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segunda-feira, 18 de julho de 2016

COMUNICAÇÃO.
Por Renato Acciarto*


Inovação e Ruptura estão caindo na obsolescência.

Está no inconsciente coletivo: é preciso inovar. Mudar o que está aí – afinal, camarão que dorme a onda leva. O status quo tem causado insatisfação nas pessoas. A sede pela inovação, ou pelo menos por parecer inovador, está gerando uma ansiedade para correr sabe-se lá para onde.

Parece que a roda do consumismo chegou a uma velocidade que é preciso alimentar esse tal insaciável desejo pelo novo de uma forma que beira o inatingível.

Só o novo atrai. Não há mais sentido comprar um smartphone se já tem uma versão nova. Mesmo se ainda for eficiente, já não presta mais. Não porque furou, porque rasgou, porque quebrou... Te troco, simplesmente porque o novo te matou.


A moda do "novo de verdade" não afeta só os produtos. No mundo corporativo, a palavra ruptura também anda muito em voga, uma versão ainda mais extremada do termo inovação. A expressão ruptura "grudou" na inovação e fez com que essa bela e forte palavra ganhasse novos contornos e significados. Dessa vez, em minha opinião, não tão bons. Como se para inovar, romper com o que aí está fosse indispensável. Ruptura e Inovação de repente se transformaram em termos indissociáveis.

No entanto, para a ruptura é preciso, de fato, mudar tudo. Romper, quebrar.  Mas, será que tudo o que está posto  está errado? Nada mais serve?

O que ocorre hoje é confuso. É como se estivéssemos em uma ponte pênsil e alguém, pela necessidade de mudar rápido, cortasse as cordas de sustentação de um dos lados. Muitas empresas estão também pressionadas a entrar nessa onda. Não ter a palavra (a tal “ruptura”, que obriga a inovar) nos planos da empresa é quase como não ter um website. Com isso, elas correm o risco de perderem sua essência. Como a ruptura demanda "rasgar tudo e jogar fora", não sendo isso possível na realidade, o que ocorre muitas vezes é a imobilidade. Queremos mudar tanto que ficamos parados, congelados, pensando...

As rupturas não são simples, são traumáticas em sua maioria. Para dizer a verdade, não sei nem se elas são possíveis de ocorrer de forma salutar. As rupturas na cultura organizacional esbarram nas pessoas. Você muda do dia para a noite? Não. As empresas, formadas por pessoas, também não mudarão sua cultura abruptamente. É algo que beira o irresponsável e pouco factível nas organizações.

Mas, e se continuássemos a viver normalmente, como antes dessa febre? E se trocássemos a palavra Inovação (nesse sentido de ruptura) por Evolução ou Progresso? Não seria um eficiente ansiolítico? Certamente mais factível, afinal evoluir está na essência do ser humano.


Inovações e rupturas podem gerar um temor desnecessário. Não é o medo pelo novo mas pelo inalcançável.  Não seria esse ritmo imposto para a Inovação uma antítese do consumo consciente, para a Sustentabilidade?

Acredito que os termos Inovação e Ruptura já estão ficando obsoletos. Eles foram picados e contaminados pelo próprio veneno. Temos que matar essas cobras, antes que elas nos matem. Dar uma injeção de realidade para começar a controlar essa ansiedade desmedida do consumismo.

Pense nisso.











Renato Acciarto é jornalista e especialista em Comunicação Empresarial.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

COMUNICAÇÃO.
Por Renato Acciarto*

O CONTO DO MACAQUINHO DO ZÉ DAS COUVES.


Quando seo João chegou à empresa pela manhã, antes de começar a limpeza, encontrou um macaquinho no canto da sala da área de Relações com os Clientes. Não sabia o que fazer, então esperou o restante do pessoal chegar. Às 8h, quando o Sr. Roberto, responsável pelo departamento adentrou à sala, não encarou aquele macaquinho como problema.

Deu comida para ele, e por mais que as pessoas de outros departamentos como Jurídico, Marketing e Vendas, insistissem para que uma destinação correta fosse dada ao pobre animal, o Sr. Roberto preferiu esperar.

“Vamos monitorando ele, por enquanto, deixem o macaquinho aí”, dizia o Sr. Roberto. O macaquinho foi ficando, virou parte da paisagem e já não assustava mais ninguém com seus gritos e pulos de vez em quando.

Um dia, após as férias de final de ano, seo João chegou pela manhã e percebeu que a empresa inteira estava bagunçada, impactada pelas travessuras incontroladas do macaco. Seo João ficou bravo e começou a procurar aquele macaco, que era problema apenas do Sr. Roberto.

De repente, o seo João sentiu seu coração bater em ritmo acelerado. Seus olhos não podiam acreditar no que viam. O macaquinho havia se transformado em um King Kong. Fora do cercadinho do pessoal de Relações com o Cliente, o gorila afetara toda a empresa, inclusive arranhando aquele logo bonito da companhia, que ficava na entrada do prédio, perto da recepcionista.

Quando todos chegaram, começaram a se perguntar por que deixaram aquele pobre macaco sem um cuidado correto. A estratégia, ou a falta de, havia falhado. O “vamos monitorando” do Sr. Roberto havia impactado a imagem da empresa e havia bagunçado todos os departamentos. Uma procrastinação e uma falta de cuidado com o macaco, que resultaram em rebeldia. A tevê local publicou reportagem e os influenciadores digitais fizeram postagens em favor do macaco.

Agora tente substituir esse macaco pelo cliente com problemas que você tanto despreza ou posterga sua solução. Não demonstra cuidado.

Ou substitua o macaco por uma ação que sua empresa precisa tomar para evoluir, se desenvolver, por mais difícil e trabalhosa que essa ação possa ser. Em ambos os casos, a falta de atitude, a omissão de um líder faz com que o problema que era pequeno, se agigante.

Não importa se o macaquinho é do Zé das Couves. Com as mídias sociais, ele também tem voz e se você não se preocupar com o problema dele, o cliente pode de uma hora para outra bagunçar sua empresa, arranhar sua imagem, com razão. Hoje ele é Sr. José dos Vegetais, ou Dr. José, ou até Mr. Joseph Green. Todo cliente merece ser tratado com relevância.

Lembre-se: hoje em dia, a palavra procrastinar se transformou em um antônimo perfeito para a digitalização, evolução e construção de imagem de uma empresa.












Renato Acciarto é jornalista e especialista em Comunicação Empresarial.


segunda-feira, 13 de junho de 2016

COMUNICAÇÃO.
Por Renato Acciarto*

SOCORRO! NÃO SEI MAIS COM QUEM ME COMUNICAR!

A: Precisamos divulgar aquela notícia do nosso cliente! Antes eu costumava falar com aquele jornalista...
B: Fiquei sabendo que ele foi demitido e está disponível para freelas.

A: Enviava press release para aquele jornal...
B: Vi agora a notícia que ele parou de circular.

A: E aquele blogueiro?
B: Liguei no celular dele. Me disse que não deu certo e agora virou servidor público.

B: Agora tem outro blog, que da noite para o dia bombou na rede e se transformou em influenciador digital.
A: Vamos enviar as informações para ele e tentar conseguir um espaço lá!

B: Não dá, agora ele cobra pelos posts. Não é mais editorial. Virou mídia e só conversa com o departamento de Marketing. Tem milhares de seguidores.
A: Precisamos então mandar um press release e impactar os youtubers!

B: Não dá. Eles pedem exclusividade ou pelo menos algo feito para eles. A linguagem é outra. O press release nunca “conversou” com esse pessoal.

Nesse momento pelo qual a Comunicação enfrenta tantos desafios, talvez o maior deles seja descobrir quais são os interlocutores de hoje.

Para quem e como comunicar?

A Assessoria de Imprensa viu a sua lista de jornalistas encurtar ao mesmo tempo que os influenciadores digitais cresceram em progressão geométrica. A Imprensa continua a ser extremamente relevante e profissional mas já não é mais a única a gerar impacto.

O press release, aquele texto voltado para os jornalistas, não é a ferramenta para impactar outros públicos. A comunicação ficou customizada. Uma mensagem dita em muitos dialetos. Parece antagônico mas, em um mundo de infinitas possibilidades, a informação no atacado já não funciona mais.

É preciso olhar para o micro, entender qual é a tribo a qual aquele formador de opinião está inserido e tentar mostrar como aquela ação ou notícia de sua empresa está inserida naquele contexto.

É necessário pensar que hoje para impactar mais e mais pessoas, é preciso preparar algo para o indivíduo, para o cacique, aquele que tem a capacidade de influenciar os outros da tribo. E se achar desafiador encontrar e convencer esses novos públicos, bem vindo ao clube. E, em caso de dificuldade extrema, nem ouse pedir para fumar o cachimbo da paz. Isso hoje é politicamente incorreto!












Renato Acciarto é jornalista e especialista em Comunicação Empresarial.


quinta-feira, 12 de maio de 2016

COMUNICAÇÃO
Por Renato Acciarto*

PRECISAMOS CONVERSAR!


Por que está tão dificil ser apenas ouvido hoje em dia?

Você já foi a uma reunião de brainstorming que começa com uma apresentação em PowerPoint? Você já foi a uma reunião onde os executivos não estão abertos a uma apresentação do conceito, apenas falada, se não há um apoio de uma apresentação em ppt.? Nos tornamos escravos do PowerPoint? Mesmo para apresentar uma ideia que acaba de nascer?

As pessoas hoje, em geral, estão quase ou totalmente fechadas a conversar. Pelo menos face a face. Por whatsapp ou messenger, tudo bem. Hoje a comunicação interpessoal depende de devices, de ferramentas de interação, como o celular, ou softwares, como o tal do PowerPoint.

A conversa, pura e simplesmente, mesmo que seja para um tema profissional não serve mais. Afinal, conversar é para quem tem tempo. Chegar e apresentar uma ideia sem nenhuma apresentação detalhada passa a impressão que você nada fez. Conversar é coisa de bar, Happy Hour.

O nosso mundo está se tornando cada dia mais visual. As pessoas estão inábeis para criar uma tela mental sobre determinado tema. Ele tem que estar claro, ali na tela. Isso tem a ver com a incapacidade de se entregar totalmente em uma conversa no trabalho. Olhar atentamente o seu interlocutor, resistindo àquela tentação de verificar as atualizações no whatsapp ou Facebook. No mundo dos "sem tempo", eu olho para você mas na verdade interajo com outra pessoa.

Será que esse modus operandi irá vencer? Será que aquela conversa entre profissionais de várias áreas, que podem resolver vários itens em poucos instantes, vai mesmo se transformar naquele looping de e-mails, fragmentado e com ideias em direções diferentes, sem concenso?

Estamos perdendo o fulcro da comunicação, que é falar. E essa imagem que rodou no Facebook e whatsapp das senhoras conversando na calçada é muito representativa. Quem conversa de menos, faz relacionamento interpessoal de menos. Não cria laços e esfria a relação, que no fundo, apesar do whatsapp, facebook, smartphone, é feita por pessoas. Não máquinas.

Acredite, pelo menos na cultura brasileira: 
menos relacionamento no trabalho = menor resultado.

Pense nisso.











Renato Acciarto é jornalista e especialista em Comunicação Empresarial.

terça-feira, 10 de maio de 2016

CADA DIA PIOR?
Por José Renato Nalini*

Quando se pensa que o fim do poço chegou e agora é só iniciar a escalada, chegam novas notícias terríveis. Desemprego se acelera no primeiro trimestre. Já não são mais dez milhões de desempregados. Agora já são 11,1 milhões de desempregados! E a tendência ainda é piorar mais este fatídico 2016. Não sei se as pessoas se dão conta do que isso significa. A taxa de desemprego é calculada apenas sobre aqueles que estão à procura de emprego. Na verdade, o número é muito maior. Acrescente-se a ele a legião daqueles que, desesperançados, já não procuram. Cansaram de estar em filas, de enviar currículo e não conseguiram emprego.

Multiplique-se esse número por eventuais dependentes dos desempregados. Muitos são pais de famílias. Têm mulher e filhos para sustentar. Têm de fazer face às despesas correntes: alimentação, moradia, transporte. Têm de pagar as chamadas “utilidades públicas”: luz, água, gás, energia e elétrica. O que farão? Não há sinais claros de reversão da economia. Há um grande compasso de espera. Por isso, até o fim do primeiro semestre a taxa de desemprego crescerá a um ritmo bem forte. A leitura desse quadro merece toda a atenção por parte da sociedade. Não é uma questão político-partidária. É um tema social, que nos distancia do ideal da edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária.

O momento presente impõe uma reflexão madura e sensata. Cada qual deve se perguntar o que deve fazer para minorar as consequências daquilo que está sendo considerado o fenômeno do “cemitério de fábricas” e “velório de lojas”.

Basta percorrer São Paulo e verificar o que está acontecendo com o dinamismo de nossa vida comercial, o esvaziamento de nossos shoppings, a redução do consumo daqueles que se acostumaram a um frugal lazer de fim de semana. O que podemos fazer para superar essa crise, para dar esperança ao desemprego e para ajudar o Brasil a ser reerguer e a mostrar que ele é muito maior do que essa nefasta crise?










José Renato Nalini, Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Imortal da Academia Paulista de Letras e Membro da Academia Brasileira da Educação. 
Visite o blog: renatonalini.wordpress.com.

terça-feira, 3 de maio de 2016

COMUNICAÇÃO.
Por Renato Acciarto*


7 DICAS PARA ESCOLHER UMA ASSESSORIA DE IMPRENSA.

1) Primeiro de tudo, uma sugestão: Não escolha só uma assessoria de imprensa. Hoje a imprensa é apenas uma parte dos formadores de opinião que podem gerar diferencial para sua empresa ou marca. É preciso mais: uma agência ou profissional que tenha ciência das ferramentas necessárias para atingir os mais variados públicos (como os influenciadores digitais) e como fazer isso. Um press release pode não ser necessariamente a ferramenta mais adequada para influenciar um blogger a postar algo positivo sobre sua empresa/produto. A Comunicação está a cada dia mais customizada e é preciso respeitar as diferenças de abordagem.

2) Uma sugestão é que no briefing para a concorrência para escolher a agência de comunicação empresarial, além da liberdade para a formatação da proposta, também peça um único item comum a todos: uma avaliação mesmo que superficial da imagem atual de sua companhia e quais seriam as ações macro para melhorar/manter/reposicionar. Não se esqueça: às vezes um arroz com feijão muito bem feito é melhor que uma lagosta estragada. Não se iluda com propostas mirabolantes. Preste atenção naqueles que querem mostrar as grandes transformações que estão ocorrendo no mundo da comunicação e  quais são os desafios da sua empresa.

3) A maior nem sempre é a melhor. Tudo vai depender das suas necessidades. Uma agência grande pode lhe dar mais segurança com processos de report mais estruturados, maior abrangência, maior influência em casos de crises de imagem. Mas a pequena ou média também podem lhe dar 100% de sua vontade e energia para a manutenção de você, cliente. Ser o mais importante pode gerar mais resultados do que ser mais um.

4) É importante saber quais foram as empresas já atendidas. Os cases de maior sucesso. Há jornalistas que foram de redações importantes no time? Isso pode ajudar no quesito relacionamento, na facilidade das abordagens com a Imprensa.

5) Você quer exclusividade no atendimento? Terá que pagar. Profissionais que ficam baseados na empresa têm a possibilidade de saber mais sobre a cultura e as reais necessidades de sua companhia. Além de acelerar processos de aprovação e descobrir novas possibilidades de temas para divulgação. O olhar do jornalista assessor pode ajudar no levantamento das boas notícias e a identificar e se preparar para as más. Já se a sua opção foi por um atendimento compartilhado, saiba que em algumas agências um profissional pode atender até oito contas. Ou mais. Diferentes clientes/setores/demandas os quais uma andorinha dificilmente fará verão. E cumprir tabela com a imagem de sua empresa é um tipo de atitude que você não pode aceitar.

6) Mesmo esse não sendo aparentemente seu negócio, se esforce para entender o funcionamento da comunicação e seus atores hoje em dia. A agência ou profissional de comunicação empresarial não são um mal necessário. Pelo contrário: veja-a como geradora de diferenciação frente à concorrência e fundamental para seus negócios. Sim, ela é parte de seu core business.

7) Converse com sua agência escolhida e defina alvos reais a serem atingidos. No mínimo, um plano de comunicação anual. Diga da maneira mais cândida onde quer chegar. Quais são suas preocupações. Expectativas não expressadas são o caminho mais curto para a decepção. Entenda o que é realmente possível, mas não se contente com pouco. Saiba que a sua agência de comunicação empresarial é apenas o caminho para o sucesso, mas a sua participação nesse processo é o combustível para isso. Você tem que investir tempo nisso, como disponibilidade para entrevistas e almoços de  relacionamento com os jornalistas de seu setor, de sua região e os principais de economia e negócios. Ajude a sua agência a lhe ajudar.












* Renato Acciarto, Jornalista e Profissional de Comunicação Empresarial.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

COMUNICAÇÃO.
Por Renato Acciarto*

Comunicação não é Core Business! Não mesmo?

Em tempos de crise, com a falta de confiança do consumidor, que afeta drasticamente a atividade econômica no País, muitas Empresas começaram a praticar profundos cortes de estrutura, serviços comprados, reduzindo quadro de funcionários e turnos de produção e até fechando fábricas ou lojas. Tudo o que não é core business é deixado de lado.

Já ouvi de vários empresários e colegas de agências de comunicação que perderam recentemente contas de Empresas uma explicação recorrente: "eles dizem que esse serviço não é Core Business e por isso, dispensável".

 No filme “Edward. Mãos de tesoura” (1990), com Johnny Depp, o personagem que tem tesouras no lugar das mãos só faz cortar. Com o tempo, descobre que pode gerar maravilhas, beleza e não apenas separar, dividir e amputar coisas. Esse é o desafio maior dos líderes de hoje que, pressionados pela redução nas vendas de seus produtos ou serviços, geralmente não veem o corte como uma possibilidade de gerar uma nova modelagem ou até mesmo proteger o que é importante para seu negócio. Pensam apenas em uma redução imediata de custos. Resultado: acabam com a visão embaçada frente às dificuldades, gerando riscos para sua Empresa.

Não dá para concordar que uma assessoria em comunicação empresarial seja dispensável! Atualmente  qualquer Empresa é analisada não só pelos seus produtos e tecnologia. Está claro, principalmente com a força das redes sociais, que a imagem corporativa de uma Empresa tem influência direta nas vendas de seus produtos e serviços.

As corporações estão a cada dia mais frágeis e expostas; um trabalho de construção/solidificação/proteção de imagem é sim uma das necessidades prioritárias. As Empresas devem explicitar cada dia mais suas posições, criando assim diferencial competitivo em relação aos seus concorrentes diretos. Qualidade, funcionalidade e confiabilidade dos produtos e serviços hoje são itens sine qua non, esperadamente básicos e incutidos. Nem mais encarados como vantagens.

Além disso, toda a Empresa está exposta ao imponderável, como a necessidade de se posicionar rapidamente (e de forma clara e transparente!) frente a um escândalo corporativo ou um produto defeituoso que pode colocar vidas em risco. Ao cortar a sua agência ou seu departamento de Comunicação, o empresário corta também um gerador de diferenciação frente a concorrência.

A reputação de uma Empresa está em constante risco. Influenciadores digitais aparecem todos os dias, aos montes.  Youtubers, Bloggers, usuários do Facebook, portais de informação na internet também estão de olho nos atos de sua Empresa e podem impactá-la fortemente em sua imagem com um simples post, que dependendo do tema pode ser compartilhado milhares de vezes. Do dia para a noite, todo o seu histórico e tradição podem ser colocados na lata do lixo.

Exagero? Não, não é.

Portanto, antes de cortar um serviço de Assessoria de Comunicação na sua Empresa, acho que vale se perguntar: a imagem da minha companhia é dispensável, irrelevante para o sucesso de meus negócios?












* Renato Acciarto, Jornalista e Profissional de Comunicação Empresarial.