quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

PÁTRIA DESEDUCADORA.
Por Rubens Passos*

O fato de o Brasil, ultrapassado pelo Sri Lanka, ter perdido mais uma posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que acaba de ser divulgado, posicionando-se em 75º lugar dentre 188 países, está diretamente relacionado à precariedade do ensino. A educação é um dos três indicadores que compõem esse indicador das Nações Unidas, ao lado da saúde e da renda.

A boa escolaridade, contudo, é decisiva para os dois outros requisitos. Afinal, pessoas com boa formação técnico-acadêmica ganham mais, geram mais renda e são mais instruídas quanto aos cuidados com a saúde. Assim, não é sem motivo que o ensino público de qualidade seja considerado a grande base do desenvolvimento.

Por isso, é lamentável observar que estamos caminhando na direção contrária do que apregoa o marketing oficial do governo. Na verdade, somos a Pátria Deseducadora, pois continuamos negligenciando o ensino público, de péssima qualidade, e ainda se passam maus exemplos de cidadania e urbanidade aos nossos jovens, que assistem diariamente aos espetáculos grotescos da corrupção, da incompetência, do oportunismo político e dos “barracos” entre parlamentares e autoridades, reproduzidos na mídia de todo o mundo, para o nosso constrangimento.

Um dos exemplos de nossa “deseducação” está em estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual o Brasil aparece em terceiro lugar dentre as nações que, proporcionalmente, mais destinam recursos à educação. Seria ótimo não fosse a péssima qualidade da escola pública. Pode-se depreender que o dinheiro está sendo mal aplicado, pois 17,2% dos gastos públicos brasileiros são direcionados ao setor, informa o relatório, intitulado Education at a Glance 2015.

No entanto, essa conta não fecha. Vejamos: nosso Magistério, numa absurda distorção, é mal pago (um professor em início de carreira no Brasil ganha cerca de 12 mil dólares por ano, menos da metade da remuneração inicial dos docentes de países da OCDE); as escolas, com raras exceções, estão mal cuidadas; este ano, cortaram-se e se reduziram os programas federais, estaduais e municipais de compras de livros para os alunos; as universidades públicas estão vivendo graves crises orçamentárias; o governo paulista queria fechar quase cem escolas;  e o Brasil, segundo o estudo,  gasta, por ano, 3.441 dólares para cada estudante matriculado na rede pública do ensino básico até o superior, ante média da OCDE de 9.317 dólares.

Assim, cabe perguntar: o que está sendo feito com a terceira maior verba mundial do ensino proporcional à arrecadação? Com um detalhe: temos uma das maiores cargas tributárias do Planeta! Tais impostos, aliás, contribuem muito para outro indicador que conspira contra a escolaridade: os materiais escolares têm em média, alíquotas de tributos superiores a 40%, o que onera muito o seu preço. A quem o País está educando? A quem se pensa que se está enganando?









* Rubens F. Passos, economista pela FAAP e MBA pela Duke University, é presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE) e Diretor Titular do CIESP Bauru.



Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação
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MECÂNICA ONLINE®.
Por Tarcisio Dias*

O MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA.


É normal falarmos sobre o automóvel e seus diferenciais, se é mais ou menos bonito, confortável, econômico, potente e tantos outros itens que envolvem esse tema, mas uma área que desde sua invenção ganhou uma grande evolução, foi o motor de combustão interna. Ele evoluiu, mas não mudou seus conceitos. Você sabe como funciona o motor do seu automóvel? O conceito básico? Vamos lá.

O motor de combustão interna é a fonte de energia usada com mais frequência para veículos automotores. Eles geram energia através da conversão de energia química contida no combustível em calor e o calor assim produzido, em trabalho mecânico.

A conversão da energia química em calor é realizada através de combustão, enquanto a conversão subsequente em trabalho mecânico é realizada permitindo-se que a energia do calor aumente a pressão dentro de um meio, que então realiza o trabalho na medida em que se expande.

O movimento dos pistões para cima e para baixo é convertido em movimento rotativo pelo virabrequim ou eixo de manivelas o qual, por seu turno, o transmite às rodas através da embreagem, da caixa de marcha, do eixo de transmissão e do diferencial.

Os pistões estão ligados ao virabrequim pelas bielas. Uma árvore de cames, também conhecida por árvore de comando de válvulas, movida pelo virabrequim, aciona as válvulas de admissão e escapamento situadas geralmente na parte superior de cada cilindro.

O motor de arranque (motor de partida) é responsável por fornecer a energia inicial necessária para tirar da inércia e colocar em movimento o motor. Ele engrena numa cremalheira que envolve o volante do motor, constituído por um disco pesado, fixado à extremidade do virabrequim ou árvore de manivelas.

O volante do motor amortece os impulsos bruscos dos pistões e origina uma rotação relativamente suave ao virabrequim.

Devido ao calor gerado por um motor de combustão interna, as peças metálicas que estão em contínuo atrito engripariam se não houvesse um sistema de arrefecimento, responsável por manter a temperatura ideal de funcionamento do motor.

Para evitar desgastes e aquecimento excessivos, o motor inclui um sistema de lubrificação. O óleo, armazenado no cárter sob o bloco do motor, é obrigado a circular sob pressão através de todas as peças do motor que necessitam de lubrificação.

Líquidos (combustíveis), que asseguram um aumento na pressão de serviço através de uma transformação de fase (vaporização) ou gases, cuja pressão de trabalho pode ser aumentada através da compressão, são usados como meios de geração dessa energia.

Os quatro tempos do motor de combustão interna – Muitos dos motores de nossos veículos atuais possuem quatro cilindros e funcionam em quatro tempos, como vemos a seguir.

A primeira etapa, também denominada de primeiro tempo, é denominada admissão. Nessa etapa a válvula de admissão permite a entrada, na câmara de combustão, de uma mistura de ar e combustível enquanto o pistão se move de forma a aumentar o espaço no interior da câmara.

A segunda etapa é a compressão. Nesta o pistão se move de forma a comprimir a mistura, fazendo seu volume diminuir. Aqui ocorre uma compressão adiabática e em seguida a máquina térmica recebe calor numa transformação isocórica.

A terceira etapa denomina-se explosão. No término da compressão um dispositivo elétrico (vela) gera uma centelha que ocasiona a explosão da mistura ocasionando sua expansão.

Após isto ocorre então o quarto tempo quando a válvula de saída abre e permite a exaustão do gás queimado na explosão. A expansão adiabática leva a máquina ao próximo estado, onde ela perde calor e retorna ao seu estado inicial, onde o ciclo se reinicia.

Vantagens do processo de 4 (quatro) tempos



- Ótima eficiência volumétrica em toda faixa de velocidade do motor.

- Baixa sensibilidade em relação a perdas de pressão no sistema de gás de escapamento e controle relativamente bom da curva de eficiência de alimentação através da seleção de sincronização apropriada das válvulas e projetos do sistema de admissão.

Desvantagens do processo de 4 tempos



- O controle das válvulas é altamente complexo.

- A densidade de potência é reduzida porque apenas cada segunda rotação do eixo é utilizada para gerar serviço.



Tarcisio Dias – Profissional e Técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica. Radialista, é gerente de conteúdo do Portal Mecânica Online® www.mecanicaonline.com.br e desenvolve a Coleção AutoMecânica. Escreva para: redacao@mecanicaonline.com.br. 
** Coluna Mecânica Online® - Menção honrosa (segundo colocado) na categoria internet do 7º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo 2013, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade.

O ROUBO LEGALIZADO E A COESÃO SOCIAL.
Por André Rehbein Sathler e Valdemir Pires*

Norbert Elias considerava o ato de recolher impostos um roubo legalizado. Inspirou-se, para a construção de seu oxímoro, no fato de que o imposto representa a apropriação de um bem privado por um terceiro, sem contrapartida ou garantia dela. O termo antagonista – legalizado – deve-se ao fato de que esse terceiro é o Estado, que detém o monopólio do exercício aceito da violência. Do ponto de vista da sociedade, os impostos são, portanto, o consentimento ao roubo. Não há assaltados felizes, apenas resignados e satisfeitos quando a situação não evolui para o latrocínio.

Do lado dos ladrões tampouco há contentes. A atrofia do pacto federativo nacional e a monstruosidade do cipoal normativo referente às obrigações fiscais somam-se para acirrar a sanha arrecadadora de cada um dos entes federados. Municípios, estados e a União disputam a tapa a distribuição dos fundos de participação, enquanto sorrateiramente buscam ampliar de qualquer forma o que pode ir diretamente para os seus bolsos. Amaldiçoadamente, em um contexto de deterioração econômica, o fantasma de Laffer se impõe e o aumento dos impostos acaba resultando na diminuição do butim.

A obstinação com o aumento da arrecadação, contudo, tem raízes solidamente firmadas na gigantesca inelasticidade do gasto público. Em um país que teve Estado antes de ter sociedade, o custeio, sobretudo as despesas com pessoal da ativa e inativos, trava qualquer discussão séria sobre redução de despesas. E o Estado se vê refém de uma tautologia: a única alternativa é aumentar a arrecadação porque não há alternativa.

Toda obsessão é a fixação com uma parte, perdendo-se a visão geral. Por isso, não se discute, sequer se pensa, a questão do suprimento dos bens comuns, justificativa da teoria econômica para a existência do Estado e sua competência para recolher impostos. Governos existem porque as pessoas não são honestas e hábeis o suficiente para identificar aquilo de que necessitam e usufruem coletivamente, contribuindo na justa proporção de seu usufruto. Quais são os bens comuns indispensáveis, como devem ser supridos, a que custo e a que preço? É, percebe-se, uma discussão que transcende o duelo liberalismo versus estatismo, e aponta, antes, para o realismo, em que liberdade e intervenção coexistem.

O roubo legalizado é possível por conta do monopólio da violência. Até aqui, a população seguiu a orientação policial padrão para esses casos: não reaja. Mas a história mostra que quando o Estado erra a mão na cobrança de impostos (Colbert que o diga!), a reação nem sempre é a resignação ou mesmo a brecha arriscada da sonegação. É a coesão social que se está colocando em risco.










* André Rehbein Sathler é Economista, Doutor em Filosofia e Coordenador do Mestrado Profissional em Poder Legislativo da Câmara dos Deputados.










* Valdemir Pires é economista, professor e pesquisador do Departamento de Administração Pública da Unesp.


UNESP 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Assessoria de Comunicação e Imprensa
Fabiana Manfrim
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(11) 5627-0429.

FÓRMULA E: SÉBASTIEN BUEMI TEM PROGRESSÃO ELETRIZANTE EM BUENOS AIRES.

A escuderia Renault e.dams e Sébastien Buemi avançam em suas posições no ranking de Pilotos e Equipes, conquistando o terceiro pódio da temporada no ePrix de Buenos Aires, na quarta etapa do Campeonato FIA 2015/2016 de Fórmula E.


A Renault e.dams começou muito bem os treinos de sábado, com Sébastien fazendo o melhor tempo nos treinos livres na categoria FP2, enquanto que seu companheiro de equipe Nico Prost ficou em terceiro. Competindo no segundo grupo classificatório, Nico conquistou a Super Pole com o seu Renault Z.E. 15. Devido a um pequeno deslize na curva de número 7, Sébastien acabou rodando, fazendo com que tivesse que largar no fim do grid, enquanto Prost largava em segundo.

Em um dia de muito calor em Buenos Aires, Sébastien subiu três posições em apenas uma volta logo após a largada, mantendo uma progressão eletrizante nas 34 voltas seguintes. No final, ele deixou para trás 16 adversários, ficando em segundo e conquistando seu terceiro pódio da temporada 2015/2016.

Prost manteve sua posição inicial durante quase toda a primeira metade da prova. Tendo rodado logo após a parada regulamentar nos boxes, Nico viu suas chances de pódio ficar mais distantes. A intervenção do Carro de Segurança na 20ª volta depois do abandono de Antonio Félix da Costa (Equipe Aguri) deu ao francês a oportunidade de compensar parte de seu atraso, cruzando a linha de chegada em quinto.

Estes dois resultados permitem que a Renault e.dams avance no ranking das Equipes. Sébastien mantém a liderança no campeonato de Pilotos, enquanto Nico está em nono.

“Estou muito feliz com o final desta prova. Acho que poder subir da ponta do grid para o pódio foi um dos melhores resultados da minha carreira. Fiquei meio frustrado depois dos treinos, pois seria logicamente muito melhor largar com o máximo de pontos. Mas tendo em vista as circunstâncias, foi uma performance bastante sólida, que nos permite manter a liderança do campeonato”, disse Sébastien Buemi. 

Próxima etapa para a Renault e.dams: o novíssimo ePrix do México, que terá sua primeira edição no sábado, 12 de março.


 Resultado da prova:

1- Sam Bird (DS Virgin Racing)
2- Sébastien Buemi (Renault e.dams)
3- Lucas di Grassi (ABT Schaeffler Audi Sport)
4- Stéphane Sarrazin (Venturi)
5- Nico Prost (Renault e.dams)

Foto: Divulgação / FIA Fórmula E

Imprensa Renault do Brasil.

CHUMBO GORDO.
Por Carlos Brickmann*

AS CINZAS ESTÃO QUENTES.

O caro leitor se engana: ao contrário da lenda brasileira, não é verdade que o Ano Novo comece hoje, Quarta-Feira de Cinzas, primeiro dia depois do Carnaval. O Ano Novo começa daqui a uma semana - e com gosto de cinzas para muita gente. Na quarta-feira, 17, deve ocorrer o depoimento de Lula e de sua esposa Marisa Letícia ao Ministério Público Estadual - de acordo com o promotor Cássio Conserino, é provável que sejam denunciados por ocultação de patrimônio, no caso do apartamento triplex.

O simples fato de ter que depor, e ao lado da esposa, já seria amargo para Lula. Mas há coisas mais amargas acontecendo. Ontem, a Polícia Federal informou que a Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, e cujo presidente Dalton Avancini fez delação premiada, contribuiu com R$ 3 milhões para o Instituto Lula e R$ 1,5 milhão para a LILS, empresa de Lula que promove suas palestras. É a primeira vez que o nome de Lula aparece nas investigações da Lava Jato. E há um detalhe curioso: R$ 1 milhão foi encaminhado ao Instituto Lula sob a rubrica "Bônus Eleitoral", em 2 de julho de 2012. Contribuição eleitoral para um instituto que não é partido? A suspeita é que tenha sido uma forma de ajudar algum candidato a prefeito.

O Instituto Lula diz que todas as doações foram legais, o que inclui a do Bônus Eleitoral. Mas a coisa não para aí: há agora a delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo.

A culpa é de FHC

Diante dos problemas do triplex que não é de Lula, do sítio em Atibaia que não é de Lula, dos móveis que empreiteiras compraram e puseram nos imóveis que não são de Lula, o PT prepara um fogo de encontro: levantará dúvidas sobre a compra por Fernando Henrique, há uns 13 ou 14 anos, do apartamento onde mora, que era do banqueiro Edmond Safdié. O problema é que o caso foi levantado em 2013 com apoio maciço de todos os meios de comunicação petistas e não foi adiante. 

Mas a ideia é trazê-lo de volta.


O procurador-geral responde

Márcio Elias Rosa, procurador-geral de Justiça de São Paulo, esclarece notícia a respeito de investigações sobre o deputado Fernando Capez: "É absolutamente inadequada a associação das condições funcionais de terceiros ao trabalho de investigação realizado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo envolvendo o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Fernando Capez em atribuídas ilegalidades em licitações para a compra de itens da merenda escolar.

"Em razão do foro por prerrogativa de função, o presidente da Assembleia só pode ser investigado pelo procurador-geral de Justiça, que foi cientificado no dia 19 de janeiro da investigação, tendo constituído grupo de trabalho específico, aguardando o compartilhamento das provas obtidas para a adoção das medidas necessárias. A dra. Valeria Palermo Capez, que é promotora de Justiça, não tem atribuição para atuação em matérias de atribuição exclusiva do procurador-geral, atuando somente nos limites do artigo 600 do Código de Processo Penal.

"A investigação será conduzida pelo procurador-geral, que designará os mesmos promotores de Justiça que já conduzem as investigações, além dos procuradores de Justiça Nilo Spínola Salgado Filho e Nelson Gonzaga de Oliveira. A dra. Carla Maria R. Elias Rosa, procuradora do Estado desde 1987, atua desde o início dos anos 90 na área da Consultoria Jurídica da Procuradoria Geral do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica, funcional ou política ao Governo ou a qualquer Secretaria. A atuação da Consultoria Jurídica é limitada aos procedimentos de interesse da Procuradoria Geral do Estado e respeita a suas atribuições.

"Por óbvio, a divulgação dessas circunstâncias desacompanhada de esclarecimentos quanto à real condição funcional da Dra. Valéria Palermo Capez e da Dra. Carla Maria Rossa Elias Rosa somente se presta a ilações que são fruto de especulação imotivada, ofensiva e injusta."

Eles folgam...

O ano político brasileiro deveria começar hoje. Mas o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, deu folga aos colegas na quarta e na quinta. Sexta, segunda e terça não se trabalha no Congresso; então, ficou para dia 17. E a Câmara já começa com pauta quente, a eleição do líder do PMDB. 

O Governo Federal quer porque quer eleger o deputado Jorge Picciani, do Rio, que era pró-Cunha e contra Dilma mas foi convencido a mudar de lado; e Cunha luta por Hugo Motta, da Paraíba, que é contra Dilma. O Governo já tomou várias tundas ao se envolver nas brigas do PMDB.

...você paga

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, PT, diz que não tem verba para construir as creches que prometeu. Mas gastou R$ 300 mil no camarote da Prefeitura no Carnaval, para políticos amigos e colunáveis.








Carlos Brickmann - carlos@brickmann.com.br - é Escritor, Jornalista e Consultor, diretor da Brickmann&Associados Comunicação - www.brickmann.com.br. Siga: @CarlosBrickmann. Visite: www.chumbogordo.com.br - informação com humor, precisão e bom senso - contato@chumbogordo.com.br.

RECEITA OPERACIONAL DA YAMAHA MOTOR AUMENTA 38%.

A Yamaha Motor Co., Ltd. (Tóquio: 7272) anunciou nesta terça-feira (9) que a receita operacional para o ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2015 subiu 38,0% para 120.4 bilhões de ienes e as vendas líquidas aumentaram 6,2% para 1.615,4 bilhão de ienes. A receita ordinária subiu 28,7% para 125,2 bilhões de ienes, enquanto a receita líquida diminuiu 12,3% para 60,0 bilhões de ienes.

Hiroyuki Yanagi, presidente, CEO e Diretor Representante da Yamaha Motor Co., Ltd. anuncia os seus resultados de negócios fiscais consolidadas de 2015. Foto: Getty Images / Yamaha Motor.

As vendas e a receita foram fortes nos mercados desenvolvidos. Os aumentos foram registrados com os modelos globais e de preços mais elevados no segmento de motocicletas, grandes modelos (e devido ao efeito de depreciação do iene) no segmento marítimo e modelos de veículos recreativos fora de estrada (ROV - recreational off-highway vehicle) no segmento de produtos de força.

Nos mercados emergentes, as vendas de motocicletas subiram no Vietnã, Filipinas e Taiwan. Os modelos premium também tiveram bom desempenho e reduções nos custos produziram efeitos positivos. Como resultado, a redução na venda de unidades e as depreciações das moedas em mercados tais como Indonésia, Brasil e China foram compensadas suficientemente para manter a receita no nível do ano anterior.

A Yamaha Motor tem por objetivo manter o pé firme no acelerador em 2016. Além de lançar uma nova plataforma de motocicletas, a companhia irá impulsionar o poder e a rentabilidade de sua marca para a expansão dos investimentos no segmento marítimo. A companhia também pretende aumentar seu poder de ganhos no campo dos ROVs esportivos e outros negócios do segmento de produtos de força.

Para 2016, a Yamaha Motor prevê um aumento de 5,2% nas vendas líquidas para 1.700,0 bilhão de ienes e um aumento de 33,3% na receita líquida passando para 80,0 bilhões de ienes. A receita operacional e a receita ordinária deverão diminuir 0,4% e 0,2%, respectivamente.

Yamaha Motor Co., Ltd. 
Divisão de Comunicação Corporativa
Equipe de RP Global 
Kenji Otsuki 
ymcglobalpr@yamaha-motor.co.jp 
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CONVERSA DE PISTA.
Por Wagner Gonzalez*


LE MANS 2016, EXEMPLO A IMITAR.

A edição 2016 da 24 Horas de Le Mans foi apresentada oficialmente na semana passada e mostrou por que, apesar de toda a torcida contra da FOM e da FIA, os organizadores franceses têm muito a ensinar ao esporte em todo o mundo, particularmente no Brasil. Com 60 carros confirmados e outros dez numa lista de reserva, a competição tem vigor suficiente para extrapolar a importância do próprio Campeonato Mundial de Resistência (WEC) e formar um mercado que vai alimentar a categoria nos próximos anos.

Uma apresentação perfeita marcou o lançamento oficial da prova. Foto: ACO.

Por mais longo (1h17’) que seja, vale a pena assistir a este vídeo, que mostra não apenas quem são os principais atores e as principais forças envolvidas na prova de resistência mais famosa do mundo, mas,  principalmente, a postura fria e distante de Jean Todt. O presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), estava visivelmente constrangido em ter que admitir que, graças a Le Mans, a categoria de Resistência segue crescendo e formando um mercado de trabalho muito mais amplo e aberto que a badalada e milionária F-1. Em um discurso de dois minutos, ele se referiu várias vezes à própria entidade e apenas vez, aos 11 minutos do vídeo, mencionou as 24 Horas de Le Mans. Se o campeonato fosse realmente tão importante e ocupasse o lugar que diz ocupar em seu coração, bem que ele poderia ter evitado a coincidência de datas entre Le Mans e o GP do Azerbaijão…

A Ligier domina a categoria mais popular do Resistência, a LMP2; aqui o carro de Pipo Derani, vencedor em Daytona. Foto: José Mário Dias.

Enquanto as alemãs Audi e Porsche e a japonesa Toyota serão as protagonistas da categoria LM P1, na LM P2 é a marca Ligier quem dominará as atenções frente aos concorrentes Alpine, BR, Gibson e Oreca, os cinco construtores homologados para esta temporada. Na 24 Horas de Daytona a equipe Extreme Speed, de Scott Sharp, surpreendeu ao conquistar a vitória na categoria geral com um Ligier LMP2 Honda. Obviamente não se pode incluir o carro do brasileiro Pipo Derani entre os candidatos á vitória na geral nas nove etapas do WEC, mas não resta dúvida que a classe é bastante disputada e oferece bons espetáculos.

A apresentação de Le Mans 2016 envolveu os principais fabricantes de protótipos, os responsáveis pelos programas de Resistência da Audi, Porsche e Toyota e várias outras personalidades do segmento. Foi um evento onde o Automóvel Clube do Oeste (ACO) da França soube fazer tudo isso num padrão que uniu o glamour dos grandes eventos americanos e muitos toques de sofisticação europeia. Mais importante: fez isso em uma transmissão aberta de internet, plataforma de comunicação que ainda causa calafrios em Bernie Ecclestone e alimenta uma disputa nada velada entre os grandes fabricantes envolvidos na F-1 — Ferrari, Honda, Mercedes e Renault —, que são os grandes financiadores e interessados no potencial promocional dessa categoria.

Site da CBA ainda não traz calendários das principais categorias nacionais. Foto: site CBA.

Obviamente não se deve esperar algo do tipo dos responsáveis pelo automobilismo brasileiro. O site da Confederação Brasileira de Automobilismo, normalmente a primeira fonte de consulta para quem quer se informar sobre o esporte, sequer tem calendários das categorias que a entidade supervisiona e cobras polpudas taxas de homologação para permitir que existam. Mais curioso ainda é ver que o espaço destinado ao calendário do Campeonato Brasileiro de Kart está em branco, enquanto uma outra notícia, postada dia 21 de janeiro, informa que o certame acontecerá entre os dias 11 e 23 de julho no Kartódromo de Conde (PB). Poderia ser uma falha pontual, mas várias categorias também não tem seus calendários publicados: a Stock Car divulgou a segunda versão do seu calendário de 2016 no dia 17 de dezembro de 2015, até ontem o que a CBA mostrava era isto. Provavelmente o recesso de fim de ano e o carnaval podem ter influenciado nesta situação…

Renault volta à F-1 de olho no mercado de competição

O carro mostrado na apresentação era o modelo de 2015. Foto: Renault.

Demorou, mas chegou com força total: o novo programa de competições da Renault foi anunciado na semana passada e contempla muito mais que a participação da marca como construtor na F-1, tal qual Mercedes e Ferrari. De acordo com Carlos Ghosn, presidente executivo da fabricante,  o projeto inclui desde as unidades de Enstone e Viry-Chatillon — onde serão produzidos, respectivamente, chassi e motor do Renault RS 16 — até a Renault Sport Cars, evolução da Renault Sport Technologies, e um programa que inclui a equipe e demais campeonatos de F-Renault 2.0, Troféu Renault Sport RS 01, e programas para clientes para pista e rali. Esta decisão deverá incluir futuramente os modelos Alpine, marca que foi revivida há alguns anos e que deve lançar ainda este ano seu primeiro GT. Sem dúvida, uma forma de capitalizar com mais eficiência e rapidez os pesados investimentos feitos para recomprar a equipe Lotus e sua sede na Inglaterra.

Pilotos da Renault e Carlos Ghosn. Foto Renault.

Além disso foi anunciada a criação da Academia Renault, que vai focar na descoberta e preparação de novos pilotos. Segundo a marca francesa, “60% dos pilotos atuais da F-1 passaram pela F-Renault durante suas temporadas de aprendizado”. Na F-1 o francês Esteban Ocon foi confirmado como piloto-reserva da equipe, que terá o dinamarquês Kevin Magnussen e o inglês Jolyon Palmer como titulares.

Tony Stewart no estaleiro

Tricampeão da Nascar perde provas em sua última temporada. Foto: tonystewart.com.

Tricampeão da Nascar, o americano Tony Stewart vai ficar de fora das primeiras etapas da temporada 2016, que inicia dia 21 com uma exibição neste fim de semana, em Daytona. Stewart, de 45 anos, sofreu um acidente quando andava de quadriciclo com amigos e sofreu fratura na vértebra lombar L-1. Embora seu regresso às pistas tenha sido confirmado para esta temporada ainda não se sabe quem será seu substituto. Elliot Sadler, Justin Algaier, Ty Dillion, John Hunter Nemecheck e Bobby Lemonte são nomes cogitados para pilotar o Chevrolet #14 inscrito pela equipe Stewart Haas Racing. Clint Bowyer, que este ano defende o time HScott Motorsports, é apontado como seu substituto na Stewart-Haas em 2017: Stewart já confirmou que encerra a sua carreira no final desta temporada.








Wagner Gonzalez é jornalista especializado em automobilismo de competição, acompanhou mais de 350 grandes prêmios de F-1 em quase duas décadas vivendo na Europa. Lá, trabalhou para a BBC World Service, O Estado de S. Paulo, Sport Nippon, Telefe TV, Zero Hora, além de ter atuado na Comissão de Imprensa da FIAFale com o Wagner Gonzalez: wagner@beepress.com.br.

PLANEJAR DÁ RESULTADO.

A educação pública do Estado de São Paulo é uma estrutura gigantesca. Envolve cerca de quatro milhões de alunos, duzentos mil professores e quase cem mil servidores que fazem movimentar as cinco mil escolas oficiais.  

Desde 2007, pratica-se a aferição anual da qualidade do sistema como um todo e das escolas em particular. É o IDESP, Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo, que se avalia pelo SARESP – Sistema de Avaliação de Resultados do Ensino em SP, quanto ao desempenho escolar dos alunos nos finais dos ciclos. Ele também permite chegar à análise do fluxo escolar, com taxas de aprovação, reprovação e evasão. 

A boa notícia é a de que as avaliações apontam uma trilha de contínuo aperfeiçoamento da rede. Desde 2010, verifica-se um incremento nas médias de proficiência tanto em Língua Portuguesa como em Matemática. Este último índice não foi exitoso apenas em relação ao Português do 3º ano da Educação Fundamental, porque em 2014 chegamos à média 192,5 e, em 2015, a 184,4. Todavia, todas as demais classes mostraram progresso. O 5º ano do Ensino Fundamental, com a média 203,7 em 2014, chegou a 212,7 em 2015. O 7º ano do Ensino Fundamental passou de 211,6 para 221,4, e o 9º Fundamental de 231,4 para 237,9. O 3º ano do Ensino Médio registrou alta de 265,6 para 268.  

São dados promissores. Resulta de planejamento levado a sério e de trabalho intenso de toda a rede. Ela merece o reconhecimento de todos. Precisamos investir mais e nisso devemos todos nos empenhar: alunos, professores, coordenadores, supervisores, diretores, dirigentes, pessoal de apoio, mas também a família e a sociedade. Se quisermos alcançar os níveis do chamado “Primeiro Mundo”, temos de continuar a luta incessante que é de todos. Além do uso das tecnologias disponíveis, as estratégias que os mestres, por estarem na trincheira, muitas vezes desenvolveram por sua própria iniciativa e devotamento. Aprofundar um diálogo proficiente, com o alunado, com seus pais, com os Conselhos, com a sociedade como um todo. 

Todos são chamados a contribuir para esse contínuo aprimoramento. Dele depende a redenção do Brasil dos problemas seculares decorrentes de uma formação complexa e de um desenvolvimento heterogêneo. Vamos aceitar o repto e tornar ainda melhor a performance da tradicional, respeitada e gloriosa Educação Bandeirante. 

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Assessoria de Comunicação e Imprensa
Imprensa@educacao.sp.gov.br. 
(11) 2075-4610

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

CASA DA MÃE JOANA.
Por Marli Gonçalves*

MACACOS NÃO ME MORDAM.

Feliz Ano Novo. Corre! Minha proposta, positiva, otimista: vamos tentar começar de novo, nem que seja usando o ano novo dos outros, porque esses nossos primeiros dias não foram bolinho, não refrescaram os nossos calores, muito menos mostraram a luz do fim do túnel. Vamos abrir outro ano; vamos agora de Ano Novo Chinês, 8 de fevereiro, Lua Nova, entrando no Ano do Macaco, o 4714. Será - mais precisamente - o Ano do Macaco de Fogo que, dizem, ajuda quem planta o bem. Vai até 27 de janeiro do ano que vem.

Nesse período vai dar tempo de a gente pular uns galhos. Poderia ser Macaco de Metal, Água ou Madeira, mas agora é o de Fogo, tudo de acordo com o ano. O Macaco de Fogo cobra com juros o que foi injusto, falso e destruidor de vidas e sonhos, descobri, buscando mais sobre esses mitos. E como de juros a gente entende, penso que o tal macaquinho pode bem vir a ser um bom amuleto para a gente se apegar esse ano, pedindo para melhorar um pouco a situação e inclusive comprando até algumas bugigangas com a cara dele vindas justamente lá da China. Prepare-se que os macacos vão inundar o mercado de todo o planeta a partir dessa semana.

Daí a minha proposta de que façamos outro Ano Novo, só não dá para gastar muito nem comprar roupas novas que estão pela hora da morte. Vamos entrando, ver no que dá.

Dizem ainda que, se achamos que 2015 foi cheio de surpresas, desafios, mudanças e agitação, melhor se preparar para viver em 2016 o dobro disso tudo. O Macaco é um dos 12 animais símbolos do zodíaco chinês, onde cada um representa um ano. De acordo com a lenda, Buda chamou todos os animais a si antes de se mandar da face da Terra. Somente doze animais teriam vindo despedir-se. Como recompensa ele nomeou um ano para cada um pela ordem em que chegaram. Veio primeiro o rato, depois o boi, o tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e porco. Bonito, né?

Bonito, mas essas coisas são sempre muito intrigantes. O macaco é um animal especial, inteligente e muito próximo, creio que eles também pensem assim quando nos veem. Em comum, tivemos lá atrás - há mais de seis milhões de anos - um mesmo antepassado, em solo africano. Uma linhagem virou o que somos. Outra, o que eles são, evoluindo por lá mesmo. Nós não descendemos dos macacos, como ainda tem quem ache. Não os substituímos, eles estão aí. Somos apenas bem parecidos. 

Cada macaco no seu galho, nos diriam, baixinho, para não despertar uns chatos politicamente corretos, sociólogos de gabinete que associam essa tão conhecida expressão com uma "clara tentativa de intimidação social, de manutenção do status quo". Prefiro, ao contrário, entender como "não se meta no meu território", "cuide de sua vida que eu cuido da minha". Não invada meu espaço. Tenho pensado muito sobre isso vendo tanta gente fazendo "jornalismo", "comunicação", sem ter noção dessa responsabilidade. 

Mas repara que o macaco já está na ordem do dia. Uma boa parcela da população, pasma com tudo que vem sendo revelado nos últimos meses, com tudo que tem ido abaixo no país nos últimos meses, tem pensado seriamente em mandar um certo grupo político, um certo partido e seus líderes de barro, fazer o quê? Justamente: pentear macacos! Uma expressão comum e bem engraçada, se a gente ficar pensando que não deve ser nada fácil pegar o bichinho para pentear. Manda alguém ir fazer isso é não estar querendo vê-lo por perto por um bom tempo. Exatamente o que faremos quando nos livrarmos desses micos, e que estão nos fazendo pagar outros, alguns até bem esquisitos, diante do mundo.

Os macacos estão dando as cartas, como nos jogos dos baralhos tradicionais, em que alguém os tirava, aquele mico de circo. Têm a ver até com o nosso mais novo motivo para pânico, o vírus zika. O vírus foi isolado, encontrado pela primeira vez em 1947 em um macaco na floresta de Zika, que lhe dá o nome, em Uganda, África. De lá, veio se espalhando e chegou aos humanos como uma trágica vingança daqueles descendentes que não viraram humanos na evolução das espécies. Voa com o Aedes aegypti, o mosquito invocado, que tem um leque de doenças em sua mochila de viagem. 

Então, Feliz Ano novo. Aproveitando as deixas budistas, lembro ainda de outros três macaquinhos, os chamados sábios, os que tapam os olhos, os ouvidos e a boca numa boa proposta resumida no provérbio "não veja o mal, não ouça o mal, não fale o mal". 

Só que aqui, no momento atual, precisaremos fazer ao contrário: temos de ver bem o que está acontecendo, ouvir com atenção e abrir a boca para protestar, inquietos, fazendo uma algazarra bem grande para nos livrarmos de todos desses perigos.

São Paulo, 2016.




* Marli Gonçalves é jornalista - Cachorro, no horóscopo chinês. Mas fica com a macaca quando tomam nossa banana de cada dia

Tenho um blog, Marli Gonçalves, divertido e informante ao mesmo tempo, no marligo.wordpress.com
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domingo, 7 de fevereiro de 2016

CHUMBO GORDO.
Por Carlos Brickmann*

MAS É CARNAVAL.

Chega de política, é Carnaval. Carnaval é nossa cultura, é nossa História.


“Um lindo apartamento com porteiro e elevador/ e ar refrigerado para os dias de calor” – Aurora, Mário Lago e Roberto Roberti.

“Daqui não saio, daqui ninguém me tira” – Daqui não saio, Paquito e Romeu Gentil.

“Mamãe, eu quero/ Mamãe, eu quero/ Mamãe, eu quero mamar” – Mamãe, eu Quero, Jararaca e Vicente Paiva.

“Ei, você aí, me dá um dinheiro aí” – Me dá um dinheiro aí, dos irmãos Glauco, Ivan e Homero Ferreira.

“Se a Polícia por isso me prender/ mas na última hora me soltar/ Eu passo a mão no saca, saca-rolha/ Ninguém me agarra/ Ninguém me agarra” – As águas vão rolar, Waldir Machado, Zé da Zilda e Zilda do Zé.

“Tentando a subida desceu”, Conceição, Dunga e Jair Amorim.

“Não é ouro nem nunca foi/ a coroa que o rei usou/ é de lata barata, e olhe lá, borocochô” – A coroa do rei, Haroldo Lobo e David Nasser.

“Ai, ai, ai, ai, tá chegando a hora” – Cielito lindo, Quirino Mendoza y Cortés, versão de Rubens Campos e Henricão.

“Cai, cai, cai, cai/ quem mandou escorregar/ cai, cai, cai, cai/ eu não vou te levantar” – Cai, cai, Roberto Martins.

“Agora é cinza/ tudo acabado e nada mais” – Agora é cinza, Bide e Marçal.

O Brasil em verso e música.

Carnaval é cultura e História – por isso, é bom relembrar o nome e os autores dessas canções que, embora antigas, descrevem tão bem os fatos de hoje.

Bandeira branca.

Vale a pena prestar atenção não apenas naquilo que Gilberto Carvalho, um dos principais aliados de Lula, seu amigo de fé e irmão camarada, petista entre os petistas, diz sobre a situação. Vale a pena pensar sobre o real significado de suas palavras. Gilberto Carvalho diz que receber presentes de empreiteiras não compromete aquilo que considera a inatacável trajetória política do ex-presidente. Mas, quando lhe perguntaram se o ex-ministro José Dirceu também não teria sido comprometido, respondeu: “Não, o Dirceu eu não vou citar, o Dirceu é muito complexo para eu citar” Até agora, Gilberto e Lula falaram a mesma língua. A maior diferença entre eles é que Gilberto pronuncia os plurais. 

Traduzindo, José Dirceu foi abandonado por Lula. E, portanto, pelo PT.

Cada vez aumenta mais.

E, como é Carnaval, busquemos o que há de profundo nas declarações de Gilberto Carvalho na esplêndida marchinha de Frazão e Roberto Martins, sucesso de 1945, O Cordão dos Puxa-Saco: “Vossa Excelência, Vossa Eminência/ Quanta reverência nos cordões eleitorais/ Mas se o Doutor cai do galho e vai pro chão/ A turma logo evolui de opinião”.

Até José Dirceu, Capitão do Time, ficou muito complexo para ser defendido.

A canoa virou.

Política é como nuvem, uma hora está de um jeito, no momento seguinte está de outro. Mas tudo indica que este ano será pouco produtivo. Agora é Carnaval, as manchetes são da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apesar de sua fenomenal resistência, dificilmente conseguirá mover-se no meio de tantos processos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, volta a enfrentar os fantasmas do passado, agora em fase de julgamento. Há as festas juninas, que esvaziam os plenários; há os Jogos Olímpicos logo depois; e as eleições municipais.

Seja o ano produtivo ou não, porém, Dilma já teve uma boa amostra de seus problemas parlamentares: na primeira Medida Provisória do ano, foi derrotada com folga. Como diz a marchinha do grande João de Barro, “Menina, larga o remo/ pula nágua, marujada/ pula nágua, pula nágua/ que a canoa tá furada”.

A fonte secou.

Dos partidos da base aliada, o PT votou com Dilma, o PMDB teve empate. O PP a derrotou por 21 deputados a cinco; o PR, por 18 a 10; o PTB, por 15 a 3. No PSD, cujo presidente Kassab é ministro das Cidades, Dilma apanhou por 22 a 1.

Quem sabe, sabe.

O PT tapou a boca de quem achava que era impossível substituir à altura seu inacreditável líder Sibá Machado. E tapou duas vezes: primeiro, ao encontrar um substituto perfeito para Sibá, o gaúcho Paulo Pimenta. Segundo, ao conseguir achar outro nome da mesma consistência, e que derrotou Paulo Pimenta na luta pela liderança. O novo Sibá Machado, igualzinho ao anterior, é o deputado baiano Afonso Florence. Aliás, Florence não é igual a Sibá: é um Sibá aperfeiçoado. Elegeu-se com doações das empreiteiras UTC e OAS, ambas participantes de praticamente tudo que está sendo investigado pela Operação Lava Jato; e também com doações do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli – um administrador que se notabilizou por assumir a empresa quando seu valor de mercado estava perto dos US$ 400 bilhões e por deixá-la com valor inferior a 10% do inicial.

Mas tudo tem seu lado bom: se Florence chegou lá, Pimenta não chegou.

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Carlos Brickmann - carlos@brickmann.com.br - é Escritor, Jornalista e Consultor, diretor da Brickmann&Associados Comunicação - www.brickmann.com.br. Siga: @CarlosBrickmann. Visite: www.chumbogordo.com.br - informação com humor, precisão e bom senso - contato@chumbogordo.com.br.