Lexus
RX, o luxo dos SUV Toyota
Será pouco visto no Brasil, onde esta marca
de luxo tem contida rede de revendedores, e é preferida por quem respeita e
admira a qualidade em todas as suas aplicações. Inicia ser importada pela
Toyota, administradora da operação Lexus no Brasil. Curioso e interessante, o
SUV RX criou o segmento e é o mais vendido no mercado norte-americano. Lá os
clientes descobriram a qualidade e a sobriedade construtiva, fazendo a
indústria local segui-lo.
Para entender, é um amplo utilitário
esportivo – 4,70 m, cerca de 2,80m entre eixos -, espaço interno para pessoas e
bagagens. Tratamento decorativo sóbrio, couro, aplicações elegantes, nada
forçado ou ocioso. Tudo tem lugar e função estética ou operacional. Nos EUA
concorre com modelos pelas luxuosas Cadillac ou Lincoln. Aqui, com BMW X5, Audi
Q7, Mercedes G.
Estilisticamente suas linhas e cortes são
susto explicável. Como criar identidade
numa época de carros desenhados por computadores buscando eficiência
aerodinâmica, sem ficar parecido com os demais? Como não entrar numa roubada, situação atual de algumas marcas sem
conseguir uma assinatura visual ?
É atrevido em seu cortes de planos, nas
linhas laterais, na grade frontal corajosa, conseguindo agradar a clientes com
idade superior à de Land Rover. Conseguiu fazer escola e impõe-se. Fosse
coreano, seria execrado, imagina-lo-iam parente do estilisticamente desgovernado
Ssangyong. Sendo Lexus tem nível próprio.
Harmonia
O projeto de formulação inclui vanguarda de
manufatura para agradar às demandas dos clientes. Na prática, cuidados como a
pintura capaz de evitar pequenos arranhões, menores folgas entre as peças,
ajustes mais precisos, perceptíveis na sensação física de conforto pela
habitabilidade, pela rodagem macia, refinamentos nos órgãos mecânicos e sua
suavidade operacional. Motor, V6, 3,5 litros, 305 cv de potência a elevadas 6.300
rpm, 38 m.kgf de torque. Tem sistema de variação de tempo de abertura nas 24
válvulas, e engenheiros da Lexus forçaram o conceito até compatibilizá-lo com o
ciclo Atkinson.
A diferença é realizar quase todo o ciclo de compressão com as
válvulas de admissão abertas. Dizem os expertos, dá suavidade operacional,
obtém melhor aproveitamento térmico e, consequentemente, menor consumo. Até
agora tal ciclo era aplicável apenas aos carros híbridos, como há no Brasil o
Ford Fusion Hybrid, pois a dificuldade está nas rotações baixas e marcha lenta.
Aparentemente o Lexus RX abre caminho tecnológico.
Transmissão automática com 8 velocidades,
tração nas 4 rodas exposta em tela exibindo a dosagem de torque aplicada em
cada roda. Suspensão Mc Pherson frontal, multi braços na traseira, rodar suave,
transmissão com mudanças sem se fazer lembrar, e latinidade de comportamentos.
Da dona de casa querendo fazer economia com a posição ECO, à insandecida
buscando colocar a cavalaria a suar com o programa o S+, endurecendo a
suspensão, re regulando os freios, dando pressão reativa aos amortecedores,
fazendo o motor desenvolver potência máxima, dando mais precisão à direção, re
mapeando o acelerador para respostas mais rápidas. Contato ao solo com
imponentes rodas de aro 20” e pneus 235x55, limite mínimo de convivência com
buracos nacionais.
Controles por ampla tela com mais de 30 cm e
instrumentos digitais, mudando funções por mouse
no console. Enfim, pacote adequado à missão de oferecer conforto,
habilidades e visual – e personalidade em suas linhas marcantes.
Duas versões. RX 350 a R$ 337.350 e RX 350
F-Sport, R$ 352.950.
És
tímido? De pouca paciência? Compre um Renault Duster branco. Com o Lexus RX
sempre induzirá a explicações no condomínio, no clube, no serviço.
40
anos, 15 milhões de Fiat brasileiros
Operando industrialmente no Brasil desde
1976, Fiat comemora 40 anos com muitas conquistas. Maior, ter fendido a,
acredite, proibição de instalação de novas fábricas de automóveis no Brasil.
Outra, igualmente imponente, ter obtido maior produção sob o mesmo teto. E,
idem, realizado a mineirização entre
fornecedores, levando-os para Minas Gerais, industrializando o estado.
Outras conquistas, no campo dos produtos,
importante foi inovar com o motor em posição transversal; as menores folgas
entre partes móveis; de relevo, criar no Brasil, picape leve sobre plataforma
de automóvel, caso do atual picape Strada. Idem para versões Adventure, também
copiadas por outras montadoras, e o bloqueio seletivo da transmissão, o sistema
Locker – deveria chamar-se 4x1 ... –
ainda exclusividade da marca.
Mais
Operação buscando o ideal ecológico,
programas sociais para melhorar condições de vida e futuro no entorno da
fábrica, e conquistas mercadológicas:
primeira marca nacional a apresentar tampa
traseira em vidro – Mobi; idem para duas portas traseiras em picape – Toro;
disponibilizar Stop&Start; primeiro picape cabine estendida, 3 ou 4 portas;
sistema Blue&Me de comunicação e entretenimento; capacidade de queimar 4
combustíveis – o Tetrafuel; air bags
laterais – Marea, 1999; primeiro auto re-call,
rodas leves do Uno 1,5; idem para air bag
– Tipo 1996; computador de bordo – Prêmio, 1995; primeiro popular com ar
condicionado de fábrica – Mille 1994; turbo de série, Uno Turbo 1994;
democratização das 16 válvulas – Tempra, 1993; primeiro 1,0 nacional;
pioneirismo no álcool combustível, 147 – 1979.
Luz diurna
vale como farol baixo
Denatran, Departamento Nacional de Trânsito, acatou protestos da
sociedade e baixou entendimento sobre a Lei 13.290, tornando obrigatório uso
das luzes da farol baixo nas estradas. Órgão entendeu, os sistemas de
iluminação diurno, ditos DLR, por focos LED, equipamento de automóveis mais
recentes, devem ser considerados como atendendo à Lei.
Roda-a-Roda
Panamera – Sedã esportivo Porsche Panamera
chegará em novembro bastante renovado – motores, transmissões, conteúdo e
aparência. Plataforma mantida e aperfeiçoada. Frente se identifica com novo
911.
Opções – Tração integral,
transmissão de 8 marchas e duas embreagens, dois motores: V6, 2,9 litros, 440
cv, na versão S, e V8, 4,0 litros, turbo, 550 cv. Segue a Mercedes, aplicando
os turbos no V do motor. Suspensão a ar, painel assemelhado a smartphone,
botões e comandos substituídos por toque em tela de 30 cm. Versões para o
Brasil indefinidas em conteúdo e preços.
Hiper – Aston Martin e Red
Bull se uniram em projeto de automóvel topo de linha, rival do Bugatti Chiron e
seus 1.500 cv. Projeto AM-RB 001 é para 2018, em 99 unidades. Destas, 25 para
competição. Preço imaginado acima de E 3M.
Endosso - Na formulação,
ícones do setor: Adrian Newey chefe da equipe Red Bull de Fórmula 1, David
King, VP da Aston, e Marek Reichman, designer chefe.
Negócio – Motorização
Mercedes V12 – marca tem 5% do negócio.
Detalhes – Cada item será
estudado sob o ponto de vista funcional; ser o carro mais estável; relação
peso/potência 1:1 = 900 cv de potência e 900 kg de peso; velocidade final hoje
objetivada, 320 km/h. Plotado Chiron faz 420 km/h.
Caminhos - Há diferença
básica entre os produtos: o Bugatti é desenvolvido por engenheiros da
Volkswagen. O AM-RB por construtores de Fórmula 1.
Ilustração do AM-RB 001 |
Verdade
– Para fugir das dúvidas lançadas sobre a indústria automobilística sobre o
consumo – GM, Nissan e Mitsubishi foram surpreendidas com dados otimistamente
falsos – PSA fez acordo com duas ONGs e a auditoria do internacionalmente
respeitado Bureau Veritas.
Auditoria - Veículos
das marcas Citroën e Peugeot serão aplicados nas condições definidas por normas
de consumo – lotação, altitude, cidade, subúrbios, estrada, e os resultados
aferidos, comparados com os dados oficiais.
De
volta –
Kia definiu voltar a montar o caminhãozinho Bongo em sua linha industrial no
Uruguai. Interrompera a operação para compatibilizar estoque e consumo. Em
setembro nas revendas da marca.
Mercado – Para viabilizar operações na
fábrica catarinense recém inaugurada, BMW geriu exportar 1.000 unidades de seu
modelo X1 aos EUA.
Novo – Salão de Paris, setembro, nova
geração do Ford Fiesta. Maior, mais largo, distância entre eixos aumentada.
Previsão de produção, setembro 2017.
Projeto – Nomeando Steve St Angelo CEO –
executivo maior – para América Central, do Sul e Caribe, Toyota abriu o leque a
suprir mercados com produtos Mercosul: exportará argentinos picapes Hi-Lux e
utilitários SW4. Prevê aumentar atividade industrial em 30%, compensando queda
de compras do mercado brasileiro, maior cliente.
Idem – Por idêntica razão Nissan nacional
passou a enviar automóveis March e Versa 1,6 ao Paraguai, Bolívia, Chile, Peru
e Uruguai. Após, Argentina.
Ocasião – Dentro da mudança interna para
drenar pesadas perdas na América Latina e limpar pátio para a próxima linha
2017, Ford instiga vendas: Focus Fastback e Hatch, descontos respectivos de R$ 9.900 e R$ 8.500; Fusion, R$
10.000; EcoSport R$ 5.700.
Civic – 10ª série, iniciando nova geração
do Honda Civic chegará aos revendedores ao final de agosto. Mais comprido e
largo, cara agressiva abusando de linhas e ângulos, motor 1,5 litro, 4 cilindros,
16 v, variador para abertura de válvulas, turbo alimentador. Versão de topo.
Abaixo, o atual motor 2,0 atmosférico.
Fora
– Reduzir cilindrada, volume e peso dos motores, compensando com aumento de
potência por turbo e tecnologia é o caminho dos fabricantes – e definidor de
atualização. Nocivo na história é, exceto Volkswagen, os demais são importados.
Mercado
– Mercado de importados O Km deu
meia-trava na queda: as 18 marcas filiadas à Abeifa venderam 2.788 unidades em
junho, 3,4% acima de maio. Mas comparando primeiros semestres 2016 x 2015,
baixou 45,4%.
Usados – Mercado
de usados cresce, e anúncios no sítio Webmotors mais: entre janeiro e maio, 70%
relativamente a idêntico período em 2015.
Novos – De O km situação idêntica,
indicando ter atingido o fundo do poço e iniciado recuperação. Primeiro
semestre foi menor 26,3% ante igual período em 2015, mas em relação a maio,
houve modesto e esperançoso crescimento de 2,6%.
Atraso - Como referência numérica, a teoria
econômica do governo Dilma devastou números. A produção regrediu aos volumes de
2004 e as montadoras funcionam com menos da metade da capacidade industrial.
Diesel
– MWM, fabricante independente no
Mercosul fornecerá motores à XCMG, líder no mercado chinês em máquinas para o
segmento industrial. Diesel, Série 10 – 4.10 TCA, 100 cv de potência para
escavadeira feita pela XCMG em Pouso Alegre, MG. Não informou volume, prazo ou
valor do contrato.
Mais
– Volvo entrou no mercado de geração de
energia por sua divisão Penta, de motores marítimos e industriais, produzindo
em Curitiba motores diesel de seis cilindros e 13 litros. Brasil tem hoje
déficit energético de 50 TWh. Tem financiamento Finame, e Volvo quer
exportá-los a Equador, Bolívia e Paraguai.
Social – Rumo,
concessionária de ferrovias, criou programa Todo
Dia é Dia de Árvore, organizando plantio em municípios cruzados por suas
linhas em RS, SC, MT, MS e SP. Integra sustentabilidade e recuperação de áreas
degradadas.
Invenção – Neste mês patente de
vulcanização da borracha comemora 172 anos. Inventor por acaso o norte
americano Charles Goodyear misturou enxofre com borracha, abrindo caminho.
Fábrica e marca nada tem a ver com o inventor. Uso do sobrenome é homenagem.
Tema – Outro filminho Shell da série Um carro não conta só km, conta histórias. Neste, a relação entre o fotógrafo de aventuras Daniel Cotelessa e seu picape
Mitsubishi. Mescla lubrificantes para motor Helix com produção de conteúdo relevante aos consumidores, diz Leila Prati,
diretora de desenvolvimento da petroleira.
Antigos – Portal e.commerce www.arsenalcar.com.br,
atacadista de partes para veículos em produção e descontinuados, tem-nas para
nacionais antigos: Kombi, Fusca, Opala, Chevette, Corcel, Escort ... Sítio não
exibe área exclusiva para colecionáveis, mas basta procurar por marca. Preços
razoáveis.
Mais – Criou o SOS Peças, inédito e
gracioso. Pelo 0800.277.3625, consumidor liga,
informa peça demandada, e a Arsenalcar busca-a pelo país. Generosa? Sabida:
vendas a carros descontinuados são 19% do faturamento.
Paulinho (e), KG e Maurício. Agora, parece, a novela acaba. |
Presente – Maurício Marx, herdeiro e
executivo da paixão antigomobilística através de seu Universo Marx, aceitou
terminar longa restauração do Karmann-Ghia do compositor/cantor Paulinho da
Viola. Conversível no. 150, raro pelas 177 unidades aqui produzidas, Marx tem horizonte:
11 de novembro. Dia seguinte, comemorando 74 anos, Paulinho quer andar de KG.
Exercício – Dito Paulinho é tenaz. Já
tentou restaurações anteriores e numa delas descobriu-se apenas mero fato
midiático. Agora, parece, vai. O KG esteve parado por 34 anos; tem boa
estrutura; e demandados chaves duplicatas originais, manual do proprietário,
cópia da Nota Fiscal.
História – Detran/SP informa ter registrados
84 exemplares de Romi-Isetta, pequeno automóvel produzido em imaginadas 3.000
unidades entre 30 de junho de 1956 e 1º dezembro de 1961. Não alcançava a
legislação de incentivo do GEIA, e por isto inviabilizado pelo maior custo de
produção.
Gente
– José Rezende, o
Mahar, jornalista, homenagem póstuma. OOOO Nome do Troféu Clássico do Mês aos
encontros do Puma Clube do Rio de Janeiro. OOOO
* Roberto Nasser, edita@rnasser.com.br, é advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 42 anos a coluna De Carro por Aí. Na Capital Federal dirige o Museu do Automóvel, dedicado à preservação da história da indústria automobilística brasileira.
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