sexta-feira, 18 de outubro de 2024

LUZES: NA TERRA, MAR E AR. Por chicolelis*

Imagem ilustrativa - Foto: Piqsels.

O primeiro farol do carro surgiu em 1899, quando seu criador (não existe registro do seu nome) se inspirou em candelabros à vela. Entre os primeiros modelos a fazer uso desse equipamento foi o Peugeot Tipo 3, modelo do primeiro carro importado para o Brasil, por Alberto Santos Dumont, o Pai da Avião. O farol elétrico veio em 1912; com dois filamentos e defletor chegaram em 1930. Cinco anos depois, surgiram os primeiros modelos de carros que tiveram os faróis embutidos em suas carrocerias. E os faróis foram evoluindo até chegarem aos modelos de hoje, que utilizam LED. E, pela legislação, a partir deste ano todos os veículos, quer sejam híbridos, elétricos ou a combustão, são obrigados a sair de fábrica equipados com a luz diurna obrigatória, conhecida como DRL.

Mas falar sobre faróis para os automóveis é algo que não causa muita curiosidade, pois todo mundo, seja motorista ou pedestre, conhece bem essa peça indispensável que, muitas vezes, é mal usada, na guerra dos faróis, por exemplo, em estradas de pistas simples, ou da falta do uso deles nas vias urbanas. E, vou incluir as setas direcionais, que não são muito usadas pelos motoristas brasileiros.

E no mar?

Bem, no mar a situação é outra. Os faróis não são peças principais na sinalização das viagens. O mais importante é a cor das luzes colocadas à boreste (direita da embarcação), a verde, e a bombordo (esquerda), vermelha. Elas indicam quando algum barco se aproxima ou se afasta. Quando se avista uma luz invertida, é porque há uma embarcação vindo na sua direção. Nesse caso é passar com a luz verde cruzar com a luz verde do outro barco.

Essa é a regra: a embarcação que estiver  navegando pelo boreste (direita) e for avistada, olhando para a direita,  uma outra com a luz de bordo vermelha, esta tem preferência. As únicas exceções ficam para barcos a vela e os de pesca arrastando redes que sempre têm preferência, independente do bordo em que estejam.

Agora, imaginem essas regras no trânsito das nossas cidades e estradas. O nosso motorista não obedece a distância mínima e quem obedece corre o risco de ter o espaço entre seu carro e o da frente, ocupado por um apressadinho que não obedece este “mandamento”. Na cidade, quem vem da direita tem preferência no cruzamento, mas quem respeita a regra? Você obedece ou conhece alguém?

No ar

Como informa a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, as luzes externas  servem, especialmente à noite, para auxiliar o piloto nas ações de decolagem e aterrissagem de um avião comercial.

Luzes de ponta de asa

São luzes instaladas na ponta de cada asa, mostrando o sentido em que segue o avião. “Essa sinalização é padronizada na avião comercial no mundo todo. A luz esquerda é vermelha e a direita é verde. Com isso o controlador de voo consegue ver o sentido do avião, diz o consultor técnico da ABEAR, Raul Souza..

Beacon

Não confunda com bacon, apesar da sua cor vermelha. Ela está situada embaixo e em cima do avião, no meio da aeronave, para mostrar que os motores estão ligados e só apagam quando eles são deligados. Serve também como sistema anticolisão.

Luz traseira

Ela é branca sinalizando a cauda do avião e serve para calcular o tamanho do mesmo, medindo-se a distância entre ela o beacon, que fica no meio..

Luzes de aterragem

São localizadas no trem de pouso  ou nas asas. Iluminam a pista e auxiliam o piloto na decolagem e na aterrissagem. Podem ser brancas ou amarelas..

Luzes de motores

Os motores têm uma luz só para eles, mas apenas usadas em caso de acidentes, como colisão com pássaros. Estão nas partes laterais da fuselagem. São brancas ou amarelas.

Strobe

Essas são conhecidas de qualquer um que, à noite, olhando para um avião passando, logo as identificas. São brancas que piscam, com os antigos flashes das máquinas fotográficas (alguém ainda lembra delas?) e podem ser vistas a quilômetros de distância. Estão na frente do avião, mas podem estar nas asas e na sua traseira.



*chicolelis - Jornalista com passagens pelos jornais A Tribuna (Santos), O Globo e Diário do Comércio. Foi assessor de Imprensa na Ford, Goodyear e, durante 18 anos gerenciou o Departamento de Imprensa da General Motors do Brasil. Fale com o Chico: chicolelis@gmail.com. A caricatura é um presente do Bird Clemente para o chicolelis, que tem no ex-piloto, seu maior ídolo no automobilismo.

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