Autotech que é um dos três maiores marketplaces de carros novos e usados do país, a Mobiauto promoveu um levantamento que retrata o comportamento de mercado dos utilitários esportivos e das picapes movidas a diesel no país. Foram apuradas as cotações de veículos seminovos (2023, 2022 e 2021) na média do 1º trimestre de 2023 e, posteriormente, do mesmo período desse ano. A leitura é clara: os veículos movidos a diesel, por mais que concentrem a incondicional preferência do consumidor brasileiro, desvalorizam mais do que os outros segmentos.
Em recente levantamento, a Mobiauto identificou que o mercado global de seminovos perdeu 9,48% dos preços nesse período. As picapes e o SUVs a diesel? Na média, eles depreciaram 15,16%, mas alguns passaram de 20%. Como nenhum consumidor quer ou gosta de perder dinheiro, porém, que tal "minimizar essas perdas?" Quais desses modelos perderam um valor menos acentuado?
Mas por que teria havido essa desidratação de preços em um segmento que é tão cultuado pelo consumidor brasileiro? E não só por aqueles clientes que adquirem os modelos zero km, mas também por quem compra os seminovos. Por quê?
Para o economista Sant Clair Castro Jr. consultor automotivo e CEO da Mobiauto, a principal razão está relacionada à alta do preço do óleo diesel em 2022. "O diesel S10, que é amplamente usado por esses veículos, ultrapassou a barreira dos R$ 7,50 por litro dois anos atrás. Hoje ele está abaixo de R$ 6", explica.
O executivo da Mobiauto argumenta que os clientes corporativos (frotistas), que sofreram fortemente a alta no preço do km rodado em 2022 devido aos reajustes do combustível, colocaram as frotas à venda. "E queimaram muitos veículos abaixo da tabela, o que, lá atrás, provocou essa alta depreciação nos preços. O que está acontecendo hoje é a cauda longa daquele fenômeno, isto é, criou-se o hábito de vender as picapes e os SUVs abaixo da tabela, o que aumenta consideravelmente a depreciação", diz o especialista.
A boa notícia, de acordo com Sant Clair, é que esse efeito deve estar próximo do final, a julgar que não haverá nenhuma nova alta no preço do litro do diesel. "O delta entre a desvalorização média e a específica de SUVs e picapes a diesel já foi bem maior no ano passado, acima dos oito pontos percentuais. Hoje estamos falando de cerca de pouco mais de 5 pontos", esclarece. Mas ainda é necessário ficar alerta e verificar quais os modelos expõem perdas maiores.
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"Quem adquiriu um Jeep Commander Overland TD380 2023 um ano atrás, hoje tem um SUV que vale cerca de R$ 80 mil a menos. É muito", destaca Sant Clair. |
No total, o levantamento considerou cotações dos modelos e versões mais ofertados e procurados da plataforma. Foram 19 veículos de 11 marcas diferentes, que totalizaram 103 modelos. Foram os seguintes: Chevrolet S10 Cabine Simples e Dupla, Fiat Toro, Ford Ranger, Jeep Renegade, Compass e Commander, Land Rover Discovery Sport, Mitsubishi L200 Triton Sport e Outdoor, Mitsubishi Pajero Sport, Nissan Frontier, RAM 2500 e 3500, Toyota Hilux Cabine Simples e Dupla, Toyota SW4, Troller T4 e Volkswagen Amarok.
Quando você vai no detalhe e apura a depreciação de cada versão, o ranking com os cinco veículos de maior desvalorização é o seguinte:
"Os valores assustam mais do que os próprios percentuais, se você considerar que o ticket médio desses veículos está acima de R$ 200 mil. Uma coisa é perder 10%, que foi a depreciação média no último ano em um carro de R$ 100 mil. Ele caiu pra R$ 90 mil. A outra, bem diferente, é registrar uma desvalorização de quase 30% em uma picape em que você comprou por mais de R$ 250 mil e hoje só vale R$ 180 mil!", alerta Castro Jr., sugerindo que os fãs de picapes e SUV´s a diesel se orientem com o levantamento feito pela empresa para não correrem o risco de registrar perdas tão significativas.
Do total de veículos pesquisados, a boa notícia é que, sim, oito deles "salvaram-se" e registraram perdas inferiores à média de 9,48% de todo o mercado. Foram os melhores negócios, em um julgamento bem livre.
Sant Clair Castro Jr comenta a respeito do campeão da pesquisa: "Veja o Troller T4: apesar de ter saído de linha, é um produto único no mercado nacional. E continuará sem perder preços por um bom tempo. Como é um veículo geralmente associado ao lazer do usuário, que o utiliza em raids, trilhas e atividades não corriqueiras, quem tem um bom Troller... não vende. Por isso ele não perde cotação", opina.
A MOBIAUTO – Em menos de quatro anos de operação, a empresa já se posiciona como um dos maiores marketplaces do mercado de automóveis do Brasil, tendo alcançado mais de 12 milhões de acessos mensais. Recentemente a empresa alterou sua composição acionária e passou a contar com o Banco PAN, alavancando um futuro breve repleto de produtos destinados ao crédito na compra de veículos.
Assessoria de Imprensa
Edu Pincigher
eduardopincigher@hotmail.com
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