sábado, 13 de dezembro de 2025

ORESTINHO SE FOI. Por chicolelis*

Existem dias que marcam nossas vidas. E o domingo, 7 de dezembro de 2025, foi um deles: o Orestinho “foi embora”, deixando para trás este mundo em que ele tanto ajudou a fazer as pessoas rirem com suas histórias sempre impregnadas de sabedoria e ironia.

Foto: Max Galão | Tribuna de Ribeirão

Pois é, o Orestinho, também conhecido como Orestes Moquenco, depois de um longo período de saúde debilitada, nos deixou. Grande companheiro de viagens e noitadas regadas a Coca-Cola, pois ele não tomava bebidas alcoólicas, justificando que já era tonto, por natureza e por diversas outras razões, e que não precisava de álcool para se divertir ou nos fazer divertir.

Uma coisa poucos sabem, que o Orestinho tinha um apelido, exatamente como o do nosso amigo, Adalberto Vieira (do Jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba, SP) que também já nos deixou: Pardal. Na verdade, o apelido veio do seu pai, José Moquenco Pardal, fundador do jornal “A Cidade”, de Ribeirão Preto, SP, onde ele fez carreira jornalística. Sua mãe, a quem ele sempre deu muito trabalho com suas trapalhadas, Jandira Moquenco, foi a primeira mulher linotipista do Brasil.

Durante um dos incontáveis test drives dos quais participou, Orestinho fez esta selfie ao lado de grandes amigos, os jornalistas Gabriel Marazzi (centro) e Chico Lelis, ao volante. Foto: Acervo Gabriel Marazzi

Orestinho sempre foi daquelas figuras que alegrava qualquer ambiente com suas frases “filosóficas” e atitudes sempre gentis para com as pessoas. Lembro que o então vice-presidente da GM, André Beer, sempre perguntava se ele estava na lista de convidados da empresa para lançamentos e festas.

Domingo Feliz! Facebook - 16 de fevereiro de 2014: "O Campeão Mundial e imbatível na categoria Bom Coração, Orestes Moquenco, mesmo com a agenda apertada, durante evento promovido pela General Motors nos deu a honra da foto que eu e o Emerson fazemos questão de dividir com os amigos. Ricardo Hernandes."

Por um problema de saúde ele afastou-se por um longo período das teclas da máquina de escrever, voltando em grande estilo e com uma nova paixão: bingo e máquinas caça-níqueis.

Ele vivia em bingos e depois “evoluiu” para cassinos, sempre buscando as máquinas fazendo com que amigos, ao ligarem para ele, imitassem o “plin plin plin plin” das caça-níqueis.

Orestinho, que estava afastado do setor, deixou muitas saudades pelas suas “tiradas” irônicas e belas histórias, que agora estão sendo contadas em outro plano.


* chicolelis   -  Jornalista com passagens pelos jornais A Tribuna (Santos), O Globo e Diário do Comércio. Foi assessor de Imprensa da Ford, Goodyear e, durante 18 anos gerenciou o Departamento de Imprensa da General Motors do Brasil. Fale com o Chico: chicolelis@gmail.com.

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