Não decidi ainda se fico irritado ou se dou risada. Estão tentando criar uma celeuma em torna da saída, em breve, da bela Patrícia Poeta do Jornal Nacional. Por mim, com aquele sorriso e beleza enchendo a tela, ela ficaria. Além de que acho sim a moça competente, ela deu leveza ao jornal, quebrando o estilo da Fátima Bernardes, que é uma pessoa simpática mas na bancada representava uma personagem durona.
Crise na Globo? Me poupem, só pode ser falta de assunto. Crise, e luta interna por cargos, tem em qualquer empresa.
No século passado trabalhei no jornalismo da Globo, em São Paulo. Fiquei surpreso ao constatar que, internamente, havia menos competição e mediocridade do que nos pequenos Metrô News e Guaru News, que também fizeram parte da minha vida profissional por um período. Onde quero chegar: todas as empresas são iguais. E nas pequenas é pior ainda, porque as crises internas ficam extremamente concentradas. É um confinamento cruel.
A única diferença é que as crises nas pequenas empresas só interessam aos que nelas trabalham, enquanto fofocas globais ajudam a manter salários de comentaristas. A carne é fraca, todo mundo gosta de saber. Inclusive eu. Só não é para levar a sério.
* Milton Saldanha, 68 anos, gaúcho, é jornalista desde os 17 anos. Trabalhou na imprensa de Santa Maria (RS) e Porto Alegre. Vive em São Paulo há mais de 40 anos. Passou por muitos empregos, entre eles Rede Globo, Estadão, TV Manchete, Diário do Grande ABC, Jovem Pan, revista Motor3, Ford Brasil, IPT, Conselho de Economia e vários outros, inclusive na Ultima Hora. Ao se aposentar, criou o jornal Dance, já com 19 anos. É autor dos livros “As 3 Vidas de Jaime Arôxa” (Editora Senac Rio); “Maria Antonietta, a Dama da Gafieira” (Phorte Editora) e “O País Transtornado” (Editora Movimento, RS) onde conta 60 anos da recente História brasileira. Participou da antologia de escritores gaúchos “Porto Alegre, Ontem e Hoje” (Editora Movimento)
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