O processo da BASF separa o poliuretano flexível e fornece o poliol usado inicialmente. A partir daí, a BASF pode produzir novas espumas com uma pegada de carbono significativamente menor, pois menos recursos fósseis são usados. "Os projetos desta natureza são bastante interessantes porque, embora os colchões sejam fáceis de recolher e de selecionar, no final do seu ciclo de vida acabam por ser incinerados ou depositados num aterro", explica o diretor técnico do projeto, Arno Volkmann. Os primeiros volumes do material reciclado serão entregues aos parceiros envolvidos no final deste ano para desenvolver projetos-piloto em conjunto. "O projeto é tecnicamente complexo, mas o potencial de reduzir os volumes de resíduos e economizar recursos faz com que tudo valha a pena" comenta Keelapandal.
Com o novo processo, a BASF intensifica seus esforços para aumentar a sustentabilidade e dá mais um passo em direção a uma economia circular. Com o objetivo de dissociar o crescimento econômico do uso de recursos finitos, a BASF acelera a adoção do princípio da economia circular em suas operações diárias. "É por isso que desenvolvemos uma solução para fechar o ciclo para espuma de poliuretano flexível com a reciclagem química de colchões", acrescenta Keelapandal.
Estudo compara destinação de colchões
A Política Nacional de Resíduos Sólidos brasileira, instituída em 2010, traz critérios determinando os materiais que devem ser destinados à coleta seletiva ou entrar em sistema de logística reversa a ser implementado pelas empresas. Um estudo feito pela Fundação Espaço Eco® (FEE) "Comparação do desempenho ambiental e econômico da destinação final de colchões”, feita para a Associação Brasileira das Indústrias de Colchões (Abicol) compara as alternativas de destinação. Entre os dados, foi verificado que enviar 1000 colchões de espuma para coprocessamento pouparia o consumo energético equivalente a 12 residências durante um ano. Também evitaria as emissões de 10 toneladas de carbono para a atmosfera, o que representa uma viagem em torno da Terra em um carro de passeio.
“Avaliamos o desempenho ambiental e econômico do que seria viável no Brasil, levando em conta a destinação para aterro, reciclagem mecânica, coprocessamento ou recuperação energética”, explica Rafael Viñas, gerente de Sustentabilidade Aplicada da FEE. “O novo processo de reciclagem química é a combinação de alternativas mais ecoeficientes. É um dado interessante para fomentar a estruturação de logística reversa e parque industrial para esta destinação na América do Sul” considera. Para saber mais sobre o projeto de reciclagem de PU, acesse: https://www.basf.com/global/en/who-we-are/sustainability/we-drive-sustainable-solutions/circular-economy/mass-balance-approach/circularity-recycling-of-mattresses.html