quinta-feira, 23 de outubro de 2025

MOTIVA CRIA COMERCIALIZADORA DE ENERGIA PARA ACELERAR REDUÇÃO INTERNA DE CUSTOS E DESCARBONIZAR OS SEUS FORNECEDORES

Estrutura deve iniciar atividades até o final do primeiro trimestre de 2026 e também irá negociar créditos de carbono e certificados de energia renovável

Essa ação está alinhada ao compromisso da Motiva de ser neutra em carbono nos escopos 1 e 2 até 2035

A Motiva, a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, avança mais um passo na sua estratégia de sustentabilidade com a criação da sua própria comercializadora de energia elétrica, em um movimento voltado à redução de custos operacionais e à consolidação da matriz 100% renovável. A nova estrutura, prevista para entrar em operação até o final do primeiro trimestre de 2026 após a aprovação pelos órgãos reguladores do setor elétrico, também tem como meta apoiar os fornecedores da Companhia em suas jornadas de descarbonização.

Atualmente, a Motiva está entre as 50 maiores consumidoras de eletricidade do Brasil, sendo a segunda maior da Região Metropolitana de São Paulo, e a conta de energia representa uma das principais despesas operacionais da Companhia. Neste contexto, a comercializadora irá centralizar a gestão energética das concessões de rodovias, metrôs, trens, VLT e aeroportos, de forma a ampliar a capacidade de negociação da Motiva para a compra de energia no mercado livre a preços mais competitivos e planejar e monitorar de maneira mais assertiva o balanço entre oferta e demanda dos ativos.

A iniciativa representa um novo avanço na estratégia que a Motiva vem implementando em gestão de energia ao longo dos últimos dois anos. Em 2023, a Companhia assumiu a meta de ter os seus ativos 100% abastecidos por fontes renováveis e alcançar economia de 20% na conta de energia até 2026. Para acelerar o cumprimento destes objetivos, criou, em agosto de 2024, uma gerência executiva de energia, para tornar mais eficiente a gestão do seu consumo, processo antes descentralizado.

“Ao longo dos últimos dois anos, temos evoluído de forma significativa em nossa estratégia de energia, conciliando sustentabilidade e redução de custos operacionais. Fruto destes movimentos, alcançamos já em 2024 a nossa meta de termos todos os nossos ativos abastecidos apenas com energia limpa, antecipando em um ano o cumprimento desta meta. A comercializadora vem consolidar os nossos esforços para que a nossa matriz elétrica continue sendo 100% baseada em fontes renováveis”, afirma o vice-presidente de Inovação, Tecnologia, Sustentabilidade e Riscos da Motiva, Pedro Sutter.

Além de antecipar em um ano a meta de ter 100% do seu consumo de oriundo de fontes renováveis, a Companhia também já apurou uma redução de 17% no custo do kWh da energia contratada. Esses resultados decorrem da estratégia que incluiu investimentos em geração própria de energia elétrica em diferentes modalidades e à migração dos ativos para o mercado livre, com a assinatura de contratos associados à aquisição de certificados de energia renovável (I-RECs).

A estrutura da comercializadora também será utilizada pela Motiva para operacionalizar a compra dos I-RECs e dos créditos de carbono, que são usados pela Companhia para neutralizar as suas emissões de escopos 1 (diretas) e 2 (energia elétrica).

Descarbonização dos fornecedores

A nova comercializadora também nasce com o objetivo de estreitar o relacionamento comercial da Motiva com os seus fornecedores de bens e serviços. Nesta frente, Companhia pretende atuar na prestação dos serviços típicos de uma comercializadora de mercado, como a compra e venda de energia. A ideia é tirar proveito da escala energética e da alta qualidade de crédito da Motiva para beneficiar os seus parceiros, possibilitando que tenham acesso a melhores condições comerciais (preços mais competitivos) na contratação de energia renovável.

Uma das vantagens deste modelo é a possibilidade de os fornecedores usarem como garantia os próprios contratos de suprimento com a Motiva em transações entre as partes. Ao eliminar a exigência de apresentação de garantias externas, como as bancárias, o consumidor consegue a adquirir a sua oferta a um menor custo, o que se traduz em mais competitividade para o seu negócio.

Além da compra e venda de energia elétrica, a comercializadora da Motiva também irá analisar o balanço energético dos fornecedores para identificar quais são as melhores oportunidades para reduzir o valor da conta de energia, auxiliar em todo o processo de migração para o mercado livre, realizar a gestão de risco dos contratos e oferecer serviços de eficiência energética, com o apoio das áreas de engenharia da Companhia.

A iniciativa reforça os compromissos da Motiva com a agenda de sustentabilidade. A Companhia tem como política interna que toda a sua energia adquirida deve ser oriunda a partir de fontes renováveis (solar, eólica e hidrelétrica). Essa oferta será revendida aos fornecedores, os apoiando na redução da pegada de carbono de suas operações. No longo prazo, este movimento beneficiará a própria Companhia, uma vez que irá diminuir as suas emissões de escopo 3 (emissões indiretas).

“Pelo tamanho e capilaridade das operações da Motiva, temos um grande ecossistema de fornecedores. Com a comercializadora, iremos fortalecer o relacionamento comercial com estes parceiros, dentro de uma estratégia de fidelização, ao mesmo tempo em que poderemos explorar o potencial de novas oportunidades que este relacionamento nos gera. Sem dúvida, teremos condições de contribuir com a jornada de descarbonização dos nossos fornecedores e ajudá-los a diminuir os seus gastos com energia elétrica”, afirma o gerente-executivo de Energia da Motiva, Diego Martins.

Avanços na estratégia de energia

A criação da nova comercializadora representa mais um passo na estratégia de energia da Motiva. Um dos marcos deste movimento foi a sociedade com a Neoenergia em três parques do Complexo Eólico Oitis, no Piauí. A iniciativa foi o primeiro investimento na modalidade de autoprodução por equiparação e irá abastecer as operações da Motiva Trilhos no Estado de São Paulo, fornecendo energia limpa para as linhas 4 (ViaQuatro), 5 e 17 (ViaMobilidade), de metrô, e linhas 8 e 9 (ViaMobilidade), de trens. Ao todo, essas três usinas respondem hoje por 65% da demanda energética total da Companhia.

A Companhia também firmou um contrato de 10 anos com a EDP para a compra de energia solar, no modelo de geração distribuída compartilhada, para o Sistema Anhanguera-Bandeirantes (SP), um dos principais eixos viários do Brasil, administrado pela AutoBAn. O acordo prevê o fornecimento de 1.460 MWh por ano para 58 unidades consumidoras em baixa tensão no estado de São Paulo, como praças de pedágio e pontos de apoio aos usuários das rodovias. Além disso, a Motiva opera 18 usinas próprias de geração distribuída em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Estas ações se conectam com o compromisso da Motiva de ser neutra em carbono nos escopos 1 e 2 até 2035, conforme anunciado ao mercado na Ambição 2035. Ao alcançar a meta de ter 100% dos ativos abastecidos apenas por fontes renováveis ao final de 2024, a Companhia zerou as suas emissões do seu escopo 2. Além disso, em 2023, foi a primeira empresa do setor de infraestrutura de mobilidade do Brasil a ter as suas metas aprovadas pelo SBTi, se comprometendo a diminuir em 59% as emissões de CO2 nos escopos 1 e 2 e 27% no escopo 3 até 2033, em relação ao ano-base de 2019.

Ao reduzir o custo com a compra de energia elétrica, a estratégia também contribui para a Motiva alcançar a sua meta de eficiência operacional de longo prazo. Conforme anunciado recentemente no Capital Markets Day, a Companhia projeta alcançar uma relação Opex (Caixa) / Receita Líquida de 28% em 2035, antes os 40% verificados nos últimos doze meses ao final do segundo trimestre de 2025.

Motiva - Maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, atua nas plataformas de Rodovias, Trilhos e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e 16 mil colaboradores. A Companhia é responsável pela gestão e manutenção de 4.475 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em Trilhos, por meio da gestão de metrôs, trens e VLT, transporta anualmente 750 milhões de passageiros. Em Aeroportos, com 16 unidades no Brasil e três no exterior, atende aproximadamente 45 milhões de clientes anualmente. Foi a primeira empresa a abrir capital no Novo Mercado da B3 e compõe há 14 anos o hall de sustentabilidade da B3

Motiva
FSB Comunicação

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