Zephyr é capaz de se concentrar em uma área de interesse específica (que pode ter centenas de quilômetros de extensão) ao mesmo tempo em que fornece comunicação semelhante à de satélites e serviços de observação da Terra (com maior granularidade de imagem) ininterruptamente por longos períodos de tempo.