SOCORRO! NÃO SEI MAIS COM QUEM ME COMUNICAR!
A: Precisamos divulgar aquela notícia do nosso cliente! Antes eu costumava falar com aquele jornalista...
B: Fiquei sabendo que ele foi demitido e está disponível para freelas.
A: Enviava press release para aquele jornal...
B: Vi agora a notícia que ele parou de circular.
A: E aquele blogueiro?
B: Liguei no celular dele. Me disse que não deu certo e agora virou servidor público.
B: Agora tem outro blog, que da noite para o dia bombou na rede e se transformou em influenciador digital.
A: Vamos enviar as informações para ele e tentar conseguir um espaço lá!
B: Não dá, agora ele cobra pelos posts. Não é mais editorial. Virou mídia e só conversa com o departamento de Marketing. Tem milhares de seguidores.
A: Precisamos então mandar um press release e impactar os youtubers!
B: Não dá. Eles pedem exclusividade ou pelo menos algo feito para eles. A linguagem é outra. O press release nunca “conversou” com esse pessoal.
Nesse momento pelo qual a Comunicação enfrenta tantos desafios, talvez o maior deles seja descobrir quais são os interlocutores de hoje.
Para quem e como comunicar?
A Assessoria de Imprensa viu a sua lista de jornalistas encurtar ao mesmo tempo que os influenciadores digitais cresceram em progressão geométrica. A Imprensa continua a ser extremamente relevante e profissional mas já não é mais a única a gerar impacto.
O press release, aquele texto voltado para os jornalistas, não é a ferramenta para impactar outros públicos. A comunicação ficou customizada. Uma mensagem dita em muitos dialetos. Parece antagônico mas, em um mundo de infinitas possibilidades, a informação no atacado já não funciona mais.
É preciso olhar para o micro, entender qual é a tribo a qual aquele formador de opinião está inserido e tentar mostrar como aquela ação ou notícia de sua empresa está inserida naquele contexto.
É necessário pensar que hoje para impactar mais e mais pessoas, é preciso preparar algo para o indivíduo, para o cacique, aquele que tem a capacidade de influenciar os outros da tribo. E se achar desafiador encontrar e convencer esses novos públicos, bem vindo ao clube. E, em caso de dificuldade extrema, nem ouse pedir para fumar o cachimbo da paz. Isso hoje é politicamente incorreto!
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