quarta-feira, 3 de junho de 2015

CURITIBA ECOLÉTRICO COMPLETA UM ANO E TEM MINIÔNIBUS INCORPORADO À FROTA.

Um miniônibus elétrico passará a integrar a frota do projeto-piloto Curitiba Ecoelétrico, que completa um ano de operação neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

Desenvolvido em parceria entre Itaipu Binacional, Prefeitura de Curitiba, Aliança Renault-Nissan e Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (Ceiia), de Portugal, o projeto já conta com uma frota de 12 veículos elétricos e dez eletropostos, conectados a um centro de monitoramento e controle. 

Montado na usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, o miniônibus elétrico tem capacidade para 16 pessoas sentadas. Com chassi Agralle, e carroceria Mascarello, o veículo deve seguir viagem para Curitiba nos próximos dias. O elétrico deverá ser usado pela Secretaria de Turismo do município. A entrada em operação deve acontecer ainda este mês. 

Segundo a diretora financeira de Itaipu, Margaret Groff, apesar de não ser incorporado ao transporte coletivo da capital, “a utilização do miniônibus na frota do Ecolétrico trará insumos importantes para o desenvolvimento tecnológico da plataforma, que tem como finalidade a interação entre os diferentes modais e o compartilhamento de veículos, entre outros benefícios”.

Margaret Groff coordena o programa de Mobilidade Inteligente de Itaipu, que mantém outros três projetos-piloto, além do Curitiba Ecoelétrico: o Mob-i, na própria usina, o Brasília Ecomóvel e o Mob-i ONU, ambos desenvolvidos na capital federal. Além dos carros elétricos (28 no total, incluindo todos os pilotos), o Mob-i conta com postos para abastecimento (os eletropostos) e utiliza a plataforma Mobi.me, aplicativo que fornece em tempo real indicadores como o dinheiro poupado em abastecimento, o CO2 que deixou de ser emitido na atmosfera e o número de quilômetros rodados.

Em Curitiba, os elétricos são utilizados pela Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), Departamento de Proteção Animal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e pelos gabinetes do prefeito e da vice-prefeita. 

Economia de seis toneladas de dióxido de carbono


Em um ano de funcionamento, o Ecoelétrico poupou o céu da capital paranaense de receber quase seis toneladas de dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global. O número equivale a 4.722 litros de gasolina, ou 29,5 barris de petróleo (considerando 160 litros de combustível para cada barril de petróleo). Neste período, a frota percorreu 47.226 quilômetros, o suficiente para dar, com sobra, uma volta inteira na Terra pela linha do Equador.

Reconhecimento internacional 


Em janeiro, o Curitiba Ecoelétrico foi selecionado pela Fundação Konrad Adenauer e o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade para integrar a publicação Sustentabilidade Urbana: Experiências na América Latina. O trabalho tem o objetivo de disseminar casos de sucesso de cidades latino-americanas em temas que vão da infraestrutura verde urbana à gestão sustentável de recursos naturais. 

A experiência de Itaipu e parceiros também foi apresentada em diversos fóruns no Brasil e no mundo – como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 20), em dezembro, em Lima, no Peru; no Smart City Expo World Congress, em Barcelona (Espanha); e no 28º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, a maior feira automobilística da América Latina. 

Para Margaret Groff, o reconhecimento internacional mostra que as ações de Itaipu nas áreas de sustentabilidade, inovação e meio ambiente têm potencial de servir de referência na formulação de políticas públicas, contribuindo para a melhoria da vida nas cidades. 
Além do Mob-i, Itaipu desenvolve desde 2006, em parceria com a companhia suíça KWO e outras empresas do Brasil e do exterior, o Programa Veículo Elétrico (VE). A empresa já montou em um galpão dentro da usina mais de 80 protótipos elétricos, a metade incorporada à própria frota e o restante destinada a empresas parceiras do programa. 

As linhas de pesquisa incluem carros de passeio, caminhão, utilitário, ônibus e até um avião, todos equipados com motor elétrico. A empresa também mantém uma oficina para montagem dos compactos elétricos modelo Twizy, em parceria com a Renault, e trabalha no projeto da bateria de sódio nacional, com recursos da Finep e parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Outro projeto é na área de armazenamento de energia, em conjunto com o Exército brasileiro. 

No mês passado, a Itaipu deu outro passo importante na mobilidade elétrica. A Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) assinaram uma carta-compromisso com a empresa inglesa de tecnologia Mira, uma das mais importantes consultorias mundiais do ramo de pesquisa de veículos híbridos e elétricos, para o desenvolvimento e a fabricação de uma bateria de lítio de arquitetura modular, para uso em transportes e energia estacionária. A previsão é que essa bateria fique pronta em até dois anos. 

Bateria de lítio


A bateria de lítio prevê uma abordagem modular, isto é, poderá ser utilizada em diversos meios de transporte, desde motocicletas até caminhões e ônibus. Mas o foco principal dessa bateria é permitir o armazenamento de energia verde, como a eólica e a solar.

Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional


Itaipu Binacional
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A Itaipu: Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

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