terça-feira, 6 de outubro de 2015

ANFAVEA: NOVAS PROJEÇÕES PREVEEM ESTABILIDADE DAS VENDAS.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, revisou nesta terça-feira, 6, em São Paulo, suas projeções para licenciamento, produção e exportação em 2015. A expectativa indica que haverá estabilidade nas vendas nos últimos três meses deste ano ao considerar que o ritmo de julho a setembro será mantido.


Luiz Moan Yabiku Junior, presidente; Aurélio Santana, diretor Executivo; e Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea, durante encontro com representantes da Imprensa, nesta terça-feira em São Paulo. 

De acordo com os novos dados, o licenciamento de autoveículos deverá apresentar queda de 27,4% este ano, enquanto a produção recuará 23,2%. Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, existem perspectivas de manutenção do ritmo atual: “Ao analisar o cenário conjuntural, acreditamos que o ritmo vivenciado de julho a setembro será mantido no quarto trimestre, o que indica estabilidade nas vendas nestes próximos três meses. Especificamente no caso das exportações, as condições atuais representam uma oportunidade para ampliarmos nossos negócios”.  

Ao contrário dos demais quesitos, as exportações tiveram seus números revisados para cima e deverá alcançar dois dígitos: a estimativa agora é de alta de 12,2%.

Para o segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias, o setor acredita em uma redução das vendas em 32%, além de retração de 29,8% na produção e de 26,2% nas exportações.

Balanço mensal


Os dados mostram que o licenciamento de autoveículos novos caiu 3,5% em setembro, com 200,1 mil unidades, contra agosto, quando 207,3 mil foram vendidos. Na análise contra as 296,3 mil unidades do nono mês do ano passado a contração chegou a 32,5%. No acumulado de 2015 a indústria comercializou 1,95 milhão de veículos, o que significa baixa de 22,7% frente a igual período do ano passado, com 2,52 milhões.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior, destaca que “o nível de confiança do consumidor e do investidor, em razão da conjuntura econômica, continua significativamente afetado e isso se reflete nos mercados de todos os segmentos”. 

O resultado da produção em setembro, com 174,2 mil unidades, ficou 19,5% abaixo das 216,6 mil unidades do mês anterior e 42,1% menor ao se defrontar com as 300,8 mil de setembro do ano passado. A soma da produção no ano registra queda de 20,1% quando comparadas as 1,90 milhão de unidades com as 2,38 milhões de 2014.

As exportações no nono mês do ano chegaram a 33,5 mil unidades, baixa de 3,2% em relação a agosto, com 34,6 mil, e acréscimo de 28,7% contra as 26 mil de setembro de 2014. No acumulado as exportações somam 293,4 mil unidades, 12,3% acima em relação ao volume de um ano atrás, com 261,3 mil unidades.

Caminhões e ônibus


As vendas de caminhões novos em setembro apresentaram crescimento de 2% sobre agosto – 5,9 mil e 5,8 mil em cada mês – porém ficaram menores em 47,1% se confrontado com setembro do ano passado, com 11,2 mil unidades. No acumulado do ano as vendas chegaram a 55,5 mil unidades, o que representa redução de 43,9% frente as 99 mil unidades de 2014.

As fabricantes de caminhões expandiram a produção em 14,5% este mês: foram 5,8 mil unidades em setembro e 5,1 mil em agosto. Ao analisar o resultado do último mês com setembro do ano passado, com 11,8 mil unidades naquele período, a retração é de 50,6%. Até setembro deste ano as montadoras fabricaram 59,1 mil unidades, contração de 47,2% ante as 112,1 mil do ano passado.

As exportações no acumulado do ano aumentaram 11,2%, com 15,5 mil unidades este ano e 13,9 mil em 2014. Apenas em setembro 2 mil caminhões foram negociados com outros países, o que representa alta de 32% contra as 1,5 mil de agosto e de 27,1% se comparado com setembro do ano passado com 1,6 mil.

O licenciamento de ônibus apresentou estabilidade em setembro contra agosto, ambos com 1,3 mil unidades, mas recuou 40,8% na análise com setembro do ano passado, com 2,2 mil unidades. O resultado no acumulado, que registrou 13,7 mil unidades, está 31,2% inferior com relação as 19,9 mil de 2014.

A produção nos nove meses já transcorridos deste ano acumula 18,6 mil unidades e está 33,1% menor do que no ano passado, quando 27,8 mil chassis para ônibus foram fabricados. Em setembro 1,7 mil unidades deixaram as linhas de montagem, o que significa aumento de 54,2% frente as 1,1 mil unidades de agosto e declínio de 37,9% contra as 2,8 mil de setembro do ano passado.

As exportações de ônibus até setembro cresceram 6,9% – foram 5,2 mil este ano e 4,9 mil no ano passado.

Máquinas agrícolas e rodoviárias


As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias encerraram o mês com baixa de 6,8%, ao se comparar as 3,9 mil unidades de setembro com as 4,2 mil de agosto, e com contração de 40,5% ante as 6,6 mil unidades comercializadas em setembro de 2014. O resultado do acumulado do ano, com 36,9 mil unidades, ficou 29,8% inferior se comparado com as 52,6 mil unidades do ano passado.

A produção acumulada até o fim de setembro aponta declínio de 29,1% na comparação entre as 45,7 mil unidades de 2015 com as 64,4 mil no ano passado. Só no mês de setembro deixaram as fábricas 5 mil unidades – o que significa estabilidade em relação a agosto – e queda de 30% com relação as 7,2 mil unidades produzidas em setembro do ano passado.

As exportações no setor encerraram o último mês com 893 unidades enviadas para outros mercados – 24% superior do que as 720 de agosto e inferior em 35,3% em relação as 1,4 mil de setembro do ano passado. No acumulado foram 7,8 mil unidades, baixa de 26,2% contra as 10,6 mil de igual período do ano passado. 

Estudo aponta percepção positiva sobre a indústria automobilística

A Organização Internacional dos Construtores de Veículos Automotores, OICA, divulgou durante o Salão do Automóvel de Frankfurt 2015, em setembro, estudo sobre reputação e percepção global dos consumidores com relação à indústria automobilística. A pesquisa foi feita entre fevereiro e abril deste ano com 14 mil pessoas em 18 países, que representam 76% das vendas mundiais.

O estudo mostrou que 57% dos entrevistados declararam não imaginar sua vida sem o automóvel. Além disso, 67% afirmaram que o primeiro carro adquirido é muito especial, 65% consideram importante possuir um carro próprio, 61% disseram que é uma das principais conquistas da humanidade e 57% que é símbolo de liberdade pessoal.

A pesquisa conduzida pela TNS Sofres – consultoria especializada em pesquisa de opinião – gerou ainda uma escala batizada de Índice TNS de Reputação Corporativa. Nele, a indústria automobilística conquistou 59 pontos, pontuação positiva e similar a de outros setores conferidos pela empresa, como tecnologia com 62 pontos, viagem e turismo com 60 e bens de consumo com 52.

Os pesquisadores também ouviram o público com relação a fatores que contribuem para esta reputação: inovação, visão de futuro, necessidades do consumidor, ética social & corporativa e meio ambiente. E mostrou que 81% do público entrevistado acredita que os veículos estão equipados com tecnologia atualizada, 79% que o setor possui orientação para o futuro, 78% que os produtos estão adaptados para atender às necessidades dos clientes e 73% que é uma indústria cujo longo prazo é confiável.

No quesito meio ambiente o estudo identifica que a opinião pública global entende que a indústria progrediu, ao apontar que 68% dos entrevistados acreditam que o setor automotivo investe em fontes de energia sustentáveis e 70% enxergam o foco na redução da emissão de CO2.

O estudo está disponível para download no link www.anfavea.com.br/OICA.pdf.

ANFAVEA
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