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sábado, 5 de julho de 2014

AUTOS&FATOS.
por Percy Faro*

VOCÊ JÁ VIU GLOBELEZA LOIRA?
7/2/2014

Mais uma do país do “faz de conta”, onde prevalece a patifaria, a incompetência e o ato de governar na base do “quero que o cidadão se lixe”. As autoridades (sic) estaduais ainda não sabem quando começarão a fiscalizar as novas regras exigidas dos motoboys, em vigor há quase um ano.

Pela legislação, os profissionais de motofrete devem obedecer a uma série de exigências relacionadas à segurança viária, como o cumprimento de um curso de especialização de 30 horas, com aulas práticas e de ética, segurança no trânsito e cidadania, e a instalação, na moto, de protetores de perna e antena que corta linhas com cerol.

Reunião entre entidades do setor e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em Brasília, estabeleceu que cada um dos Detrans do País seguiria um cronograma próprio para a fiscalização, observando as especificidades dos Estados.

O prazo limite dado na época para que a vistoria com multas passe a ser feita é de 12 meses, ou seja, fevereiro de 2014. Os motoboys ficarão sujeitos a autuações de R$ 191,54 e à apreensão de motos, se não estiverem de acordo.

Detalhe: em dezembro último, os safados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) informaram que "a data de início e o formato da fiscalização de motofretistas e mototaxistas ainda estão sendo discutidos entre Detran-SP, Comando de Policiamento de Trânsito da Polícia Militar e representantes da categoria".

Acreditou que desta vez seria diferente? Então, com certeza, você é o cara que já viu Globeleza loira...


MÃO E CONTRAMÃO...

TEM AMERICANO matando jacaré a beliscão de tanta inveja. A Mercedes-Benz Classe S e a icônica off-road Classe G foram eleitas os melhores veículos de suas categorias. Essa foi a decisão dos leitores da revista especializada "Auto Motor und Sport", como resultado de ampla pesquisa.

Os dois modelos da Mercedes-Benz receberam o título de "Melhor carro de 2014". Um total de 115.285 leitores fez parte da votação, que tem a duração de um ano, para escolher o melhor carro do ano. Os dois modelos são a Classe S, vitoriosa na categoria luxo, enquanto a Classe G ficou no topo da categoria off-road.

Há muito tempo, a Classe S tem sido referência mundial em avanço tecnológico e luxo automotivo. Ela também traz sistemas de segurança inovadores que incluem até mesmo uma função de condução parcialmente autônoma em engarrafamentos.

Já a Classe G, como um clássico veículo off-road, continua a trilhar sua história de sucesso. Foi o automóvel que lançou os fundamentos da família de utilitários esportivos da Mercedes-Benz, já em 1979. 

Desde aquela época, a Classe G tem sido continuamente aperfeiçoada.

Sabe o ditado popular que diz “Quem não faz, toma”? Então, ele vale também para o segmento automotivo...

QUANDO SE enfia os pés pelas mangas só pode dar bobagem...O escritório Tyrola, Carvalho, Borges e Duarte Advogados obteve sentença favorável em ação movida contra a Caltabiano Veículos Pinheiros. 

No processo, o juiz Régis Rodrigues Bonvicino, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu ao autor Daniel Aguiar Morelli rescisão do contrato de compra e venda do automóvel zero kilômetro Cooper Countryman, a restituição de R$ 195 mil - referente ao valor do veículo adquirido à vista-, e o pagamento de R$ 19,5 mil por danos morais.

A concessionária também foi condenada a pagar os custos referentes às despesas processuais e honorários dos serviços advocatícios contratados pelo autor da ação, fixados em 10% do valor do débito atualizado.

A condenação da loja de veículos se deu por ter se recusado a reparar infiltrações decorrentes do serviço de blindagem comercializado e mal executado no local, bem como por não ter providenciado a substituição da tapeçaria do veículo, que ficou encharcada e com mau cheiro em decorrência da entrada de água.

E agora, dona Caltabiano? A senhora também vive do consumidor!

VEJA O QUE disse Steven Armstrong, presidente da Ford América do Sul, na apresentação do Ka Concept 4-Portas, em São Paulo: “É um carro compacto que, além de prático e acessível, oferece design atraente, tecnologia avançada, economia de combustível, segurança, qualidade e atributos inovadores para completar a nossa linha no segmento mais importante do mercado"...

E mais: "A Ford estabeleceu como meta ter sua linha no Brasil 100% formada por veículos globais em 2015 e vamos atingir esse objetivo já em 2014. O conceito exibido hoje faz parte desse plano".

Então aguardemos!







Percy Faro (percyfaro@gmail.com) é jornalista profissional há 38 anos. Especializou-se no setor automotivo há 23 anos, período em que atuou em diversos veículos do segmento específico, entre eles as revistas 4x4, Moto, Oficina Mecânica, O Mecânico e Jornauto. Integrou a equipe que fundou a Revista Carro e foi produtor e apresentador do Programa Carro, da TV Gazeta - SP, e editor do Jornal Veículos, do Diário do Grande ABC.

AUTOS&FATOS. PercyFaro*

A KOMBI NÃO MORRE E PRONTO!
18/12/2013

Ontem o governo federal deu o primeiro passo no sentido de desistir de adiar a obrigatoriedade de airbags e freios ABS para 100% dos carros fabricados no Brasil. Com isso, a regra, definida pelo Conselho Nacional de Trânsito em 2009, passa mesmo a valer em 1º de janeiro de 2014. Este ano, 60% dos carros nacionais já saíram de fábrica com estes equipamentos de segurança.

Digo “primeiro passo” porque a lambança ainda não terminou. Por exemplo: uma reunião marcada para o dia 23 pode decidir por uma exceção à Kombi, cuja estrutura não permite a instalação (ou não justifica o custo) dos equipamentos. De acordo com o ministro Guido Mantega, o governo estudará beneficiar o utilitário da Volks por não ter similar no mercado.

Em outras palavras, seria assinada a sentença de morte se o modelo não escapasse à obrigatoriedade de airbags e ABS. E, de novo, o ministro falou ao invés de ficar calado: "Não houve resistência das montadoras em criar um perdão para a Kombi porque o produto não tem concorrência. Não é caminhonete, não é automóvel. Não é veículo. É um produto diferente, sem similar", disse Mantega.


Então, se a Kombi não é nada disso, o que ela é na opinião do ministro? Mantega afirma ainda que a Fiat pediu que o Mille também fosse isento da exigência, mas não houve concordância das outras empresas porque ele tem similares na concorrência capazes de receber airbags e ABS. Assim, o compacto da Fiat deve ser extinto no próximo ano.

Entre atitudes e reações trágicas e cômicas, a população boquiaberta e incrédula se pergunta por que uma terra com tantos predicados positivos como o Brasil é governada (sic) por uma legião de incompetentes safados, corruptos e mal intencionados?

Em nome de uma agremiação autointitulada partido político, Guido Mantega está barganhando vidas humanas por 4 mil empregos da linha de produção da Kombi. O que mais há de se esperar de gente que está rifando o país em causa própria?

Para quem falou o que não deveria ter falado, é bom lembrar que um estudo elaborado pelo Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) apontou que 3.426 mortes de condutores de automóveis e camionetas poderiam ter sido evitadas pelo uso do airbag. O relatório considerou o período compreendido entre os anos de 2001 e 2007, ou seja, 489 vítimas fatais salvas por ano. Esse volume é 1,4% do total de 35 mil mortes decorrentes de acidentes de trânsito brasileiro por ano.

Ainda de acordo com o levantamento, o airbag poderia proteger 71.047 pessoas de ferimentos leves - 10.150 vítimas leves evitadas por ano -, desde que elas estivessem usando o cinto de segurança; e poupar R$ 1,58 bilhões em gastos relacionados a traumas sem gravidade. No caso das vítimas fatais, o impacto econômico seria de R$ 630 milhões - R$ 90 milhões por ano. Se somarmos os dois tipos de vítimas, o impacto total seria de R$ 2,2 bilhões em sete anos.

De acordo com o Cesvi Brasil, as estimativas econômicas consideraram que, por meio do uso do airbag, a vítima fatal passaria a ser contabilizada como ferida e a vítima ferida, por sua vez, como ilesa, segundo critérios adotados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O que representa 4 mil empregos diante desses números?

Há certos momentos em que o silêncio é a melhor declaração, senhor ministro.







Percy Faro (percyfaro@gmail.com) é jornalista profissional há 38 anos. Especializou-se no setor automotivo há 23 anos, período em que atuou em diversos veículos do segmento específico, entre eles as revistas 4x4, Moto, Oficina Mecânica, O Mecânico e Jornauto. Integrou a equipe que fundou a Revista Carro e foi produtor e apresentador do Programa Carro, da TV Gazeta - SP, e editor do Jornal Veículos, do Diário do Grande ABC.

AUTOS&FATOS.
por Percy Faro*

TROCA DE VOTO POR CARRO PELADO?
15/12/2013

Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica. Ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina”. A frase de Nelson Rodrigues é perfeita para a postura do governo Dilma diante do possível adiamento da obrigatoriedade de freios ABS e airbags frontais em todos os carros fabricados no Brasil. Prevista para vigorar a partir de 1º de janeiro de 2014, deve ficar para 2016.

A definição está prometida para esta semana, mas seja ela qual for, a incompetência e a falta de vergonha na cara já produziram efeitos negativos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alegou que haveria um impacto financeiro com o acréscimo dos itens de segurança a partir do ano que vem. "Estamos preocupados com o preço do carro, que subiria de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil", disse Mantega.


Mentira, mentira deslavada. Estão, isso sim, medindo o impacto nas eleições de 2014. Querem saber, principalmente junto a sindicalistas, quantos votos representariam na boa das urnas as demissões provocadas pelo fim da produção de alguns veículos. Além da Kombi e Gol G4, ambos sem condições estruturais de receber ABS e airbags, há outros modelos nacionais que estão com a corda no pescoço devido ao aperto nas normas de segurança, e que podem ganhar sobrevida. Entre eles, Ford Ka e Chevrolet Classic.


Hoje, 60% dos veículos já têm os equipamentos, e em janeiro passaria para 100%. O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, afirmou que o acordo com o governo federal prevê estender a obrigatoriedade de ABS e airbags a 70% dos carros nacionais em 2014; a 80% em 2015; e a 100% só a partir de 1º de janeiro de 2016. Os sindicalistas já dão o acordo como favas contadas.

É aqui que entra em cena o sujeito que se submete ao idiota (ou o idiota o extermina) a que se refere Nelson Rodrigues.  Se autorizar o adiamento da obrigatoriedade, deixando de ampliar a segurança veicular, o governo simplesmente vai ignorar o fato que poderia evitar pelo menos 800 mortes das 40 mil que o trânsito brasileiro provoca anualmente.

Estão chegando ao absurdo de trocar vidas humanas por carros pelados, cujas vendas são direcionadas especialmente a frotistas, órgãos públicos e profissionais autônomos. E até o momento, tudo indica que na disputa pelo poder do país a corrupção e a impunidade levam nítida vantagem sobre a decência, a honestidade e o respeito. Vide os maus exemplos dos mensaleiros, que mesmo trancafiados (sic) se julgam diferentes de seus semelhantes, inclusive de seus pares na Papuda.

Outro efeito colateral perigoso da contramão em que se meteu o governo está nas palavras de quem sabe o que fala e passa longe das maracutaias oficiais: “O provável adiamento para 2016 do prazo para a obrigatoriedade de instalação de airbags e freios ABS em 100% dos novos automóveis vai inibir investimentos das fabricantes de autopeças em novas tecnologias. Quem vai investir se o governo, na calada da noite, muda as regras do jogo?", questiona Besaliel Botelho, presidente da Bosch, uma das maiores fabricantes de componentes da América Latina.

Primeira empresa a produzir freios ABS no Brasil e responsável por 50% das vendas do sistema, a Bosch investiu quase R$ 70 milhões para produzir o equipamento em Campinas (SP), a partir de 2007. "Ampliamos a produção em 2012 para atender à nova demanda e agora estamos com esse mico, assim como outras empresas que investiram em tecnologias de segurança, como o airbag", afirma.


E agora, presidenta Dilma? Ainda dá tempo prá engatar a marcha ré...







Percy Faro (percyfaro@gmail.com) é jornalista profissional há 38 anos. Especializou-se no setor automotivo há 23 anos, período em que atuou em diversos veículos do segmento específico, entre eles as revistas 4x4, Moto, Oficina Mecânica, O Mecânico e Jornauto. Integrou a equipe que fundou a Revista Carro e foi produtor e apresentador do Programa Carro, da TV Gazeta - SP, e editor do Jornal Veículos, do Diário do Grande ABC.

AUTOS&FATOS.
por Percy Faro*

HIPOCRISIA E IMPUNIDADE
18/9/2013

A hipocrisia está na realidade brasileira. O País registra um acidente a cada 30 segundos; duas indenizações a cada minuto. Os números, obviamente, assustam. Segundo o Ministério da Saúde, em 2010 os acidentes de trânsito resultaram em 40.610 mortes.

De acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), entre 2002 e 2010, o número total de óbitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24% - saltou de 32.753 para 40.610 mortes. Com base nesses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o Brasil como 5º País do mundo em mortes no trânsito.

Em artigo publicado recentemente no jornal Estado de S. Paulo, o especialista em direito de seguros Antonio Penteado Mendonça comentou: “Se as indenizações pagas representassem o total das mortes no trânsito, teríamos praticamente 150 mortes por dia, ou 6,25 mortes por hora. Além disso, teríamos diariamente 596 pessoas inválidas, ou quase 25 vítimas por hora”.

E foi além: “A realidade, porém, é pior porque nem todos reclamam o seguro. São números apavorantes, em primeiro lugar pela constatação de que o trânsito brasileiro é um dos principais assassinos do País. Em segundo, porque ele é mais cruel ainda, ao deixar inválidas 107 mil pessoas a cada seis meses. E, em terceiro, mas não menos importante, porque o custo social desse quadro é muito mais caro do que o total das indenizações pagas pelo DPVAT”.

Existe uma cultura de descumprimento da lei que grassa no País todo. Para o especialista se o trânsito não for encarado como prioridade e receber investimentos, entre eles em educação, os brasileiros continuarão sendo vítimas dos veículos e de seus motoristas.

Outro levantamento, realizado pelo Instituto Avante Brasil, apontou que 127 pessoas morreram por dia no trânsito em 2012. Ou seja, uma morte a cada 11 minutos e 21 segundos. No período da pesquisa, que ocorreu de 1980 a 2010, houve um crescimento de 115% no número de mortes nestas situações. Entre 1980 e 2012, trânsito brasileiro superou a marca de um milhão de mortes.

A impunidade é uma das principais causas do progressivo agravamento da violência no trânsito que inclusive levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a proclamar 2011/2020 como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito. Os rastros de sangue pelas ruas e avenidas surgem todos os dias.

Os vergonhosos exemplos de descaso da justiça e a maneira muitas vezes até infame da lei ser interpretada por agentes de trânsito e policiais chegam às raias do absurdo. Um caso ocorrido em 1996 serve para ilustrar o porquê da escalada criminal sobre quatro rodas. O automóvel ocupado por pai e filha (ele, 25 anos de idade, ela um bebê de apenas seis meses) foi atingido por um irresponsável insano que avançou o sinal vermelho, matou a ambos e fugiu.

Passaram-se 15 longos anos e após uma luta sem trégua da família em busca de justiça, o criminoso foi encontrado e julgado. A sentença? Respondeu em liberdade à condenação de apenas um ano e nove meses.

A irresponsabilidade dos motoristas não deve e não pode ser tratada pela lei como simples acidente, quando na verdade é crime. As leis de trânsito precisam ser mais rigorosas, as penas maiores e realmente cumpridas. Mas, como fazer isso se cabe apenas e tão somente ao Congresso Nacional virar o jogo?

Portanto, mais uma vez a sociedade acaba nas mãos de senadores e deputados também nesta questão. Alguém acredita numa tomada de posição honrada e decente por parte da classe política? Realmente não há como acreditar. Senado e Câmara não passam de um balcão de negócios. Entre os lobistas prevalece o toma lá, dá cá. E tudo fica ainda mais difícil diante de espetáculos como aquele que o Supremo Tribunal Federal nos brindou ontem!

Passei a fatídica quarta-feira, dia 18, pensando positivamente no artigo escrito pelo advogado José Paulo Cavalcanti Filho, membro da Comissão Nacional da Verdade, assim encerrado: “Hoje, não estarão em julgamento os embargos infringentes. Hoje, quem será julgado é o Supremo”.

Infelizmente, a sentença não foi positiva para o povo. A sensação de impunidade deu mais um passo largo, queiram ou não os letrados juristas! 









* Percy Faro (percyfaro@gmail.com) é jornalista profissional há 38 anos. Especializou-se no setor automotivo há 23 anos, período em que atuou em diversos veículos do segmento específico, entre eles as revistas 4x4, Moto, Oficina Mecânica, O Mecânico e Jornauto. Integrou a equipe que fundou a Revista Carro e foi produtor e apresentador do Programa Carro, da TV Gazeta - SP, e editor do Jornal Veículos, do Diário do Grande ABC.