Surpresa e
susto, o Honda WR-V.
Surpresa. Em janeiro Honda promoveu evento de
integração com jornalistas: mostrou fábrica, laboratório, acesso a engenheiros,
mostrou e deu características de seu futuro produto, o ora apresentado WR-V.
Tudo insólito, desde a visita e o fraquear
contatos, coisa diluída nas duas décadas de distanciamento entre empresa e
imprensa, e também pelo importante fato de ser projeto gestado no Brasil, ao
contrário do HR-V, lançamento de sucesso. Para diferenciar-se pretendia-o como
degrau de entrada, em imaginados R$ 70 mil. E disse dos cuidados para o
comportamento como SAV: reformulação da plataforma, da suspensão, perseguindo
correção de comportamento para um produto de elevada altura livre do solo, 20,7
cm.
Exibiu dados de ávaro consumo para o anunciado
conjunto moto propulsor, o motor L4, 1,5 litro, 116 cv com álcool e 115 cv
quando queimando gasálcool. Transmissão, a atual mania mundial, tão racional
quanto insosso, o sistema de polias variáveis.
Proposta da empresa foi anunciada como vontade de
conquistar clientes para segmento inferior de preços, pois o WR-V seria o
primeiro degrau da marca em tal especialidade. Hoje os veículos com morfologia
assemelhada a SAV e SUV respondem por quase 1/5 das vendas no mercado leve.
Apresentou-o como SUV – entretanto, no caso, tal conceito se funde com o de hatch.
É bem formulado, com aplicações econômicas em couro,
incremento ao uso de plásticos bem cuidados e bem ajustados, características
para auxiliar na imagem do utilitário esportivo maior, mais alto, mais
imponente relativamente ao bem sucedido WR-V. Contou a favor o fato de tal versão
ser projeto nacional, raridade entre as fabricantes nipônicas, seguidoras de
todas as especificações enviadas pelas matrizes. Orgulho nacional conceito e
formulação serão replicados pela Honda em outros países em desenvolvimento –
entenda-se como uma das parcelas para este resultado, ruas e caminhos de piso
ruim. Mercado amplo, como por exemplo o da América Latina. Industrialmente
empresa tem capacidade instalada para atender a eventual demanda.
Susto ocorreu com o anúncio de preços: EX a R$
79.400 e EXL por R$ 83.400.
Aposta
Honda resolveu bancar seu cacife, pois
morfologicamente o WR-V não é um SAV, menos ainda o SUV onde se exige tração
total, porém versão esportivizada do Fit, fornecedor de sua base e arquitetura
mecânica. Mas os preços são superiores aos dos concorrentes de maior porte, e
em alguns casos de aproxima dos dotados de transmissão automática, adjutório de
maior preço.
É bem recheado: câmbio CVT; rodas em liga leve aro
16”, direção com assistência elétrica, freios com ABS/EBD, luzes diurnas,
piloto automático, volante revestido em couro portando controles para rádio e
sistema de som, para brisas dégradée, vidros verdes com filtro a raios Ultra
Violeta, câmera de ré, trio elétrico e fixadores Isofix para cadeira infantil.
Versão EXL incrementa confortos eletrônicos, como tela sensível ao toque, 17,5
cm. Curiosamente não agregaram o ESC, programa de estabilidade, mandatório ao
produto com ampla superfície lateral e elevada altura do solo.
Mantém um dos pontos altos do Fit, os multi
arranjos com os bancos, e completa o projeto de identificação emprega bancos
revestidos em tecido com apliques em corajosa cor laranja, adotada para dar
luminosidade interna e mostrar atrevimento, atributo bem combinado com a noção
de robustez e valentia pretendidas pelo WR-V.
Honda intenta vender 17 mil unidades anuais em meio
a tantas novidades no setor, motores de maior cilindrada, maiores dimensões.
Roda-a-Roda
Ferrari 70 – Dia 12 Ferrari completou sete décadas, longo
caminho entre o início como carro de corridas construídos artesanalmente e a situação
atual de ser referencia como grife e status. Como contou Coluna, fará séries especiais com itens assinalativos, como cores,
para referenciar sua história.
Aprendizado - Acordo entre os grupos Volkswagen, através
de sua marca Sköda e a indiana Tata, busca sinergias, em especial construção de
veículos de baixo preço, característicos daquele grande mercado.
Logan – Aparentemente os alemães pretendem criar
produto – e eventualmente marca – para veículos mais simples e baratos para
atender a países em desenvolvimento. No Ocidente Renault fez isto com o Logan.
Fórmula certa - Após o sucesso do Tesla, líder em tecnologia e estilo dentre automóveis
elétricos nos EUA, outra marca, Dubuc Motors Inc, apresenta o Tomahawk,
consegue mídia, coloca ações na praça para se capitalizar e aplicar no
empreendimento.
Especial - Primeiro esportivo,
2+2, autonomia superior a 600 km, e para acomodar motoristas de elevada altura,
usualmente desconsiderados pelos fabricantes. Para reserva, depósito de US$ 5
mil através do sítio da empresa www.dubucmotors.com
Acima – Audi apresentou o irmão mais forte do A3,
o Ambition 2.0. Diferenças estão no propulsor também com injeção e turbo
gerando 220 cv e a cereja do bolo: o cockpit virtual, tela digital, 30,5 cm com
informações em gráficos de alta resolução. É o primeiro compacto premium com
tal equipamento.
Mais –
Para identificá-lo, outro design para
os faróis, grades e para choques, teto solar, retrovisores externos aquecíveis
e rebatíveis, comunização de partes com o modelo maior A4: volante, console
central. Torque de 350 Nm entre 1.500 e 4.400 rpm dão ótimas respostas ao
acelerador – 0 a 100 km/h em 6,9s e velocidade final cortada a 250 km/h. R$
156.190.
Importados – Mercado dos veículos
importados mantém queda de vendas. Primeiro bimestre do ano encolheu 44,5%
relativamente a idêntico período do exercício passado. Foram 3.631 vendas
contra 6.543 então anotadas.
Questão – Regulamentação imposta
pelo Governo Federal aplicou ao Imposto de Importação, já no teto máximo, 30
pontos percentuais, fazendo disparar preços. E estabeleceu uma cota de exceção
de 4.800 unidades por marca.
Setor – Há marcas sem utilizar
a totalidade das cotas, e associação dos importadores requereu ao MDIC -
ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, distribuir as
remanescentes. Razia nas vendas, setor é o mais sofrido, dizimando rede de
revendedores e empregos. Os importados por marcas sem fabricação local
representam pífio 1,46% do mercado.
De novo – Mini Countryman volta ao
mercado brasileiro em nova edição, maior, mais espaçoso e uso mais confortável,
incrementado em eletrônica para condução, e motor: 2 litros, L4, 16V, turbo,
218 cv.
Será
importado, ao contrário do modelo anterior, montado no Brasil. R$ 145 mil.
Mercosul – Em seu projeto de aumentar mercado,
PSA combinou com seu representante no Uruguai EASA e com montadora local
Nordex, montar os novos Peugeot Express e Citroën Jumpy. A grosso modo
concorrentes do Mercedes-Benz Vito. Capacidade de produção 6.000/ano para
América Latina.
Peso – Para tirar dúvidas quanto à
densidade da operação, Carlos Tavares, presidente da multi PSA foi a Montevideu
assinar os contratos e demarrar a produção. Sob sua gestão PSA está na segunda
parte de seu projeto, o Acelera para
Ultrapassar. Adequado, quando mais novo Tavares era piloto de rallyes.
5 estrelas – Golf VII, brasileiro, e Seat
Ateca, espanhol exportado para a América Latina, obtiveram 5 estrelas nos
testes de impacto realizados pela LatinNCAP. Entidade privada analisa e busca
conscientizar governos sobre a necessidade de impor obrigatoriedade de itens de
segurança. Testes indicaram proteção aos adultos e crianças.
Início – Recém empossado presidente da Jaguar
Land Rover, o francês Frédéric Drouin aprovou proposta interna para aumentar a
fidelização do cliente às oficinas da marca. Programa de cinco anos, revisões a
partir de R$ 3.000 para todo o período, em verificações padrão e troca de óleos
e filtros.
Banco – Não é operação de engenharia de
manutenção, mas bancária. Cliente paga antecipadamente médios 30 meses pelos
serviços. M’sieur Drouin é do ramo. Foi presidente do Banco PSA no Brasil.
Futuro – Steve
St. Angelo, CEO da Toyota na América Latina fez declaração interessante. Seu
time treina a próxima geração dos diretivos da Toyota Brasil. Quer fazer o
pioneirismo de indicar um brasileiro como próximo presidente local.
A
bordo – Shell e Jaguar criaram programa permitindo ao
motorista, sem sair do carro, pagar o abastecimento diretamente do telefone com
tela sensível. Por enquanto para o SUV F-Pace, na Inglaterra. Mais? youtu.be/lnR1qdgA-SU
Mais – Se na Inglaterra é de
uso restrito ao Jaguar, aqui vale a democracia: funciona a partir de qualquer
carro em postos Shell ajustados ao sistema. Chama-se Shell Box com APP baixável.
Moda –
Prédios com assinatura de estúdios de design
de automóveis, ou relacionado às marcas Premium, moda atual em Miami, onde os
há desenhados pelo Studio Porsche, Pininfarina, Bentley. Empresário argentino
Alfredo Coto apresentou empreendimento no ramo: Aston Martin Residences.
Marca –
Bem localizado, foz do rio Miami, 66 andares, 390 apartamentos, elevador para
levar o carro do proprietário até o apartamento. Charme adicional, venda e
assistência de lanchas com griffe Aston
Martin, ancoradouro e hangar especial para aviões particulares. Preços sem
susto, começam a US$ 471.000. Cobertura no recém inaugurado Porsche foi vendida
a US$ 8M.
Limpa – Motos KTM 200 e 390 Duke austríacas
montadas em Manaus, vendidas em março com bônus de R$ 1.000, respectivos R$ 15
mil e R$ 21.000.
Compartilhar – Class1One, grupo paulista de fractional ownership – propriedade em
parceria -, reunindo interessados para dividir custo e uso de aviões,
helicópteros, barcos e automóveis caros, incluiu moto Ducati no rol.
Comércio –
Despedido por baixa performance, vendedor de Ferrari na Flórida, denunciou a
empresa por alterar odômetro e reduzir a quilometragem dos veículos usados da
marca, aumentando seu valor. Manobra é crime federal, mas a Ferrari
desenvolvera instruções de como usar processo eletrônico e acionado com sua
permissão. Não está bem na foto.
Ecologia – Ford amplia estudos sobre materiais
recicláveis para formar peças de automóveis. Pesquisa inclui goma de mascar,
meias-calças, collants, e a agave,
planta no Brasil utilizada em paisagismo, e base para a Tequila mexicana.
Fruta – Das folhas do abacaxi a designer espanhola Carmen Hijosi
conseguiu fazer tecido para bancos e laterais, o Piñatex. Ford é pioneira na
tentativa de mesclar produtos agrícolas com produção de automóveis. Em 1941
construiu protótipos de carrocerias a partir de soja.
Fora – Nove equipes, 20 caminhões e pilotos não
competirão no Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. São os de maior destaque
na categoria e ausência é pela falta de diálogo com organizadores, de calendário
e perspectivas.
Momento – Gestão de Waldner Bernardo, o Dadai, e Selma Moraes, Presidente e Vice
da Confederação Brasileira de Automobilismo começa movimentada.
Gente – Frédéric Drouin, francês, ex-presidente
da Peugeot Suisse, mudança.
OOOO Presidente da Jaguar Land Rover no Brasil. OOOO Larga experiência com o país e
automóveis locais. OOOO
Presidiu Peugeot no Brasil e dirigiu o banco da marca. OOOO Trabalho amplo, inclui América Latina
e Caribe. OOOO
Promoções na área financeira da FCA, Fiat Chrysler Automobile: João Laranjo, ex
CFO – diretor financeiro – promovido para o atualmente tremelicante Nafta –
EUA, Canadá e México. OOOO Emanuele
Cappellano, italiano, da área, substituto. OOOO Paul Henbery, líder Pirelli América Latina. OOOO Antes cuidava de Motorsport. OOOO Tomara mantenha o interesse e o
torne construtivo no Continente. OOOO Doug Betts novo VP Senior da JD Power, empresa de pesquisa. OOOO Do ramo, ex FCA, Nissan,
Toyota, Apple. OOOO Cuidará
toda a divisão automotiva nas Américas, Europa e Ásia-Pacífico. OOOO Martin Daum, alemão, da área
econômica, nº 1 de caminhões e ônibus na Daimler – dona da marca Mercedes. OOOO
Comandava a operação das
operações Mercedes, Freightliner, Western Star, Thomas e Detroit Diesel
Corporation no Nafta.
OOOO Interrompe o processo sucessório, antes encaminhado para seu antecessor
Wolfgang Bernhard. OOOO
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.