A ascensão da demanda dos cobots é a mesma gerada por fatores que têm impulsionado a automação: a falta de trabalhadores qualificados disponíveis e custos trabalhistas crescentes. A expectativa é de que outros fatores específicos suportarão a elevação da demanda, como a necessidade de maior flexibilidade da automatização, a exigência de liberar mais espaço no chão das fábricas e de eliminar cercas de segurança utilizadas em robôs convencionais.
O mercado de cobots tem previsão de manter o crescimento anual na ordem de 60% pelos próximos dois anos. E as perspectivas futuras seguem positivas, com expectativa de taxa de crescimento anual composta (CAGR) estimada em 35% até 2027.
De acordo com o gerente da Universal Robots no Brasil, Denis Pineda, a demanda por cobots foi diversa e fragmentada em vários segmentos da indústria. “A aplicação no setor industrial possivelmente continuará pluralizada. No entanto, podemos afirmar que a maior parte da demanda vem de cinco aplicações principais: empacotamento/paletização, parafusamento, abastecimento/descarga de centros de usinagem, transferência de peças entre máquinas e inspeção”, destaca Pineda.
Apesar de os robôs convencionais ainda dominarem a indústria, foi possível perceber que esse mercado se retraiu no ano passado, e novos fornecedores continuam a emergir entre aqueles especializados em cobots, expandindo para novas frentes em que a automação não era possível. Isso explica, em partes, o crescimento elevado do setor de robôs colaborativos e as perspectivas positivas para os próximos anos.