Sem os pés nem as mãos
Marc Marquez quebra mais um recorde histórico e se aproxima muito rápido do bicampeonato
Falta apenas vencer mais uma corrida para ele não precisar mais ganhar nenhuma até o fim do campeonato e ficar assistindo seus oponentes se matarem. A Formiga Atômica atingiu nesse complicado fim de semana, por causa da chuva, o recorde de Giacomo Agostini de 1971, quando o italiano venceu as oito primeiras corridas do ano. Marquez agora, começa a escrever a sua história de recordes.
A grande surpresa dessa corrida foi o ressurgimento da Ducati, que se meteu com o Dovizioso entre os dois pilotos da Honda e o Aleix Espargaro, com uma satélite da Yamaha, que conseguiu chegar à frente do Valentino. O para o quarto elemento, esse realmente é um ano para se pensar. Lorenzo foi 13º e praticamente não tem a menor chance de brigar pelo vice-campeonato, que dirá a ponta.
Com isso, o campeonato tem o insuperável Marquez com 200 pontos em 200 possíveis e agora o empate do Valentino com o Pedrosa em segundo, e essa deve ser a briga do ano já que o Dovizioso já passou o Lorenzo que agora segue em quinto no campeonato. Triste fim de um piloto perturbado, Lorenzo paga pelo despreparo emocional que acompanhou a carreira, o fato de não admitir que exista alguém melhor o empurrou para o fundo do poço.
No fim de semana teve também a rodada dupla da Fórmula Indy, em Houston, no Texas. No sábado, a Colômbia invadiu o pódio literalmente. Carlos Huertas, Juan Pablo Montoya e Carlos Muñoz fizeram a alegria do país sul-americano debaixo de chuva. Uma corrida que serviu de aperitivo para a etapa de domingo, já com tempo seco e com muita disputa.
Com um carro melhor, Helio Castroneves buscava diminuir a diferença de pontos para o companheiro de equipe e líder do campeonato, Will Power, quando resolveu mudar o traçado e foi abalroado pelo francês Sebastian Bourdais. Pior para o brasileiro que abandonou e agora tem uma desconfortável distância de 39 pontos para Power. Coisas de corrida que, na verdade prejudicam o trabalho do ano, mas nada ainda esta perdido, na Fórmula Indy reviravoltas são sempre possíveis, os improváveis sempre aparecem na hora da definição. Sem nada com isso Simon Pagenaud venceu e trouxe com ele o russo Mikhail Aleshin e o Jack Hawksworth, que fizeram a festa no pódio dos “um dia chegaremos lá”.
Nesse fim de semana a Fórmula 1 volta para Silverstone e é um momento crítico para pilotos e equipes. As pedras já começam a se movimentar em torno das mudanças para o ano que vem, e até a parada no fim do mês, algumas novidades devem pipocar. As mais prováveis, segundo o meu passarinho, são a aposentadoria do Button e a retomada da Williams em busca direta pelo título no ano que vêm, mas que já esta sendo pensada desde já. Esperar para ver!
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
* Eduardo Abbas é jornalista especializado no segmento automotivo, esportes à motor, cinema e televisão.
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