quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COMUNICAÇÃO 360.
por Marco Piquini*

ENGAJAMENTO INTERNO AJUDA NA GESTÃO DA MUDANÇA.

O mundo muda a todo o momento e isso afeta o dia-a-dia das empresas. A mudança pode vir de fora, de fatores que a corporação não controla. Por exemplo a economia, que sobe e desce e que afeta a demanda, forçando o ajuste da produção ao novo ritmo. Mudam-se as leis – e o mercado vira do avesso da noite para o dia. A chegada de um novo concorrente obriga a empresa a alterar sua política de vendas. Novas tecnologias jogam o mercado para direções desconhecidas e as empresas têm de se adaptar ou morrer. 

Ou a mudança vem de dentro da própria empresa. Sai o presidente com o qual estavam todos acostumados e entra um novo, que altera a vida das pessoas porque trabalha de forma totalmente diferente da do velho homem. Ou é o fundador que sai e deixa a presidência para seu filho, que precisa impor sua personalidade e estilo e que chega cheio de ideias, dando uma balançada geral na casa. Ou a empresa adota um sistema operacional novo, o que exige uma nova maneira de trabalhar.

Mudanças como essas são frequentes e obrigam as empresas a escolher novos caminhos e a rever seus negócios, o que pode exigir até mesmo uma mudança de estratégia. Assim, as empresas colocam-se sempre em situação delicada, pois toda mudança implica conflitos e traz uma situação de risco. E se o novo plano não der certo?

Como as empresas não podem evitar a mudança, o desafio é minimizar os conflitos e os riscos. Não há bola de cristal para se fazer isso. Mas uma coisa é certa: quando a empresa escolhe uma nova direção ela precisa ter seus colaboradores ao seu lado. É preciso engajá-los para que, quando a empresa girar a chave, todos mudem juntos, ao mesmo tempo. Deve ser como um cardume de atuns: nadam todos numa formação compacta e subitamente, quando viram para determinada direção, viram todos em sincronismo perfeito.

Num ambiente de grande competitividade, ganha a empresa que “muda mais rápido” e de maneira mais assertiva. Isso exige um compromisso de todos em seguir para a nova direção indicada, e muito trabalho em grupo, para que ela dê certo. Cada um dos colaboradores deve estar consciente de seu papel dentro do todo para poder encaixar-se na mudança e contribuir com ela de forma ordenada e decisiva. Aí entra a comunicação. 

O porquê da mudança deve ser explicado a todos e todos os canais de comunicação são válidos para isso. Papel importante tem os líderes (gerentes, chefes de equipes, de processos). Eles precisam conhecer os novos planos em detalhe porque serão eles que repassarão as informações para suas equipes e serão eles que responderão às dúvidas do pessoal no trabalho direto, no dia-a-dia, na gestão da mudança. Fornecedores e parceiros devem também saber que algo de novo está acontecendo e que devem se adaptar a essa nova situação.

Com consciência e engajamento a mudança pode ser administrada com menor trauma e com maior chance de sucesso. 

E na sua empresa, a mudança é tratada desta forma ou fica todo mundo no escuro no momento da troca de direção? 










Marco Piquini é jornalista, consultor e palestrante. Trabalha com a comunicação para a gestão de mudança. Foi durante 20 anos executivo do Grupo Fiat e entre 2007 e 2012 diretor de Comunicação da Iveco para a América Latina, com responsabilidade sobre comunicação interna, externa, publicidade, eventos e sustentabilidade. e-mail: piquini@tresmeiazero.com.br. Visite: tresmeiazero.com.br.

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