quarta-feira, 18 de outubro de 2017

EDUCAÇÃO.
Por José Renato Nalini*

POR QUE FAZER O SARESP?

O sistema de avaliação de rendimento escolar do Estado de São Paulo, conhecido como SARESP, será realizado este ano nos dias 8 e 9 de novembro, em todas as escolas estaduais. É destinado aos alunos dos 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental e aos da 3ª série do Ensino Médio.

As provas avaliarão o domínio e habilidades básicas nas duas disciplinas mais importantes e, paradoxalmente, aquelas em que maior fragilidade ostenta o ensino público paulista: Português e Matemática.

Os estudantes do Ensino Fundamental farão uma prova em que as respostas serão livremente manuscritas e os do Ensino Médio responderão questões em múltipla escolha. É a fórmula de familiarizar o aluno com os vestibulares, pois acredita-se que a imensa maioria de quem se dispuser a terminar o ensino médio enfrentará o ingresso à Universidade, em que os exames de seleção ainda vigoram.

Por que é que o SARESP há de ser feito, e com todo o empenho, por parte do estudante paulista?

Por várias razões. A primeira é que o SARESP é a principal ferramenta de avaliação externa adotada pela Secretaria da Educação. Dele resultará um diagnóstico da real situação da escolaridade básica paulista, hábil a orientar os gestores, monitorar as políticas direcionadas à melhoria da qualidade do ensino.

As informações do SARESP subsidiam as metas das escolas na elaboração do Idesp - Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo. Nesse ponto, é confortador constatar que sua última edição, em 2016, revelou que a rede estadual continua a avançar. Ainda é preciso muito, porque a situação brasileira confrontada com a de outros emergentes não é de nos orgulhar. Mas para o aluno é de extremo significado e relevo lembrar que o SARESP conferirá a nota à escola e constará do histórico escolar do aluno que saiu dali. É preciso ter motivos de orgulho por integrar um estabelecimento de ensino exitoso, respeitado por haver alcançado suas metas, por se tornar uma referência na educação pública, de maneira a propiciar ao egresso um bom reconhecimento quando vier a disputar funções ou postos de trabalho.

Os pais são peças fundamentais no estímulo a seus filhos, para que não faltem e levem com grande seriedade a realização dessas provas, das quais dependerá o futuro da escola e o reconhecimento da comunidade pelo trabalho que ali se realizou, se realiza e continuará a ser realizado.









José Renato Nalini é secretário da Educação do Estado de São Paulo, Imortal da Academia Paulista de Letras e Membro da Academia Brasileira da Educação. 
Visite o blog: renatonalini.wordpress.com.


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