A conectividade em máquinas e ferramentas promete reduzir perdas, otimizar processos e aumentar a eficiência em canteiros de obras
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Funcionalidade ONE-KEY™ permite configurar torque, velocidade e modos de operação em nuvem. |
O mercado de equipamentos inteligentes para construção está avançando a passos largos, impulsionado por um forte movimento global de expansão de infraestrutura. De acordo com o relatório da Future Market Insights, o valor desse mercado deve crescer de US$ 24,4 bilhões em 2025 para US$ 81,5 bilhões em 2035, alcançando um CAGR (taxa composta anual de crescimento) de 12,8%.
Segundo o mesmo relatório, a projeção é de que a tecnologia IoT detenha uma participação de mercado de 34% ainda neste ano, consolidando-se como a tecnologia líder em equipamentos inteligentes para construção. A IoT permite monitoramento remoto, detecção de falhas e gerenciamento de ativos por meio da troca de dados em tempo real entre máquinas e sistemas centralizados.
Dados do estudo Global Connected Construction Machine Market, da Counterpoint Research, também apontam para a mesma direção: até 2030, cerca de 75% das máquinas utilizadas no setor mundial de construção devem ter conectividade incorporada.
O movimento já tem sido visível: em 2022, uma em cada três máquinas vendidas globalmente já contava com recursos conectados. A expectativa é de que o mercado mantenha um ritmo de crescimento médio de 11% ao ano até o fim da década, impulsionado pela busca por mais produtividade, segurança e controle nas obras.
No Brasil, esse movimento tem seguido um ritmo próprio, mas acompanha a tendência de expansão. Um relatório da Confederação Nacional da Indústria, publicado em 2023 e que entrevistou 1.682 executivos — sendo 356 de indústrias do setor da construção — apontou que a indústria brasileira operava com maquinário antigo e com tecnologia defasada. Entre as empresas que responderam à pesquisa, apenas 2% têm máquinas com até 2,5 anos de uso. O maior percentual, de 28%, possui equipamentos com 10 a 15 anos.
Porém, uma outra pesquisa, agora feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelou que, em 2024, cerca de 89,1% das empresas industriais com 100 ou mais funcionários utilizavam pelo menos uma tecnologia digital avançada.
“O setor de construção civil no Brasil tem muito o que avançar em termos de adoção de maquinário conectado, mas vemos um crescimento consistente no uso de conectividade no país”, diz Paula Cristina Dani, CEO da Milwaukee Brasil, que possui soluções em ferramentas conectadas.
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Paula Cristina Dani |
A Milwaukee Brasil abriu operações no país há 10 anos e, desde então, traz dos Estados Unidos ferramentas com seu sistema próprio de conectividade embarcado e patenteado: a tecnologia ONE-KEY™. “Nossa operação tem crescido exponencialmente e, nesse período, abrimos duas unidades no Brasil, contamos com 33 revendas autorizadas e 75 funcionários, prova de que o mercado de conexão inteligente em máquinas está em franca expansão”, diz Paula Cristina Dani.
A executiva explica que ferramentas da marca, como parafusadeiras e esmerilhadeiras, utilizadas nos canteiros de obras, oferecem a funcionalidade ONE-KEY™, com recursos que incluem monitoramento, controle, personalização e segurança por meio de software próprio. “A tecnologia permite, por exemplo, configurar torque, velocidade e modos de operação em nuvem, além de salvar perfis de uso para tarefas específicas e alternar entre eles conforme a necessidade”, explica.
Além disso, as ferramentas registram histórico de uso e dados detalhados que alimentam o software para geração de relatórios inteligentes, o que vai ao encontro das grandes tendências apontadas no mesmo relatório do IBGE citado anteriormente: as áreas de produção nas empresas brasileiras estão utilizando cada vez mais análise de Big Data, atingindo 84,5% em 2024.
As ferramentas com esse recurso também podem ser rastreadas via Bluetooth e contam ainda com a funcionalidade de bloqueio remoto (“tool lock-out”): se forem marcadas como perdidas ou roubadas, podem ser desativadas remotamente.
Referências
Engenharia de Comunicação
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