A MUDANÇA É BOA OU É RUIM?
A empresa é sólida, tem boa reputação, lucrativa. Mas vem sofrendo a competição de novos entrantes no mercado, que são corajosos, ousados, inovadores. O market share, que era confortável e quase hegemônico, vem caindo consistentemente. O modelo de negócio começa a ser questionado porque os concorrentes estão trazendo produtos inovadores e de custo supercompetitivo. O que fazer?
Mudar, claro. A empresa precisa se adaptar aos novos tempos. Precisa verificar o que está acontecendo no mercado e posicionar-se de forma a defender seu território, seu negócio, sua reputação.
O diretor geral, portanto, convoca a todos os demais diretores e dá a mensagem de urgência: “Precisamos de sugestões, ideias e projetos que tragam de volta nossa força perdida”. Todos concordam, prazos são estipulados e verbas são alocadas. Mas o tempo passa e pouca coisa de realmente novo é colocada sobre a mesa: as sugestões são tímidas, desconectadas entre si, tipo “mais do mesmo”. Ninguém foi fundo, todo mundo ficou no “confortável”. Por quê?
Porque mudar não é fácil, especialmente quando nós temos de mudar nossos hábitos e atitudes. Pessoas não gostam de mudar. E reagem mal à mudança. Mesmo quando somos forçados, encontramos resistência para fazemos a transformação. Quebrar essa resistência é difícil e é aí que a Comunicação pode ajudar – e muito. Como?
Primeiro de tudo, contextualizando a narrativa de forma clara e convincente, explicando a todos que a mudança não é uma escolha, mas uma necessidade. A empresa vai sofrer se continuar fazendo tudo igual ao que vem fazendo nos últimos anos. “Se não mudarmos, morremos”. É preciso expor essa “história” de forma didática, utilizando números, situações, casos, e utilizar os canais de comunicação para promover a ideia de que a mudança vai chegar e ela é para valer.
A coisa deve começar de cima. A Comunicação e o RH podem organizar, juntos, um workshop com os diretores (com ajuda de consultorias, facilitadores, palestrantes etc), para que eles estejam, ao final, monoliticamente convictos dessa necessidade e do caminho a seguir. Definida essa nova estratégia, a Comunicação “face a face” com as lideranças deve seguir – e cada um dos líderes deve receber material de estudo adequado e ajuda para fazer a comunicação do plano “para baixo” no organograma. Material de apoio (em todos os canais) devem seguir para sustentar a ideia. Eventos de “galvanização” podem ser organizados.
Enfim, a Comunicação pode ajudar MUITO no processo de mudança. Que pode ser boa ou ruim, dependendo de que lado da mudança você está. O fato é que o mundo está mudando a cada momento e a velocidade das transformações surpreende até mesmo quem hoje vive na velocidade dos supercondutores. E a mudança vai nos afetar a todos, uma hora ou outra. Por isso o importante é estar pronto para mudar. Ou melhor: pronto para conduzir a mudança, e não deixar que ela o conduza.
* Marco Piquini é jornalista, consultor e palestrante. Trabalha com a comunicação para a gestão de mudança. Foi durante 20 anos executivo do Grupo Fiat e entre 2007 e 2012 diretor de Comunicação da Iveco para a América Latina, com responsabilidade sobre comunicação interna, externa, publicidade, eventos e sustentabilidade.
e-mail: piquini@tresmeiazero.com.br.
Visite: tresmeiazero.com.br.
* Marco Piquini é jornalista, consultor e palestrante. Trabalha com a comunicação para a gestão de mudança. Foi durante 20 anos executivo do Grupo Fiat e entre 2007 e 2012 diretor de Comunicação da Iveco para a América Latina, com responsabilidade sobre comunicação interna, externa, publicidade, eventos e sustentabilidade.
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