Braço da gigante brasileira Flash Courier, operadora logística prevê aumento na quantidade de entregas para patamares pré-isolamento, de 3,5 milhões por mês.
A crise econômica causada pela quarentena exigiu que muitas empresas mudassem a forma de trabalhar. No caso da Moove+, operadora logística do grupo Flash Courier, não foi diferente. Durante o período do isolamento, houve uma diminuição no número de entregas mensais realizadas pela empresa. Porém, desde maio, os números voltaram a crescer e a expectativa é que a empresa volte a realizar cerca de 3,5 milhões de entregas por mês, impulsionadas pelas entregas de produtos que exigem certificação Anvisa e frete rápido. Além disso, com a instalação de 220 robôs e duas novas esteiras, com previsão de início de operações em novembro, a produtividade será muito maior.
De acordo com o CEO da Moove +, Guilherme Juliani, foram três os fatores fundamentais para aumentar o número de entregas no final do semestre. “Recentemente, muitos clientes que haviam pedido suspensão do contrato por causa do COVID-19 voltaram a nos procurar para retomar o trabalho. Também trabalhamos com muitas entregas que exigem certificação Anvisa, como vacinas e outros medicamentos, muito importante neste momento. E começamos um serviço de entrega rápida de até 3 horas, chamada Ship from Store, que nos fez guinar para o setor de e-commerce”, analisa.
O serviço de entregas rápidas foi iniciado em 2020, durante o período de isolamento. A diferença dessa modalidade de entrega é que o produto é retirado da loja, e não de um armazém. Quando o cliente realiza uma compra optando pelo sistema de frete rápido no e-commerce parceiro, o programa da Moove+ alerta o entregador mais próximo e disponível, que completará o serviço em até três horas.
Guilherme Juliani avalia que esse serviço atrairá cada vez mais parceiros, considerando que os clientes estão muito exigentes com os prazos de entrega.
“É uma relação de ganha-ganha. O consumidor que tem interesse em receber o produto mais rapidamente pode optar por essa modalidade de entrega e arcar com o custo do frete. Para a loja, é bom por disponibilizar um serviço a mais de qualidade, sem aumentar o custo operacional. Nós notamos uma procura considerável por esse produto no mercado de e-commerce e a ideia é expandir isso daqui para frente”, pondera o executivo.
Mudanças de gerenciamento durante a pandemia
A Moove+ sentiu os reflexos do coronavírus. Além da diminuição do número de entregas que variou de 10% a 40%, dependendo do momento do isolamento, a empresa também precisou investir na estrutura física da empresa. A operadora instalou uma câmara de desinfecção de ozônio e agora também funciona com biometria facial, ao invés de digital, para dar acesso a determinados locais do campus. Além disso, cerca de 15% da força de trabalho foi colocar a para trabalhar à distância ou foi afastada temporariamente por ser grupo de risco.
Após o primeiro semestre, Guilherme acredita que a Moove+ esteja preparada para cumprir qualquer tipo de demanda, pois agora a empresa está adaptada ao cenário. “Nesse tempo, criamos novos serviços, melhoramos muito nossos processos e nos aproximamos ainda mais dos clientes, por meio de reuniões virtuais frequentes, montamos webinars. Em tempos de incerteza, precisamos de comunicação frequentes com todos. E em uma empresa com 2500 pessoas, o desafio é grande”, conclui.
Moove+
A Moove+ faz parte do grupo Flash Courier, presente no mercado há mais de 25 anos e referência em logística no Brasil. Sediada em São Bernardo, no ABC Paulista, em um espaço de mais de 20.000 m², a empresa conta com 600 colaboradores diretos e 1,2 mil indiretos que atuam em parcerias. Líder no setor bancário, sua carteira de clientes é composta por agências financeiras, bancos, empresas de ingresso, gestoras de benefícios como vale alimentação, refeição e transporte, planos de saúde, entre outros segmentos. Para se ter uma ideia da proporção da operação, sua malha de distribuição realiza cerca de 3,5 milhões de entregas por mês.
Nos últimos anos, a Moove+ investiu pesado em tecnologia e inovação – como robótica, mobile, bigdata, automação e sharing economy – e no processo de adaptação às novas exigências do governo, em especial as obrigações de CT-e, MDF-e e SPED, que de maneira geral, têm o objetivo de garantir a transparência e a segurança durante o transporte. Além disso, a empresa está licenciada para operar no mercado de logística e distribuição de produtos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segmento que deve impulsionar ainda mais o crescimento da empresa.