sábado, 8 de março de 2025

CADA HISTÓRIA!!! (1) Por chicolelis*

O tempo passa e muitas histórias são esquecidas lá no fundo do nosso baú da memória. Mas outro dia recebi uma mensagem do meu amigo Ricardo Caruso de um acontecimento que foi muito triste para a imagem do pessoal da GM que acompanhava um teste da D20 com tração 4x4, em 1990.

Para colocar em funcionamento a tração 4x4 era necessário girar uma peça colocada nas rodas dianteiras, pois não havia controle interno do sistema. Lembro que a D20 foi a primeira picape nacional a sair de fábrica com motor diesel, em 1985.

Pois bem, lá estávamos nós, enfrentando galhardamente os obstáculos da pista, especialmente escolhida para um teste de 4x4, quando nos deparamos com uma descida muito forte, em direção a um charco na baixada.

E lá se vai o querido amigo José Roberto Nasser, que já não está mais entre nós, descendo com o sistema acionado. Mas ao alcançar o charco, ouviu-se um forte estalo e a D20 não andou mais. Veio o segundo jornalista, não lembro quem era e, de novo, o mesmo estalo forte e....

Foi quando um integrante da equipe da GM, cujo nome não consigo me lembrar (era um nome estrangeiro) e que não aparece nas fotos, gritou: “esses jornalistas não sabem dirigir, vou provar isso, passando por esse obstáculo sem nenhum problema”.

Com toda pompa e circunstância apoderou-se de uma das D20, fez o procedimento de acionar o sistema 4x4 e desceu em direção ao charco, enquanto eu, outros companheiros da GM e todos os jornalistas convidados assistíamos, atônitos, aquela demonstração equivocada de “poder e sabedoria”.

Desceu a rampa e, ao chegar lá embaixo: aquele som repetiu-se pela terceira vez e a D20 do “expert” também parou. Foi um momento que posso dizer de “vingança “dos jornalistas que não paravam de rir e “aplaudir” o autor da façanha.

Ele estava tão errado que a D20 4x4, com problemas de quebra das juntas da tração dianteira deixou de ser produzida logo em seguida. A tração 4x4 só voltou na S10.

Uma baixa

Naquela viagem o time do Campo de Provas da GM deu uma demonstração de capacidade de atendimento para qualquer tipo de problema. Um dos companheiros de viagem era o Josias Silveira (grande e querido amigo de todos, que também já se foi, e que alguns chamavam de “tio”) começou a passar mal e, como entre nós só haviam engenheiros, mecânicos e jornalistas, o pessoal do Campo de Provas não titubeou. Colocaram o Josias em uma picape, fizeram contato com a sede e encontraram-se na estrada regular, asfaltada, com uma ambulância do Campo de Provas que o levou até São Paulo, onde ficou internado por vários dias em um hospital, com  hemorragia no estômago.

Depois do episódio, Josias escreveu um delicioso livro “Sorvete de Graxa”, onde conta inúmeras histórias tendo como personagens jornalistas do setor.

Obs: a seguir, Cada história!!!!!  (2)

*chicolelis - Jornalista com passagens pelos jornais A Tribuna (Santos), O Globo e Diário do Comércio. Foi assessor de Imprensa na Ford, Goodyear e, durante 18 anos gerenciou o Departamento de Imprensa da General Motors do Brasil. Fale com o Chico: chicolelis@gmail.com. Visite o blogdochicolelis
**A caricatura é um presente do Bird Clemente para o chicolelis, que tem no ex-piloto, seu maior ídolo no automobilismo.

sexta-feira, 7 de março de 2025

NANOTECNOLOGIA DA NIONE AMPLIA PRESENÇA NO BRASIL EM PARCERIA COM NANOPOXY

Foto: Alex Battistel | Divulgação Nione

A NIONE, unidade de nanotecnologia da Randoncorp e da Frasle Mobility, e a Nanopoxy, referência no desenvolvimento e fabricação de resinas especiais, anunciam uma parceria que impulsiona a inovação no setor de materiais compósitos. Dessa colaboração nasceu o Nanobium, uma nova marca criada pela Nanopoxy para identificar os produtos formulados com nióbio nanométrico NIONE.

A inovação que envolve o Nanobium resulta da aplicação avançada de nanotecnologia em epóxi, por meio da incorporação da pasta de nióbio nanométrico funcionalizado desenvolvida e produzida pela NIONE. Essa tecnologia conferiu às resinas da Nanopoxy propriedades aprimoradas em desempenho e resistência. Os avanços dessa inovação foram apresentados globalmente ao longo de 2024, começando pela JEC World, a maior feira de materiais compósitos do mundo, realizada na França em março. Em seguida, a tecnologia foi destacada na FEIPLAR, em agosto, voltada para o mercado latino-americano, e na CAMX, nos EUA, em setembro.

As nanopartículas de nióbio NIONE atuam como agentes transformadores da matriz polimérica, elevando o desempenho da resina com aprimoramentos significativos em suas propriedades físico-químicas. Com um ganho superior a 30% na tenacidade, 40% na hidrofobicidade e 55% na resistência à radiação UV, sem comprometer a transparência natural do material, essa inovação amplia as possibilidades de aplicação dos sistemas epóxi em compósitos de alta performance para diversas finalidades.

O CEO da Nanopoxy, Bruno Gomes, compartilha suas perspectivas sobre o impacto do Nanobium. “Estamos empolgados ao lançar uma nanotecnologia que realmente marca um ponto de virada na indústria de materiais. O uso de nanopartículas de nióbio em nossos sistemas epóxi nos permitiu expandir os limites da inovação e oferecer produtos que não apenas atendem, mas superam as expectativas de desempenho”, afirmou Bruno.

“A parceria de desenvolvimento com a Nanopoxy demonstra o impacto concreto da nanotecnologia NIONE no aprimoramento de materiais de alto desempenho. O NANOBIUM é um exemplo do potencial que temos em desenvolver soluções customizadas, em parceria com nossos clientes e atendendo às demandas reais da indústria”, destaca o CTIO (Chief Technology Innovation Officer) da Randoncorp, César Augusto Ferreira.

A NIONE é uma empresa de nanotecnologia e soluções para materiais avançados, oferecendo inovação para diversas indústrias. Pioneira na produção de nanopartículas de nióbio em larga escala, a empresa viabiliza sua aplicação industrial e o desenvolvimento de novas funcionalidades para materiais. Suas soluções disruptivas são desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores, engenheiros e técnicos altamente capacitados, atuando na sede da empresa, em Içara (SC), para criar tecnologias nanométricas customizadas para seus clientes

NIONE
ANK Reputation

TUDO EMBARALHADO NESTE MUNDO LOUCO. Por Marli Gonçalves*

Fala aí se também não está tendo a sensação de que está tudo embaralhado. Uma coisa é verdade, boa notícia, em um dia; negada, péssima, em outro. A geopolítica mundial parece um vulcão sempre prestes a expelir lavas. Nada se resolve exatamente, postergado com explicações difíceis de serem compreendidas, muito menos aceitas.

Ficamos no caminho tentando ver horizontes. E o que já encontramos nesses caminhos são muitos coelhos de todos os tipos que não saem de cartolas e os ovos embalados e brilhantes que começam a virar tetos nos supermercados. Agora com esse calor fogoso preocupados se eles não vão é derreter e fazer chover chocolate e seus recheios sobre os clientes.

É Quaresma. Esses 40 dias corridos e que correm até a Páscoa. Que invocam e juntam jejum, penitência e caridade, recheados de tradições e significados religiosos aos seguidores, e incluem muitas regras para expiar as culpas sempre impostas, seja o que for que seguimos. O Papa Francisco em um leito de hospital, totalmente cercado, instável/estável, e com a luta aberta por sua sucessão já deflagrada, um dos piores retratos do momento, dessa angústia, estranha angústia.

Bom seria que não houvesse tantas preocupações. Aqui, a inflação esvazia geladeiras e mesas em um delicado momento de perda galopante de popularidade do governo, que se apressa a lançar decretos e programas como frágeis aviõezinhos de papel que apenas sobrevoam os verdadeiros problemas – um deles, a confiança perdida.

Confiança perdida, inclusive, também na Justiça e sua lentidão. Obrigados que somos em ainda suportar ver e ouvir sem punição vozes e atitudes afrontosas daqueles todos que tentaram nos afundar novamente no breu de um golpe de Estado. Que incentivam, infernizam e apoiam grupos nas redes sociais mostrando suas infinitas capacidades de emitir ignorâncias, o ódio, e criar mentiras sobre tudo – pior é que conhecemos alguns deles, e que continuam a nos separar, pessoas, convívios.

Agora ainda por cima se sentem confortáveis e felizes com os ensandecidos que foram eleitos nos Estados Unidos e dirigem uma das maiores potências do mundo deixando dia após dia o mundo todo mais ainda de cabelo em pé, como se já não bastassem os conflitos, guerras, ditaduras, massacres e crises em escala. A globalização se esfacela, mas há um setor bem feliz, esfregando as mãos, o armamentista, os poderosos Senhores das Armas que nos fazem de marionetes. As soluções são sempre levadas para eles, gananciosos.

Não há trégua. Brincam com foguetes, com o clima que arde, gela, com o ar que respiramos. A tecnologia avança, se apresentando como inteligente, mas também dominadora e especialmente pretensiosa. Perdemos terreno em conquistas que já nos custaram muito caro.

As cartas estão sobre as mesas, mas muito embaralhadas. Nelas procuramos, ávidos, um mísero coringa que ao menos faça valer tantos sacrifícios. Quem encontrá-lo sairá na frente nesse jogo.




*Marli Gonçalves. Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela AmazonMe encontre, me siga, juntos somos mais: Blog Marli Gonçalves,Facebook,Instagram,TwitterBlueSky, Threadsmarli@brickmann.com.br.


OMNIGEN ENERGY / APPIAN ENTREGA DOIS PARQUES SOLARES E DÁ INÍCIO A COMERCIALIZAÇÃO EM MINAS GERAIS

A Omnigen Energy, subsidiária da Appian Capital Advisory voltada para o mercado global de energia, dá um importante passo na estratégia de negócios no Brasil ao firmar contrato para comercialização da energia de 14 parques solares em construção em Minas Gerais com as empresas CMU Energia e ECOM Energia Renováveis, importantes gestoras de negócios do setor no mercado livre de Geração Distribuída (GD). Com investimento de R$ 387 milhões, os novos empreendimentos fotovoltaicos totalizam 20 parques e terão capacidade total instalada de 62,4 MWp.

A partir da entrega de dois parques solares nas cidades de Prudente de Morais e Santa Rita de Caldas, em Minas Gerais, com capacidade total de geração de 5.764 MWh anuais, a Omnigen Energy / Appian, ingressa oficialmente no mercado de Geração Distribuída. A produção deste parque é suficiente para abastecimento de mais de 4.500 mil residências (equivalente ao consumo de cerca de 68% das moradias dos municípios somados).

“Esse projeto não somente amplia nosso portfólio, mas também demonstra nosso compromisso com a diversificação energética e em oferecer soluções renováveis para um planeta mais saudável. Estamos orgulhosos do trabalho que temos feito e temos certeza de que nossos parques solares representam um passo importante para democratizar o acesso à energia limpa”, afirma Milson Mundim, CFO da Appian Capital Brasil e CEO da Omnigen.

Os acordos abrangerão a entrega de 114.880 MWh por ano, suficiente para atender à demanda energética de 62.900 residências. A comercialização da energia será oferecida no formato de Geração Distribuída (GD). Neste primeiro momento, o objetivo da Omnigen é atender ao mercado regulado, abastecendo o consumidor residencial. Este mercado possibilita que o consumidor tenha um desconto expressivo na fatura de energia, garantindo que a energia consumida seja compensada por uma fonte de geração limpa. Para o investidor, além de entregar uma geração limpa e contribuir para que a matriz energética seja cada vez mais sustentável, possui compensação do valor investido através dos pagamentos realizados com desconto pelos consumidores que aderirem ao projeto.

Potencial de expansão do negócio no Estado

Com grande potencial de produção de energia solar, Minas Gerais é o maior mercado de geração distribuída do Brasil, com 2,5GWp de capacidade energética já instalada. O ambiente estável de preços de energia e a realização de projetos de baixo risco, além dos incentivos fiscais para a geração solar no estado, são alguns dos principais benefícios. O contrato firmado entre a Omnigen Energy / Appian e as empresas CMU Energia e ECOM Energia Renováveis abrangerão a entrega de 114.880 MWh por ano, suficiente para atender à demanda energética de 62.900 residências. Ainda no primeiro trimestre de 2025, está prevista a entrega de mais 2 parques fotovoltaicos: Andradas e Igarapé.

Até o final do semestre está prevista a inauguração de um total de 9 unidades. “Além de contribuir para um futuro mais sustentável, as parcerias fortalecerão a presença do fundo britânico no mercado de energia renovável, destacando nosso papel como parceira estratégica de organizações comprometidas com a sustentabilidade”, acrescenta Mundim.

Omnigen Energy: Subsidiária da Appian Capital Advisory

Em junho de 2023, o grupo Appian Capital Advisory passou por um momento histórico com a criação desta subsidiária focada em energia fotovoltaica. Se antes o grupo era conhecida como um fundo de investimento privado especializado em mineração, ingressa-se ao portfólio brasileiro a atuação no setor de energias renováveis. Com a Omnigen Energy, todos os ativos de energia renovável serão geridos por uma única organização, que possui uma identidade própria, tornando-a, então, uma nova empresa no portfólio do grupo.

A Appian Capital Advisory LLP é a assessora de investimentos de fundos de capital privado focados em valor de longo prazo que investe exclusivamente em empresas de mineração e relacionadas à mineração. A Appian é uma das principais assessoras de investimentos na indústria de metais e mineração, com experiência global na América do Sul, América do Norte, Austrália e África. Possui um histórico de sucesso no apoio a empresas para alcançar seus objetivos de desenvolvimento, com um portfólio operacional global. A Appian possui uma equipe global de mais de 80 profissionais experientes, com presenças em Londres, Nova York, Toronto, Vancouver, Lima, Belo Horizonte, Montreal, Dubai, Joanesburgo e Perth.

Omnigen EnergyA Omnigen uma subsidiária de energia renovável do grupo Appian Capital Advisory e fornecedora de energia solar com sede em Minas Gerais, Brasil. A empresa gerencia um portfólio de 20 parques solares de pequena escala no Brasil e está explorando oportunidades de desenvolvimento em outras regiões.

A Appian Capital Brazil, fundo de investimentos privados especializado em mineração e metalurgia, é a representante no país do grupo Appian Capital Advisory.  Fundada em 2011 em Londres com investimentos em diversos países, a empresa é referência no setor, com seu modelo diferenciado de mineração inteligente, respeitando o meio ambiente, trabalhando de forma integrada com as comunidades onde atua e apoiando o desenvolvimento destas regiões.  Com seis anos de atuação no mercado brasileiro e presente em três estados (Minas Gerais, Bahia e Alagoas), o fundo se estabeleceu no país em 2018. Atualmente, o grupo possui três ativos no país: Atlantic Nickel, Graphcoa, e Mineração Vale Verde, além da subsidiária Omnigen Energy. Com sólido compromisso e missão de transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável, o grupo trabalha alinhada às melhores práticas ESG. Transformando regiões onde atua, aliado à Integração Social, o grupo Appian tem como prioridade o profundo respeito com as pessoas e com a segurança nas operações

Appian Capital Brazil
Weber Shandwick

SETOR DE VIAGENS CORPORATIVAS BATE RECORDE EM 2024 COM FATURAMENTO DE R$ 131 BI

Resultado foi 5,5% maior do que o registrado em 2023, segundo dados divulgados durante o LACTE 2025

Foto: Guia de negócios eficientes

O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP em colaboração com a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), revelou um gasto recorde no setor pelas empresas brasileiras em 2024. Foram R$ 131 bilhões de despesas em serviços de turismo corporativo, um aumento de 5,5% em relação a 2023, ou R$ 6,8 bilhões no total absoluto. Este também é o maior valor desde 2011, quando a série histórica foi iniciada.

Segundo dados em análise agregada com outro indicador, o setor corporativo representou 63% do total do faturamento em serviços de turismo no Brasil em 2024. Além disso, o mês de dezembro registrou um aumento de 6,8% em relação ao mesmo mês de 2023. O faturamento foi de R$ 8,8 bilhões, um recorde para o período.

Os resultados são reflexo do crescimento de 3,5% da economia brasileira em 2024, que ficou acima da projeção inicial de 2%. Este aumento impulsiona o setor do turismo em conjunto com diversas outras áreas, como comércio, serviço e indústria. A análise ressalta que o crescimento é decorrente de estímulos fiscais do governo e não de um aumento nos investimentos no país.

O aquecimento no setor levou a um aumento nas tarifas da hotelaria em 10% em 2024, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). Outros segmentos também registraram reajustes nos preços, como o setor aéreo (especialmente em função do aumento do dólar, que chegou a R$ 6,30 em 2024), a locação de veículos e o transporte rodoviário interestadual. Este acréscimo nos valores de produtos e serviços contribuiu para o crescimento do LVC.

Os resultados de 2024 estão alinhados com as projeções da Global Business Travel Association (GBTA), que estimava um crescimento de 6% para o Brasil.

"O crescimento do setor reflete a retomada econômica e a valorização dos encontros presenciais como fator estratégico para os negócios. As empresas estão investindo mais em eventos, convenções e reuniões externas, entendendo que essas interações fortalecem relacionamentos e impulsionam resultados. Esse movimento reforça a importância da gestão eficiente de viagens e eventos, uma pauta prioritária para nós", afirma Luana Nogueira, diretora-executiva da Alagev.

Ainda conforme a análise destacada por Guilherme Dietze, economista e presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, a expectativa para 2025 é bastante positiva, levando em consideração o impulso pelos resultados de 2024. A previsão é de que a economia brasileira cresça a um ritmo de 3% até a metade do ano, ainda que no segundo semestre possa desacelerar devido ao impacto do aumento de juros. Já a projeção inicial para as viagens corporativas é de um aumento de 4% no ano, ou seja, mais um recorde histórico.

"A expectativa para 2025 é de R$ 135 bilhões de faturamento. O efeito carry over, ou seja, a continuidade dos resultados do ano passado, manterá o impulso positivo de 2024, mesmo com a alta dos juros impactando a economia no segundo semestre.  Operamos em um cenário desafiador, com juros indo para 15% e uma alíquota do IVA próxima a 28%, mas a resiliência do mercado tem garantido recordes de vendas e fortalecimento econômico”, destaca Guilherme.

* Linoel Dias, colunista de Turismo do Coisas de Agora, é jornalista há 50 anos com passagens pela Folha de S. Paulo, Assessoria de Imprensa da Volkswagen, Assessoria Brickmann & Associados; e Produtora 7Iris. Para pautas e sugestões:  linoel.dias.dias@gmail.com


“APÓS A CHEGADA”, NOVA EXPOSIÇÃO DA CASA FIAT DE CULTURA, REVELA UM TERRITÓRIO AFROFUTURISTA A PARTIR DAS OBRAS DO ARTISTA WILL.

Com pinturas geométricas e retratos, a mostra abre um portal para que passado e futuro coexistam.

Inspirado pelo provérbio iorubá "Esú matou um pássaro ontem com a pedra que atirou só hoje", o artista belo-horizontino Will constrói narrativas visuais que transcendem o tempo. Na exposição "Após a chegada", que será inaugurada em 11 de março na Casa Fiat de Cultura, suas 21 obras se tornam um manifesto de ressignificação de territórios. Os retratos e as pinturas geométricas trazem à memória os territórios afro-indígenas, Kemet, no antigo Egito, a Bahia – espaços onde pessoas foram apagadas ou expulsas, e os quilombos brasileiros – locais de luta e resistência. Para marcar o início da exposição, no dia 11 de março, às 19h30, será realizada uma visita mediada com Will. A mostra ficará em cartaz até 27 de abril de 2025, com entrada gratuita.

Will é autodidata e expressa-se através do desenho desde a infância. Por muito tempo, seu olhar esteve voltado para o que estava ao redor, até perceber a necessidade de uma investigação mais profunda sobre a sociedade, sobre si mesmo e o que estava “dentro”. Durante uma viagem à Bahia, há cerca de três anos, esse movimento interno ganhou forma, dando origem a uma das séries que compõe a exposição “Após a Chegada”.

As obras criadas pelo artista, em sua maioria geométricas, são uma proposição de retomada de territórios. Com pinceladas bem marcadas e tons terrosos, elas fazem referência ao deserto e às pirâmides do Egito, mas também aos centros urbanos e ao que o artista pesquisou, viu e viveu na Bahia. Will as define como afrofuturistas. “Repenso e reconstruo esses locais por meio da pintura, possibilitando que pessoas negras possam ocupá-los e serem protagonistas desses espaços. É como se eu estivesse construindo um novo imagético, numa nova possibilidade de futuro”, explica.

A geometria que compõe as telas da exposição não é apenas estética, mas um gesto político. Em sua cidade natal, Belo Horizonte, Will volta seu olhar sobre o Largo do Rosário, território negro que abrigava a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e que já não existe mais. O artista resgata essas histórias e propõe um novo imaginário em que a ancestralidade não é apenas viva, mas lidera sua própria narrativa. “Nesta exposição, conto uma história ressignificada em arte, mas de uma forma poética”, reflete Will. Como Esú, o orixá do movimento, da comunicação e dos caminhos, o artista se move em um tempo espiralar, abrindo caminhos e oferecendo um convite: enxergar a história para recriar um novo começo.

A exposição “Após a chegada” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Stellantis, da Fiat, copatrocínio da Stellantis Financiamento, do Banco Stellantis, do Banco Safra e da Sada. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.

Lista de obras
·       Esú Rei (2022)
·       Catimbó (2022)
·       Catimbó (2022)
·       A ancestralidade é viva (2025)
·       Diáspora (2023)
·       Kemet (2023)
·       Reverso (2023)
·       Atlântico (2025)
·       Berço da humanidade (2025)
·       Pirâmide de Gizé (2024)
·       Piscina do Sertão (2024)
·       Faces de lá até o arraial (2024)
·       Largo do Rosário (2024)
·       De Kemet a quebrada (2023)
·       Maria Filipa (2025)
·       Nem tudo é o que é (2024)
·       Miragem (2023)
·       Vestígios de origem (2025)
·       Sobre observação (2025)
·       Deserto da Namíbia (2025)
·       Apenas miragem (2025)

Abertura

Para marcar a abertura da exposição, no dia 11 de março, terça-feira, às 19h30, Will convida o público para uma visita mediada à exposição. Durante a visita, o artista vai aproveitar para compartilhar sobre o seu processo criativo, suas inspirações e curiosidades sobre a sua trajetória na arte. Ele também vai apresentar suas investigações e objetos de estudo tanto na Bahia, quanto na própria capital mineira. Os interessados em participar podem se inscrever gratuitamente pela Sympla.

Will

Graduando em artes visuais, o artista, autodidata, mineiro de BH, cria um universo particular em suas pinturas. Suas imagens urbanas carregam mensagens políticas, onde nada é tão óbvio quanto parece ser, mas ainda assim é possível decifrar as quase verdades nas quais as pessoas tentam se apoiar. A figuração de pessoas racializadas é uma marca forte do artista. Assim, ele representa a si mesmo e a toda população negra, colocando essas pessoas em locais normalmente aceitáveis em uma sociedade estruturalmente racista. Seus trabalhos já foram exibidos no SESC Palladium, no Palácio das Artes, no Museu de Quilombos e Favelas Urbanos, no Viaduto das Artes e na ArteFasam Galeria. Com a exposição coletiva “Um defeito de cor”, passou pelo Museu de Arte do Rio, Muncab Salvador, Sesc Pinheiros SP e Memorial Minas Gerais Vale. Com a mostra “Encruzilhadas da arte afrobrasileira”, passou pelo CCBB SP, CCBB BH e CCBB RJ.

Piccola Galleria

O espaço é destinado a artistas da cena contemporânea e foi criado em 2016, com o intuito de incentivar a produção nacional e internacional. Os artistas são selecionados por uma comissão de especialistas, que, na 7ª edição, contou com o curador, pesquisador e educador Bitu Cassundé; a professora, artista e pesquisadora Telma Martins; e a artista e professora Leonora Weissmann. O processo se realizou 100% online, de modo a facilitar a inscrição de pessoas de todo o Brasil. No total, mais de 200 trabalhos foram enviados, e a avaliação dos jurados também se deu no formato virtual.

A proposta é apresentar e destacar trabalhos inéditos – pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, fotografias, instalações, performances e/ou videoarte – de artistas locais, brasileiros ou estrangeiros. Além de Will, outros cinco artistas foram selecionados na 7ª edição.

Nas seis edições já realizadas, o Programa de Seleção da Piccola Galleria apresentou o trabalho de 35 artistas, abrigou mais de 400 obras e recebeu um público de 500 mil pessoas. A sala expositiva é um ambiente dedicado às artes visuais e sua criação marcou os 10 anos da Casa Fiat de Cultura. Situada ao lado do painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari, no hall principal da Casa Fiat de Cultura, o pequeno recinto é destinado a exposições de curta duração, mas com toda a visibilidade que a instituição enseja. Local intimista e com grande circulação de público, conta com a chancela da Casa Fiat de Cultura e do Circuito Liberdade, um dos mais importantes corredores culturais do país.

Casa Fiat de Cultura

A Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar prestigiadas exposições. A programação estimula a reflexão e interação do público com várias linguagens e movimentos artísticos, desde a arte clássica até a arte digital e contemporânea. Por meio do Programa Educativo, a instituição articula ações para ampliar a acessibilidade às exposições, desenvolvendo réplicas de obras de arte em 3D, materiais em braille e atendimento em libras. Mais de 90 mostras, de consagrados artistas brasileiros e internacionais, já foram expostas na Casa Fiat de Cultura, entre os quais Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila, Portinari entre outros. Há 19 anos, o espaço apresenta uma programação diversificada, com música, palestras, residência artística, além do Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico. A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. O espaço integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 4 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 700 mil participaram de suas atividades educativas.

Serviço  
Exposição “Após a chegada” na Casa Fiat de Cultura  
Período expositivo: 11 de março a 27 de abril de 2025
Visitação presencial: terça-feira a sexta-feira das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)
Tour virtual no site (www.casafiatdecultura.com.br)

Visita mediada pelo artista Will
11 de março, às 19h30, na Casa Fiat de Cultura
Inscrição gratuita pela Sympla

Toda programação da Casa Fiat de Cultura é gratuita
Casa Fiat de Cultura   
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG 
Circuito Liberdade

Horário de Funcionamento
Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 21h  
Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h
  
Informações  
Pelo site Casa Fiat de Cultura    
casafiatdecultura@stellantis.com  
facebook.com.br/casafiatdecultura  
Instagram: @casafiatdecultura  
X: @casafiat  
YouTube: Casa Fiat de Cultura

Casa Fiat de Cultura
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quarta-feira, 5 de março de 2025

BRASKEM REFORÇA COMPROMISSO COM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE

Com avanços tecnológicos e projetos inovadores, empresa aprimora consumo de energia e reduz impactos ambientais em suas operações

Braskem Polo ABC. Foto: Braskem

No Dia Mundial da Eficiência Energética, celebrado em 5 de março, a Braskem, petroquímica global que desenvolve soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, destaca sua atuação na busca por soluções que tornem suas operações mais eficientes. A Braskem tem avançado continuamente na integração energética de suas plantas, investindo em tecnologias que aprimoram seus processos e reduzem impactos ambientais.

Na unidade do ABC, a trajetória de inovação na eficiência energética teve seu início há algumas décadas, através de importantes investimentos em todos os seus processos.

Em 2021, a Braskem deu um novo, importante e grandepasso com a entrada em operação do Projeto Vesta, uma planta de cogeração que modernizou o sistema de abastecimento energético da unidade com motores de última geração e de alto rendimento. O sistema gera 38 megawatts de potência elétrica e 160 toneladas de vapor por hora, permitindo uma redução no consumo de água em 11,4% e das emissões de CO₂ equivalente em 6,3%.

“A eficiência energética é um pilar estratégico para a Braskem, alinhada ao nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação. Projetos como o Vestareforçam nosso empenho em tornar as operações mais competitivas e ambientalmente responsáveis, contribuindo para a transição energética e o cumprimento das nossas metas de descarbonização até 2030”, afirma Alexandra Calixto Gioso, gerente de Relações Institucionais da Braskem Sudeste.

Além dos investimentos contínuos em eficiência energética, a Braskem tem um compromisso com o desenvolvimento de seus integrantes, promovendo uma cultura de aprendizado e capacitação contínua. Entre os programas oferecidos, estão iniciativas voltadas para competências técnicas, normativas e de saúde integral, visando um ambiente de trabalho seguro e eficiente.

No ABC, a empresa segue investindo em novos projetos para otimizar a eficiência energética de suas operações, garantindo maior competitividade e sustentabilidade ao longo dos próximos anos.

A Braskem é uma empresa petroquímica global, orientada para o ser humano, com olhar para o futuro, que cultiva relacionamentos sólidos e gera valor para todos. Oferecendo soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, a petroquímica possui um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. A Braskem acredita que a inovação disruptiva é o único caminho possível para se estabelecer uma nova relação com o planeta, por isso, escolhe agir no presente, promovendo a circularidade do plástico e impulsionando a revolução dos materiais de base biológica. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para clientes em mais de 71 países por meio de seus 8.500 mil integrantes que atuam globalmente em um modelo de gestão que demonstra o compromisso com a ética, respeitando as normas de conformidade em todos os países e garantindo o respeito à competitividade responsável. Para mais informações, clique aqui e visite o site

Braskem
Agência Fato Relevante

terça-feira, 4 de março de 2025

6º CBT REÚNE ESPECIALISTAS E GRANDES OBRAS SUBTERRÂNEAS EM MOMENTO ESTRATÉGICO PARA O SETOR

Foto: Márcia Alves/Metrô SP

"Nos próximos anos, provavelmente construiremos mais túneis do que nos últimos 30 anos", afirma Jean Pierre Ciriades, presidente do Comitê Brasileiro de Túneis e Estruturas Subterrâneas (CBT). Diante desse cenário promissor, o 6º Congresso Brasileiro de Túneis e Estruturas Subterrâneas (6º CBT), que acontece entre 10 e 12 de março de 2025, em São Paulo, será um marco para o setor.

O evento reunirá especialistas nacionais e internacionais para debater os avanços tecnológicos, desafios e oportunidades das obras subterrâneas no Brasil. “Esse é um excelente momento para entrar nesse mercado, se atualizar e fazer parte desse futuro que será importantíssimo para a infraestrutura e desenvolvimento do país", destaca Ciriades.

Presença da ITA

O 6º CBT também contará com a presença de membros da ITA (International Tunnelling and Underground Space Association), a mais importante associação internacional do setor. "Nessa edição do Congresso Brasileiro de Túneis, teremos também a satisfação de receber o Conselho Executivo da ITA, que nos prestigiará com uma série de palestras com temas relevantes e atuais", conta Ciriades.

Entre os destaques, estão o vice-presidente da ITA, Andres Marulanda, que abordará a alocação eficiente de riscos geotécnicos em projetos de PPP com túneis, e a ex-presidente Jenny Yan, que discutirá o papel dos túneis no desenvolvimento sustentável e resiliente.

Túneis Imersos

Tema estratégico para o futuro da infraestrutura, os túneis imersos terão uma atenção especial no 6º CBT. A programação inclui uma Keynote Lecture do ex-presidente da ITA, Tarcísio Celestino, sobre túneis imersos, tecnologia fundamental para o avanço da infraestrutura no Brasil. O tema ganha ainda mais relevância com o andamento do projeto do Túnel Imerso Santos-Guarujá, uma das maiores obras subterrâneas em planejamento no país. Além disso, o especialista Selmo Kuperman apresentará avanços na tecnologia do concreto aplicada a essa solução. O debate irá aprofundar as inovações e desafios desse tipo de obra.

Obras subterrâneas em São Paulo

As grandes intervenções subterrâneas na capital paulista serão tema central no evento. O geólogo Hugo Rocha, ex-presidente do CBT, ministrará uma Keynote Lecture sobre túneis na cidade de São Paulo, abordando os desafios e avanços recentes. A programação também inclui uma sessão técnica sobre a Linha 6 do Metrô, apresentada por Ivo Ferreira Teixeira e Gustavo Aguiar. Para complementar as discussões, os participantes poderão visitar algumas dessas obras em andamento, incluindo a Linha 6 e a Linha 2 do Metrô, além do projeto Rodoanel Norte - Via Appia, durante as visitas técnicas nos dias 13 e 15 de março.

O 6º CBT também contará com uma feira técnica com as principais inovações do setor e cursos de capacitação. O evento se consolida como um dos mais importantes do segmento, reunindo profissionais da engenharia geotécnica, da indústria, pesquisadores e estudantes interessados nas últimas tendências e soluções para túneis e infraestrutura subterrânea.

Serviço
6º Congresso Brasileiro de Túneis e Estruturas Subterrâneas
De 10 a 12 de março de 2025
Centro de Convenções Frei Caneca
Rua Frei Caneca, nº 569. São Paulo (SP)
Entidades Promotoras: Comitê Brasileiro de Túneis e Espaços Subterrâneos (CBT) da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS)
Para mais informações, clique aqui e acesse o site oficial do evento.

6º Congresso Brasileiro de Túneis e Estruturas Subterrâneas
Strada Comunicação

HIDROGENAÇÃO DO CO₂: TECNOLOGIA PROMISSORA PARA COMBUSTÍVEIS SUSTENTÁVEIS GANHA FORÇA.

Consórcio internacional de cientistas apresenta um panorama sobre o assunto em artigo publicado na revista Science

Imagine transformar poluição em combustível. Essa é a empolgante promessa da hidrogenação do dióxido de carbono (CO₂), um processo que transforma o CO₂ – um dos principais gases de efeito estufa – em produtos químicos e combustíveis renováveis. Um dos produtos mais importantes é o metanol, um composto versátil utilizado em tudo, desde plásticos até combustíveis. Também é possível produzir outros compostos valiosos, como o metano, que pode ser injetado diretamente em gasodutos de gás natural, além de hidrocarbonetos de cadeias maiores, que podem ser usados como gasolina ou combustível de aviação. Isso abre a possibilidade tentadora de criar os chamados e-combustíveis – alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis tradicionais. Mas como isso pode ser feito?

Um consórcio internacional que contou com a participação da Profa. Liane Rossi, diretora do Programa CCU do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da USP e docente do Instituto de Química da USP, apresenta um panorama sobre o assunto em um artigo publicado na prestigiosa revista Science.

"Precisamos repensar nossa relação com o dióxido de carbono", diz Robert Wojcieszak, pesquisador sênior do CNRS no L2CM, na França. "Em vez de vê-lo como um resíduo, podemos capturar o CO₂ de fontes industriais ou até mesmo diretamente do ar e usá-lo como um valioso bloco de construção de carbono." Nils Thonemann, professor assistente de Avaliação de Sustentabilidade Ambiental Quantitativa da Universidade de Leiden, complementa: "E quando combinamos o CO₂ com hidrogênio produzido a partir de energias renováveis, como eólica ou solar, o processo se torna ambientalmente mais favorável." A mágica acontece na superfície do catalisador.

A superfície das partículas catalíticas capturam as moléculas de CO₂ e hidrogênio, enfraquecendo as ligações fortes que as mantêm unidas. Isso permite que os átomos se reorganizem e formem novas ligações, criando os produtos desejados. Os cientistas estão constantemente trabalhando para desenvolver catalisadores melhores – mais ativos, seletivos e estáveis.

Metanol como solução verde para aviação e transporte marítimo

A produção de metanol avançou significativamente na década de 1920, quando cientistas descobriram como usar um ingrediente especial chamado catalisador de cromita de zinco. Foi como encontrar a receita certa para um bolo – o processo se tornou muito mais fácil. Depois, na década de 1940, uma versão ainda melhor foi inventada: o catalisador CuZnAl (CZA). Pense no CZA como uma versão superpotente do catalisador de cromita de zinco. Ele se tornou o padrão da indústria devido à sua eficiência. No entanto, "ao usar o CZA, o processo catalítico tem uma peculiaridade: ele prefere uma reação diferente (chamada Reação Reversa de Deslocamento Gás-Água ou Reverse Water Gas Shift, RWGS) em vez de converter diretamente o CO₂ em metanol. Isso significa que ele não usa o CO₂ de maneira tão eficiente quanto gostaríamos", explica Andrew Beale, professor do University College London.

Outro problema do CZA é a agregação. Com o tempo, as partículas catalíticas se agrupam, reduzindo sua área de superfície e tornando-se menos eficazes. De maneira curiosa, Nikolaos Dimitratos, professor da Universidade de Bolonha, acrescenta: "Os catalisadores que inicialmente são mais ativos (e geralmente contêm mais cobre) também são os que se agregam mais rapidamente." Assim, embora o CZA seja um ótimo catalisador, seu desempenho diminui ao longo do tempo. Os cientistas ainda estão buscando catalisadores ainda melhores que possam usar o CO₂ de forma mais eficiente e que durem mais. A hidrogenação do CO₂ pode fornecer e-combustíveis limpos para setores difíceis de eletrificar diretamente, como a aviação e o transporte marítimo. No final das contas, o maior benefício dessas novas tecnologias de hidrogenação do CO₂ é claro: elas nos libertam da dependência do petróleo como fonte de carbono.

Novos catalisadores, novas promessas

Os cientistas estão explorando novas formulações para catalisadores, e os catalisadores à base de óxido de índio estão mostrando grande potencial. Pesquisas recentes (2020-2024) indicam que mais de 85% desses novos catalisadores podem converter CO₂ em metanol com mais de 50% de eficiência. "A boa notícia é que a produção de metanol está melhorando cada vez mais", afirma Jingyun Je, professor da Duquesne University. O atual "astro" dos catalisadores é composto por cobre, óxido de zinco, óxido de manganês e um suporte especial chamado KIT-6. Esse catalisador pode operar a uma temperatura relativamente baixa (180°C) e transformar o CO₂ em metanol com alta eficiência.

No entanto, como explica Liane Rossi, professora da Universidade de São Paulo: "O objetivo final vai além de apenas produzir metanol – trata-se de construir um futuro sustentável alimentado por muitos produtos derivados do CO₂. A chave está no desenvolvimento de catalisadores inovadores. Avançando na hidrogenação do CO₂, podemos reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente quando usamos energia renovável para impulsionar o processo." Isso não significa que seja uma solução mágica. Existem desafios e compensações a considerar. A origem do CO₂ (seja de uma fábrica ou capturado diretamente do ar), a tecnologia utilizada para convertê-lo e a aplicação final do produto (como combustível) podem impactar significativamente a pegada ambiental geral.

Perspectivas

No artigo publicado na revista Science, cientistas da Duquesne University (EUA), Università di Bologna (Itália), Universidade de São Paulo (Brasil), Universidade de Leiden (Holanda), University College London (Reino Unido) e Centre National de la Recherche Scientifique (França) detalham os principais fatores que influenciam a atividade catalítica de catalisadores heterogêneos na hidrogenação do CO₂ para metanol. Eles destacam diferentes estratégias para aumentar a estabilidade dos catalisadores e melhorar suas propriedades de hidrogenação, reunindo os avanços mais significativos dos últimos cinco anos e os desafios para o desenvolvimento de formulações mais eficientes. Aspectos históricos e mecanísticos da hidrogenação do CO₂ também são discutidos.

Os catalisadores de metanol mais eficientes atualmente, como o CZA, têm suas limitações: não duram muito e dependem de materiais escassos. Pesquisas futuras precisam focar na criação de novos catalisadores que convertam CO₂ diretamente em metanol, evitando a reação concorrente de RWGS. Também é necessário evitar que as partículas catalíticas se aglomerem, o que pode ser feito com suportes diferentes ou com a adição de elementos estabilizadores. Compreender a relação entre a atividade de um catalisador, seu teor de cobre e sua degradação ao longo do tempo é essencial para encontrar o equilíbrio entre alto desempenho inicial e estabilidade a longo prazo.

Alternativas, como catalisadores de paládio-índio, estão sendo estudadas, mas o custo ainda é um grande obstáculo. Apesar desses desafios, os avanços no design de catalisadores e nas técnicas de análise de materiais estão abrindo caminho para um futuro energético mais limpo, impulsionado pela hidrogenação do CO₂. Embora essa tecnologia seja mais atraente como uma forma de reutilizar CO₂ do que como uma solução direta para as mudanças climáticas (já que emissões líquidas negativas são difíceis de alcançar, mesmo com captura direta do ar), ela oferece um caminho promissor para descarbonizar setores difíceis de eletrificar, como aviação e transporte marítimo.

Os cientistas também olham ainda mais adiante! Projetar novos catalisadores de hidrogenação do CO₂ do zero é um desafio porque as reações são complexas e há um descompasso entre os modelos teóricos e o desempenho real. "Ainda temos dificuldade em entender as reações em nível molecular, e os mecanismos de desativação dos catalisadores (como sinterização, envenenamento e formação de coque) não são bem compreendidos", conclui Robert Wojcieszak.

Entretanto, avanços futuros são possíveis. O aumento do poder de computação, especialmente com Inteligência Artificial (IA) e computação quântica, combinado com grandes volumes de dados, permitirá simulações mais precisas e um melhor entendimento do comportamento dos catalisadores. Ao mesmo tempo, novas técnicas de caracterização em tempo real fornecerão insights mais detalhados sobre os sítios ativos e os mecanismos de reação, aproximando-nos do sonho final: transformar CO₂ em combustível sustentável.

Referência: J. Ye et al . Ciência, 2025, 387, adn9388.

Notas:
1- Departamento de Química e Bioquímica, Universidade Duquesne, Pittsburgh, Pensilvânia 15282, Estados Unidos da América
2- Departamento de Química Industrial “Toso Montanari”, Alma Mater Studiorum University of Bologna, Viale Risorgimento 4, 40126 Bologna, Itália
3- Departamento de Química Fundamental, Instituto de Química, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Lineu Prestes 748, São Paulo 05508-000, SP, Brazil.
4- Instituto de Ciências Ambientais (CML), Universidade de Leiden, 2300 RA Leiden, Holanda
5- Departamento de Química, University College London, Londres WC1H 0AJ
6- Universidade de Lorena, CNRS, L2CM UMR 7053, F-54000 Nancy, França

RCGI – O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da USP é um Centro de Pesquisa em Engenharia, criado em 2015, com financiamento da FAPESP e de empresas por meio dos recursos previstos na cláusula de P,D&I dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás. Atualmente estão em atividade cerca de 60 projetos de pesquisa ativos (em um histórico de 110), ancorados em oito programas: Solução Baseada na Natureza (NBS – Nature Based Solution); Captura e Utilização de Carbono (CCU – Carbon Capture and Utilization); Bioenergia, Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS – Bioenergy with Carbon Capture and Storage); Gases de Efeito Estufa (GHG – Greenhouse Gases); Advocacy; Núcleo de Inovação em Sistemas de Energia (InnovaPower); Descarbonização; e Centro 2 Centro (projetos em colaboração direta com centros de pesquisa dos Estados Unidos). Recentemente, o RCGI lançou um novo hub de pesquisa, o Geostorage, dedicado ao armazenamento em larga escala de energia e CO2. O RCGI, que conta com cerca de 600 pesquisadores, mantém também colaborações com diversas instituições, como Oxford, Imperial College, Princenton e o National Renewable Energy Laboratory (NREL). Saiba mais

segunda-feira, 3 de março de 2025

GEOMEMBRANA REVOLUCIONA A IRRIGAÇÃO E REDUZ CUSTOS NO CAMPO

Tecnologia permite economia de até 60% no consumo de energia, maior eficiência no uso da água e ampliar área irrigada com a mesma outorga.

Com os desafios da agricultura moderna, o uso eficiente da água tornou-se uma prioridade para produtores que buscam reduzir custos e aumentar a sustentabilidade. Por exemplo, estudos indicam que a aplicação de geomembranas em reservatórios de irrigação pode gerar uma economia de até 60% nos gastos de energia, além de mitigar a perda de água por lixiviação no solo. Com um investimento inicial baixo, o retorno financeiro pode ser alcançado em menos de dois anos.

A busca por eficiência no agronegócio impulsiona a adoção de tecnologias inovadoras, e as geomembranas têm se mostrado fundamentais para otimizar os recursos hídricos. “Essa solução evita desperdícios, assegura a conservação da água e proporciona maior previsibilidade para os produtores. Diante de um cenário de instabilidade climática e aumento das exigências ambientais, sua implementação se tornou indispensável”, relata, Everardo Mantovani, Especialista em Irrigação e consultor do Grupo Nortène.

Redução de custos e impacto ambiental positivo

De acordo com levantamentos técnicos, além de garantir o armazenamento da água, as geomembranas permitem o controle mais preciso da lâmina d’água, possibilitando o bombeamento nos horários de menor tarifa elétrica, o que pode representar uma redução alta nos custos energéticos.

Outro fator relevante é o custo-benefício da tecnologia. “O investimento inicial das geomembranas corresponde a aproximadamente 7% do custo total do sistema de irrigação com pivô central, sendo amortizado em menos de dois anos devido à economia gerada na conta de energia e à redução das perdas hídricas”, explica o consultor da Nortène. Essa redução no gasto de energia elétrica pode superar 4% ao ano, impactando diretamente a rentabilidade da produção.

Além da economia gerada, o uso de geomembranas está diretamente associado à preservação ambiental. A tecnologia contribui para a redução da captação excessiva de água dos mananciais, um fator essencial para manter o equilíbrio dos recursos hídricos. “Com o armazenamento mais eficiente da água nos reservatórios, há menor necessidade de exploração de fontes naturais, ajudando a mitigar os impactos da estiagem e garantindo a sustentabilidade do sistema agrícola a longo prazo”, pontua Mantovani.

Segurança e conformidade com normas técnicas

O uso adequado de geomembranas também reduz riscos operacionais. A norma técnica NBR 16199/2020 estabelece critérios para a instalação correta, garantindo durabilidade e eficiência. A utilização de materiais de baixa qualidade ou a instalação inadequada pode resultar em falhas estruturais, rompimento de reservatórios e paralisação da irrigação por até 90 dias, comprometendo toda a atividade na fazenda.

O especialista reforça a importância da qualidade na instalação, “o uso de geomembranas de alta qualidade e a aplicação correta seguindo normas técnicas são essenciais para evitar prejuízos e garantir a segurança hídrica na agricultura. Essa tecnologia não apenas protege o produtor contra perdas financeiras, mas também fortalece a sustentabilidade no campo”.

Diante das crescentes exigências ambientais, alguns estados já determinam o uso de geomembranas como requisito para obtenção da outorga de uso da água em projetos de irrigação com pivô. Além disso, o rompimento de reservatórios devido à má impermeabilização pode configurar crime ambiental, sujeitando produtores a multas e processos judiciais. “Em um caso recente, um produtor rural de Uberlândia (MG) foi multado em quase R$ 700 mil após o rompimento de um reservatório, evidenciando a necessidade de medidas preventivas e o cumprimento das normas técnicas”, conta Mantovani.

Grupo Nortène - Fundada em 1981 e sediada em Barueri/SP, a Nortène é pioneira no fornecimento de: reservatórios de geomembrana, filmes agrícolas, mulching, telas plásticas tecidas, telas plásticas termo-soldadas, silo-bolsa, lonas para silagem. A Nortène contribui também com sua tecnologia exclusiva em plásticos na fabricação e na comercialização dos produtos das empresas: Engepol Geossintéticos, Santeno Irrigação, Tecnofil Soluções em telas e Silox armazenagem

Grupo Nortène
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MADEIRA É USADA COMO HEDGE CAMBIAL PARA PROTEGER DINHEIRO CONTRA FLUTUAÇÕES DA MOEDA NO BRASIL

Existem muitas formas de proteger o próprio patrimônio. A medida é necessária principalmente diante da desvalorização do real, que foi de quase 30% no ano passado, segundo o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco. Mesmo com uma recuperação em 2025, sendo uma boa notícia para o mercado financeiro brasileiro, a preocupação com o real é constante, e tem levado investidores a apostarem na madeira como hedge cambial.

Um estudo sobre rendimentos realizado pelo Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), demonstra que a poupança, Fundo DI, LCI/LCA, CDB e Tesouro IPCA+, podem apresentar resultados que variam de 181% a 521%, enquanto o Mogno Africano, uma árvore exótica que é plantada no Brasil, apresenta um rendimento líquido de mais de 1210%.

Renata Brito, diretora executiva do IBF, explica que a madeira derivada desta árvore é um ativo, que pode ser comercializado em moedas internacionais, como euro e dólar, oferecendo uma espécie de “proteção adicional” contra a desvalorização do real.

“Muitos nos procuram tendo em vista o alto rendimento líquido do Mogno Africano. Ao optar pelo ativo de florestas em Mogno Africano, você preserva o poder de compra, potencializando a multiplicação do seu capital ao longo do tempo, independentemente das flutuações econômicas globais. Os investidores são atraídos por essa possibilidade” - explica Brito. Isso não significa que a madeira nobre do Mogno Africano, usada nos mercados navais e móveis, seja imune às flutuações do mercado. No entanto, ela oferece uma proteção mais forte contra variações cambiais.

A especialista explica que no empreendimento de Mogno Africano, localizado em Pompéu, Minas Gerais, existem mais de 5 mil hectares da árvore, que levam 18 anos para completar o ciclo completo e chegarem na fase de corte. São mais de 400 investidores não só do Brasil, mas de outras nacionalidades como Canadá e Austrália. “Imóveis e Renda Fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, são ativos impactados pela economia local e pela inflação, mas ainda desempenham um papel importante na diversificação da carteira” - afirma.

IBF - Instituto Brasileiro de Florestas (IBF)
Inove Comunicação Integrada

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

DÖHER IMPLANTA COMITÊ ESG

A Döhler, gigante têxtil catarinense, que já é referência em iniciativas voltadas à sustentabilidade, deu mais um passo e implantou, recentemente, o Comitê ESG com apoio técnico da Martinelli.

O comitê é responsável por estudar e recomendar estratégias, unificar a visão sobre ESG na empresa, visando altos padrões de governança corporativa.

Além disso, esse grupo, formado por profissionais de diversas áreas da Döhler, avalia quais riscos são toleráveis e quais devem ser evitados.

“A estruturação da estratégia ESG pelo Comitê é fundamental para dar continuidade às ações que já vêm sendo desenvolvidas pela Döhler, demonstrando que empresas familiares podem liderar transformações sustentáveis em seus setores. A Döhler tem demonstrado um compromisso exemplar com a responsabilidade ambiental, adotando práticas sustentáveis em todas as etapas de seus processos fabris. Estamos felizes em fazer parte desta jornada com a Döhler nas iniciativas de ESG e acreditamos que, juntos, podemos fazer a diferença nessa área cada vez mais importante para quem quer crescer no mercado”, destaca o presidente da Martinelli, Nereu Martinelli.

“A gente acredita na sustentabilidade como um ativo indispensável, um compromisso da marca com o Planeta e com as pessoas. Por isso, buscamos acelerar processos internos e direcionar esforços para construção de novos projetos e iniciativas sustentáveis. Temos certeza que o apoio da Martinelli será importante nessa caminhada”, pontuou Udo Döhler, presidente do Conselho de Administração da Döhler.

Além do Comitê, a Martinelli está assessorando na elaboração do primeiro relatório de sustentabilidade da Döhler.

Döhler se destaca em iniciativas ambientais

Desde a escolha da matéria-prima até o final do ciclo de vida do produto, a Döhler se destaca por suas iniciativas, como a construção do primeiro aterro industrial do Sul do Brasil e a inauguração de sua estação de tratamento de efluentes, que trata 100% dos efluentes gerados.

Além disso, a Döhler investiu em tecnologias inovadoras, como a estamparia digital, com consumo mínimo de água, e a instalação de mais de 2,3 mil placas fotovoltaicas, tornando-se referência em energia solar na região. Esses esforços são reconhecidos por importantes certificações como a ISO 14001 e o Certificado I REC, que atestam o uso de energia renovável.

O processo produtivo também alia tecnologia à sustentabilidade por meio do rastreamento do algodão usado nas fiações que resultam em produtos têxteis cada vez mais responsáveis.

Primeira toalha de algodão rastreável do Brasil, primeira cortina com fios de garrafa PET, cortina de fibra recuperada estão entre os produtos FIO VERDE da Döhler, que pretende avançar ainda mais em sustentabilidade.

DöhlerUma das principais e mais sustentáveis indústrias têxteis da América Latina, reconhecida globalmente pela qualidade. Tem 143 anos de história, mais de 3 mil colaboradores e está situada em Joinville (SC). Em seu parque fabril de 225 mil m2 produz artigos para casa (cama, mesa, banho e decoração), além de tecidos para mobília, indústria de calçados e soluções para os setores hoteleiro e hospitalar. Exporta para mais de 20 países e tem orgulho de fabricar produtos que levam conforto e bem-estar a milhares de pessoas ao redor do mundo. Clique aqui e visite o site

Döhler
Pipah Comunicação