A metrologia tem relação direta com a história da indústria automotiva. No princípio, equipamentos eram aplicados para suportar o desenvolvimento de produtos, a manufatura de veículos e o controle de qualidade. Com a evolução das técnicas de desenvolvimento e produção e dos métodos de gerenciamento da qualidade, a ciência da medição se reinventou, especialmente, no que tange à tecnologia. Provou que não está apenas ligada às atividades de qualidade assegurada, mas à conceituação do produto e ao gerenciamento da produção.
Hoje podemos afirmar – muito em função da globalização – que o nosso parque fabril acompanha de perto os avanços tecnológicos das grandes potências. Aqui a medição óptica também é tendência no setor automotivo. Graças aos avanços tecnológicos que tornaram os equipamentos mais acessíveis, métodos estão sendo mais fortemente percebidos dentro das indústrias e têm ocupado cada vez mais o lugar das tradicionais práticas de medição por contato, especialmente, nos processos de fabricação, quando peças pequenas e de geometria complexa são envolvidas.
Os ganhos qualitativos e quantitativos proporcionam resultados que impressionam metrologistas e gestores. A medição de formas e dimensões, nunca antes verificadas, possibilita a obtenção de uma gama incalculável de variações. Isso com facilidade e em velocidade elevada.
Não diria que haverá plena substituição das tecnologias de medição por contato, porém, certamente, o incremento dos equipamentos de medição óptica será expressivo tanto nas montadoras quanto na cadeia de suprimentos, nos próximos 10 anos. Tecnologias já têm sido aplicadas em componentes de acabamento final, que estão no raio de ação do olhar do cliente, como faróis e lanternas, e painel de instrumentos.
Mas muitas características de medição ainda dependem de contato para definição, a exemplo da rugosidade superficial. Peças que requerem maior precisão durante o dimensionamento ainda demandam medição por contato como componentes usinados do motor. Entre eles estão câmara de combustão, engrenagens, pistão, biela e válvulas, que necessitam de controle de milésimos de milímetro.
A evolução tecnológica atualmente é imprevisível. Quem poderia dizer há 10 anos que teríamos diversas possibilidades em um único aparelho na palma da mão? Não conseguimos mais viver sem a evolução contínua.
Naturalmente, as bases de medição serão as mesmas – para a tranquilidade dos profissionais de metrologia – mas os métodos sofrerão modificações e certamente novos surgirão. Quando falamos de futuro, não consigo deixar de pensar na associação da medição óptica com a realidade virtual. Quando falamos de criação de malhas por meio de medição óptica, a metrologia invade, definitivamente, as disciplinas de prototipagem e engenharia reversa.
* Rodrigo Lemos é engenheiro e o chairperson do Simpósio SAE BRASIL de Metrologia 2014.
** Esses e outros assuntos serão discutidos durante o Simpósio SAE BRASIL de Metrologia 2014, dia 27 de novembro, em Resende/ RJ. O encontro apresentará o tema “Diversidade da Metrologia na Mobilidade”, com foco em inovações tecnológicas, melhores práticas e principais tendências para o atual mercado da mobilidade.
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Maria do Socorro Diogo
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