Novos
Fiat. Dois igual a cinco.
Fiat corre para ter novidades afinadas com o
mercado, vender mais, fazer lucros, retomar liderança no mercado nacional –
exceção a confundir executivos de marcas fora do país, e alegrar condutores da
Fiat.
Quer mudar produtos. Desfruta do picape
Toro, líder de vendas no segmento; recém apresentou o Mobi para segmento
urbano, os SPM – sem porta malas;
corre no desenvolver hatch e sedã
para substituir Siena, Gran Siena, Punto, Palio e Linea. Base será plataforma
dita 326 – antiga, original do Palio, com a distância entre eixos do Gran
Siena. Novo motor três cilindros, GSE 1,3, 12V, 105 cv, primeiro desdobramento
do 1,0, em final de acertos de testes, substituirá o veterano 1,4. São os projetos
X6H – de hatch -, e X6S de sedã. Hatch será brasileiro e sedã argentino –
preferências dos mercados.
Distância entre eixos no sedã será a do Gran
Siena, 2,65m, e comprimento maior, arranhando 4 m.
Três cilindros é nova família, não aviada a
tempo em versão 1,0 para o Mobi, e demais modelos 1,0. Acima, do 1,3, os ETorQ
1,6 e 1,8 de quatro cilindros.
A FCA aplicará US$ 500M no ampliar a
capacidade de produção fábrica de Ferreyra, Córdoba. Projetos para vendas no
próximo ano.
Tem
mais, o Junior
A quem insiste não perceber o vivo processo
de americanização administrativa da Fiat, evidências. O processo é consequente
aos bons resultados da gestão dos novos mandões, o presidente John Elkan,
herdeiro Agnelli, nascido e criado nos EUA, e o CEO Sergio Marchionne,
ítalo-canadense, com base de formação norte-americana. Internacionalizando-se
com a assunção da Chrysler, adotaram o modelo de gestão e trouxeram-no à FCA, onde
se inclui a Fiat. Latinidade é consentida, mas é exceção. É marcha a ré
histórica. Há menos de dois milênios os romanos estenderam limites, costumes a
boa parte do mundo.
Um dos novos desdobramentos dos projetos H6H
e H6S, foi ordem recente: fazer novo produto, um jipinho. Será pequeno, com
feição aventureira, para conviver como opção e eventualmente substituir, em
ânimo e aparência, os rentáveis Adventure Weekend e Idea.
Fonte com vivência próxima aos neo mandões
informa, a ordem para a América do Sul apenas padroniza as determinações para o
mercado norte americano.
Lá, picapes, utilitários e SUVs representam
60% das vendas, fez FCA alterar a cara operacional da Chrysler. Por exemplo,
cortará o sedã C 200, menor da Chrysler, e no espaço industrial terá novo
tipo de picape RAM, possivelmente menor. Idem, criar espaços em fábricas de
automóveis para variáveis menores e maiores sobre plataforma Cherokee. A de
maior porte exumará o nome Wagoneer. Terá o novo jipe Wrangler com elevada
dosagem de alumínio, e testa picape sobre ele desenvolvido.
Linha a ser seguida no Brasil aproveitará o
talento da engenharia de Betim: criar produtos novos sobre plataformas antigas.
No caso, do Palio/Gran Siena surgirá o Junior, como dito em americanês, ou jipinho, como aqui rotulado, reduzido
investimento para a nova carroceria e adaptar uso de diferentes opções de
tração – a criativa 4x1, normal 4x2 e opcional 4x4.
Oportunidade há. Mercado é carente por tal
morfologia, cresceu 2000% em 10 anos, mesmo com a atual crise. Tem rentáveis
produtos - Jeep Renegade, Honda HR-V, Ford EcoSport, Renault Duster. E te-los-á
menores: Nissan Kicks, Renault Kwid, e Honda WR-V.
Não há prazo para o a novidade ainda sem
rótulo oficial. X6H e X6J aparecerão no Salão do Automóvel. Do sabido, desenvolvimento
não atrapalha o Projeto 551, adaptação da plataforma Renegade para fazer Jeep
maior, a substituir atuais Compass e Patriot. Nome a Coluna antecipou: Compass.
Projeto é tratado internamente como Jipinho. E apesar de baseado em
plataforma Fiat e desenvolvido pelo pessoal da área Fiat, será o menor dos Jeep.
Não é exercício de futurologia. Corre-se com o negócio. O padrão
norte-americano de gestão descobriu como a latinidade da Fiat em Betim é capaz,
rápida e barata para criar produtos.
A hora
da Esculhambaçom
Há uns
anos fui convidado a jantar com o então mandão maior da Ford, o Jacques Nasser
– parte dos Nasser da florida Zahle, Líbano, emigrou para a Austrália, e o Jac,
brilhante, veio aos EUA. Detroit, casa cheia, o festejado Chef recebeu o cliente poderoso e convidados com
reverência, na cozinha. Outro jornalista, o baiano Paulinho Brandão, expert
em música, leva discos com música
brasileira aos jantares onde vai no exterior. Faz o som do ambiente, divulga o
país e, ao final, presenteia ao anfitrião – é um sedutor.
Tudo
bem,
Chef se desdobrando para agradar – havia,
então, em Detroit duas autoridades maiores, os presidentes da GM e da Ford -,
jantar rolando, serviço com caras, bocas, mesuras e rapapés, um casal desce a
escada e a senhora, simpática, sorridente, objetiva, em função da música indaga
em português correto se há algum brasileiro à mesa.
Festividades, amenidades,
era casada com o diretor de produção do Ford mais importante como volume e
lucros, o picape F 150. Reverência ao patrão, conversinhas, ele contou haver
trabalhado no Brasil onde conhecera a atual mulher. Fora promovido e voltara
para o importante posto junto à direção.
Perguntei-lhe,
se pudesse resumir, qual a coisa de maior saudade do Brasil. O engenheiro foi
objetivo:
Esculhambaçom – e aos esperando ouvir
caipirinha, sol, ganhar em dólar gastar em reais, ter vários empregados -
explicou: há um duende escondido em cada reunião no Brasil. Apresenta-se o
projeto pensando nos prazos e passos como nos USA, e de repente alguém tem uma
solução, conhece alguém, sabe de alguma coisa inteiramente fora de propósito,
mas aplicável. E as coisas funcionam. Sem explicação, mas funcionam. E justificou:
aqui são tantas regras, métodos, padrões, que saem, mas demoram.
Porque esta estória? Porque Fiat e Jeep funcionarão no Brasil enquanto a latina
esculhambaçom for a regra. Se vier a
se enquadrar e buscar o parágrafo único do artigo x do regulamento y, da sub
regra anexa, será apenas uma filial norte americana nos trópicos. E será lenta
e lesa - totalmente diversa do cenário conhecido. (RN)
Um Hi
Lux Peugeot
Consequência de acordo operacional entre
Toyota e Peugeot, já com os primeiros veículos lançados na Europa, grupo PSA
anunciou voltar ao segmento de picapes médios na América do Sul. Aqui já esteve
com Peugeot 504, diesel, importado da Argentina ao início da década de 90.
Retorno, anunciou como furo a revista francesa Automoto,
ocorreria por picape argentino, construído pela Toyota e com personalização da
marca francesa. Há coerência: Peugeot precisa, mandatoriamente, crescer no
Continente; definição existe; Toyota argentina tem capacidade industrial; método
cumpre objetivos de somar sinergias, reduzir custos para desenvolver e prazo
para tê-lo no mercado. Na prática seria o bom produto japonês com mudança de
grade frontal, grupo óptico – uma característica Peugeot – e interior mais
afrancesado. Publicação francesa exumou o nome Hoggar, do pequeno picape sobre
o modelo 207 – apesar da boa formulação e estabilidade capital, nunca se
justificou em vendas.
Decisão sedimenta vizinho país como maior
produtor de picapes médios. Fazem Ford Ranger e Toyota HiLux, e farão, como a Coluna antecipou, mono produto com variações
Nissan, Renault e Mercedes.
Marcus Brier, diretor de assuntos
corporativos da Peugeot confirma a decisão, partida do topo da empresa na
França. Mas alerta, não há substância quanto a formas e prazos. Do lado, Erick
Boccia, porta voz, informa, a Toyota brasileira não tem conhecimento, e não
está apta a comentar declarações dadas por outro fabricante.
Roda-a-Roda
Tá limpo – Duas empresas
externas de investigação, Jones Day nos EUA e Gleiss Lutz na Alemanha nada
encontraram comprometendo executivos superiores na Volkswagen relacionando seu
conhecimento ou ações no caso dos motores diesel emitindo poluentes acima do
teto legal.
Gastos – Entre acordos de
conserto nos 11M de veículos, indenização a proprietários ou eventual recompra,
multas e indenizações.
Ação – VW reage no campo
do problema, os carros. Enfatiza carros mais econômicos e menos poluentes, como
o T-Prime concept GTE, o substituto do
Tiguan, elétrico poderoso em seus 375 cv de
potência.
Prejuízo
–
Comprando à Mitsubishi Kei Cars – os pequenos, motor de 660 cm3, Nissan pediu
os parâmetros de aferição de consumo. A Mitsubishi descobriu, há 25 anos alguns
jovens engenheiros mudaram a base de medição para indicar menos gastos. Ou seja
enorme prejuízo.
Compra – Nissan fez
proposta de compra de ações da Mitsubishi. Com aporte de equivalentes R$ 7,5B
assumiu 34% da empresa – e seu comando. Aliança Renault-Nissan controla a
Autovaz, maior das russas, e tem parte da Daimler, fazendo um troca-troca de
sinergias.
Mais – Negócio deve
manter família e o Banco Mitsubishi; foi realizado na sede da Nissan em efeito
demonstração de poder; anunciado pelo presidente Carlos Ghosn como do tipo
ganha-ganha, exceto para o CEO e Presidente da Mitsubishi Osamu Masuko, a
deixar a empresa.
E - Não será surpresa
se a indenização devida pela Mitsubishi à Nissan – e cobrada – tenha motivado o
negócio, e virado parcela na conta da compra.
Local – Chevrolet
apresentou na Argentina o Cruze 2ª. geração, seu carro mundial. Festa contou com
Mary Barra, CEO da corporação. Sorriu muito – e não falou de investimentos.
Como – Coluna já o descreveu: motor 1,4 litro,
todo em alumínio, 16v, injeção direta, turbo compressor. Faz 153 cv – supera o
VW da mesma cilindrada, aplicado em Golf, Jetta e Audi A3.
E, - Versão sedã em
junho. Hatch no Salão do Automóvel.
Garantia na Argentina tomou ares orientais: 100 mil km.
Lançamentos – Kicks não será o
primeiro lançamento da Nissan, mas o Sentra. E logo, dia 20. Inicia segundo ciclo
do modelo, com mudança frontal, tentando corrigir engano da marca – grades
variadas, sem uma assinatura familiar. No caso, agora assemelhada aos sedãs
superiores, Altima e Maxima.
Mais – Atrás, novos para
choques e grupo óptico. No rolante mantém motor 2.0, transmissões mecânica de 6 velocidades
e CVT – por polias variáveis – , e
cometerá o engano de aplicar rodas com 17” - buracos nacionais tem apetite
pantagruélico pelos pneus de perfil baixo. Deve manter a política comercial:
mirar nos líderes e oferecer preço menor.
Toyota – Seis de junho
apresentará o Prius, seu elétrico, e o mais vendido no incentivado mercado
norte americano. Não será o Prime, recém lançado nos EUA e elétrico de carregar apenas na parede.
Versão daqui é híbrida, com motorzinho auxiliar a gasolina. Ocasião pode
permitir anúncio de feitura local.
Relevo - Nele terá Mark
Hogan, ex presidente da GM Brasil, e hoje o único norte-americano no board
japonês da Toyota, com missão adicional de acertar a marca na América do
Sul. Já arrumou a casa e o Etios.
Jeito – Anúncios
enfatizando produto e características – design
ousado, novas tecnologias, bom equilíbrio entre o custo e o oferecido -,
alavancaram vendas do Citroën Aircross em 83% em abril. Consequência feliz,
aumento de produção para atender à demanda.
Promoção – Perdendo
clientes, participação e posições no ranking
de vendas – talvez pelo desmesurado salto em preços aplicados a seus automóveis
-, Ford tenta incrementar vendas no segmento de picapes.
Flexível – Tornou Flex a
versão mais barata de sua linha de picapes. Implementou conteúdo, enfatiza
aplicar sete almofadas de ar – concorrente Chevrolet S 10 porta apenas duas -, controle
eletrônico de estabilidade, cabine dupla. Motor atualizado, Duratec, 4
cilindros em linha, longitudinal, duplo comando, 2,5 litros. Flex, com álcool,
173 cv e gasálcool 168 cv.
$? - Preços de R$
99,500 para XLS, bem utilizável; R$ 109,500 XLT revestimento em couro e
estribos cromados. Acima, Limited, R$ 118,500, itens automobilísticos, como
alarme de mudança de faixa, piloto automático, etccc.
Mudança – 2016 poderá
marcar mudanças no gráfico de vendas e presença no mercado doméstico para
automóveis O Km. Resultados janeiro/abril alteraram quadro nas marcas começadas
pela letra F.
Quem – Fiat, após 13
anos, perdeu a liderança para a GM. Ford, há quase duas décadas na quarta
posição, viu-se ultrapassada pelos olhos puxados. Hyundai ascendeu ao lugar, seguida por
Toyota. Foi-se à sexta posição.
Ocasião – Volkswagen abre
ótima oportunidade a jovens talentos em design. Tema Blue
Racing propõe desenvolvimento e aplicação dos códigos da marca em carro de
competição. Aos vencedores estágio de um ano na área de Design.
Futuro – Área boa. Muitos
dos premiados continuaram carreira na VW ou no exterior. Um deles, Marco Antonio
Pavone foi à matriz alemã e lá desenhou o festejado up! Mais, http://www.vw.com.br/pt/institucional/design.
Registro – 13 de maio, Dia
do Automóvel. Nada a ver com o fim da escravatura, mas com a inauguração da
estrada Pé da Serra – Petrópolis, emendando o Rio de Janeiro à estância
serrana. Construção particular, por placas de concreto, pelos sócios do
Automóvel Club.
Cadastro – Associados do
grupo www.simca.com.br há anos organizam cadastro para apurar sobreviventes
dentre os aproximados 66 mil veículos produzidos como Simca e desdobramentos
Chrysler Regente, Esplanada e GTX. Registram 551 unidades. Ainda há muitos
automóveis com proprietários distantes do movimento colecionista.
Willys – Idem, grupo de
colecionadores interessados no sedã Aero-Willys, em arrancada para unir
proprietários do modelo, de maior produção, em torno de 99 mil unidades, extremamente resistente e,
por isto, possivelmente maior acervo remanescente. Conhece algum para informar aos grupos ? Simca acima e Willys em
www.willysoverland.com.br
Araxá – Único evento de
automóveis antigos insistindo em realizar leilão e criar tradição, o Encontro de Araxá manterá iniciativa e
liderança do leiloeiro Paulo Leite, o
Paulão. Entretanto, para o cunho e o aval antigomobilista contratou
Maurício Marx, segunda geração da família envolvida com os antigos.
Profissional – Marx quer dar
cunho profissional e segurança aos negócios, assumindo cuidar da veracidade de
conteúdo e histórico dos veículos; conferência de documentos, aptos a pronta
transferência, ao final do bater do martelo, sem atrasos ou dificuldades.
Gente – Luciano Resner, engenheiro especializado em
Manufatura, ex diretor de desenvolvimento GM América do Sul, e então diretor de
Qualidade na Chery, promoção. OOOO
Vice Presidente Operacional. OOOO
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário