SEM RISCO DE DAR CERTO.
Como na esplêndida saga de Asterix, todo o futuro político do país está sujeito às investigações da Operação Lava Jato. Todo o futuro político do país? Não: um grupo formado por irredutíveis aliados da corrupção ainda resiste aos investigadores. E, como agora, com boas chances de êxito: o truque é secar a verba da Lava Jato. Transportar o japonês, botar o jatinho para voar, alojar e alimentar os presos, tudo é caro. O investimento é rentável, não só pelo combate à corrupção, mas por recuperar dinheiro gatunado. Até novembro, só as delações premiadas tinham rendido R$ 2,5 bilhões ao Tesouro - e ainda há muito roubo a repatriar.
Corte-se a verba e a investigação sofre. Para 2016, o Governo, com apoio do Congresso - onde há tantos investigados - cortou R$ 133 milhões do dinheiro previsto para a Federal. Enquanto os recursos caem, a inflação eleva as despesas.
A quem recorrer? Bem, a Polícia Federal é funcionalmente ligada ao Ministério da Justiça, ocupado por José Eduardo Cardozo. Foi para ele que 37 delegados da Federal enviaram uma carta pedindo "menos discursos e mais ações efetivas do Ministério da Justiça", para impedir que a Polícia Federal "seja alvo de um processo de sucateamento em razão do cumprimento de sua competência constitucional: combater o crime organizado, os crimes decorrentes dos desmandos políticos e econômicos e a corrupção". Pedir ao Governo que não atrapalhe quem o investiga é como solicitar ao sr. lobo que ajude a proteger os cordeiros.
Se até o Mar Vermelho se abriu, como mostrou a Record, por que não outro milagre?
Sem risco...
Mas não falta quem aproveite a confusão para cuidar do seu. De gente que já ganha melhor - www.chumbogordo.com.br/4155-a-justica-da-justica - até empresas cujos pedidos financeiros são bem vistos pelo Governo do Estado. Neste finzinho de ano, todo mundo meio desatento, o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, concedeu subsídio de R$ 39 milhões à Supervia, empresa do grupo Odebrecht que explora os trens urbanos, para ajudá-la a pagar a conta de eletricidade. Explicação: o aumento nas tarifas foi superior ao previsto e afetou o lucro da empresa. É verdade: desta empresa e de todas as outras (e de todos os consumidores,inclusive o caro leitor).
Por que só a Supervia é beneficiada?
...de dar certo
A pagadora oficial, a Mula-Sem-Cabeça, não pode ajudar. Está ocupada em Brasília.
Sem risco de dar...
Não se espante: como dizia um eminente político baiano, Octavio Mangabeira, governador do Estado, "pense num absurdo. Na Bahia tem precedente".
Sem risco de...
...dar certo
Falta dinheiro no Rio para cuidar dos doentes (e, em onze hospitais, até para permitir que sejam admitidos, mesmo para deixá-los no chão dos corredores). O salário dos professores da rede estadual está atrasado; nas escolas falta merenda.
Mas não falta quem aproveite a confusão para cuidar do seu. De gente que já ganha melhor - www.chumbogordo.com.br/4155-a-justica-da-justica - até empresas cujos pedidos financeiros são bem vistos pelo Governo do Estado. Neste finzinho de ano, todo mundo meio desatento, o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, concedeu subsídio de R$ 39 milhões à Supervia, empresa do grupo Odebrecht que explora os trens urbanos, para ajudá-la a pagar a conta de eletricidade. Explicação: o aumento nas tarifas foi superior ao previsto e afetou o lucro da empresa. É verdade: desta empresa e de todas as outras (e de todos os consumidores,inclusive o caro leitor).
Por que só a Supervia é beneficiada?
...de dar certo
A pagadora oficial, a Mula-Sem-Cabeça, não pode ajudar. Está ocupada em Brasília.
Sem risco de dar...
Não se espante: como dizia um eminente político baiano, Octavio Mangabeira, governador do Estado, "pense num absurdo. Na Bahia tem precedente".
Sem risco de...
...dar certo
Fala-se de uma Teia Plenária Nacional realizada em 5 de setembro, e indica-se o caminho para quem quiser participar do movimento: deve-se preencher o formulário do cadastro, clicando em www.raiz.org.br/cadastro-para-colaborador-e-filiado/ Colmeia, polinização, teia, isso lembra Marina. E, lembrando Dilma, além do discurso há o nome do movimento: Raiz.
Eles também saúdam a raiz-mandioca.
* Carlos Brickmann - carlos@brickmann.com.br - é Escritor, Jornalista e Consultor, diretor da Brickmann&Associados Comunicação - www.brickmann.com.br. Siga: @CarlosBrickmann. Visite: www.chumbogordo.com.br - informação com humor, precisão e bom senso - contato@chumbogordo.com.br.
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