VOLUNTÁRIOS DA GM REFORMAM CASAS EM HELIÓPOLIS.
Eles largaram suas mesas, prensas, ferramentas sofisticadas, pistas de testes, laboratórios e muitos outros afazeres na fábrica para participar de um mutirão na Comunidade de Heliópolis, onde assumiram pás, pincéis, brochas, tintas, cimento, martelos, pregos, serrotes e outros artefatos necessários para a reforma de uma casa. Veio gente até do Rio Grande de Sul para pintar ou rebocar paredes. Claro, todos usando material de segurança, como capacetes e luvas, porque, caso contrário, o pessoal da CIPA da empresa poderia dar uma compostura neles.
O grupo que "invadiu" Heliópolis era formado por funcionários da General Motors do Brasil, que mantém o Instituto GM. Na comunidade, todos obedeciam ordens, só que não do presidente da empresa, Santiago Chamorro, que ali também estava, porém de pedreiros, pintores e carpinteiros, que passavam as instruções sobre como proceder em cada etapa dos trabalhos que duravam um final de semana. Graças a estes ensinamentos, Arnaldo Uliana, gerente de produção com 32 anos de GM, e que viajou de Gravataí (RS, onde a GM tem fábrica), se orgulha em dizer que hoje "é capaz de fazer, muito bem, o reboco de uma parede".
O Instituto General Motors, promove estas ações de voluntariado com seus funcionários, de todos os níveis da empresa, para ajudar ao próximo. Nem sempre o trabalho é braçal como este de Heliópolis. O IGM atua em várias direções, como ensino, saúde, meio ambiente e outras.
Arnaldo lembra que os profissionais eram extremamente rigorosos, acompanhando o trabalho dos voluntários com atenção. "Nada de amolecer o corpo", conta que falavam, exigindo cuidado com o desperdício. "Eu já havia participado de eventos como este em Porto Alegre (RS), onde vivo, mas nunca tão gratificante."
Alcione Viana, presidente do Instituto, destaca que as reformas das casas não são feitas de graça. Os voluntários nada ganham, mas os moradores têm um custo, ainda que simbólico, para a compra dos materiais necessários. É muito pouco o que pagam, mas é uma forma de valorizarem ainda mais o que é feito.
E neste dia de trabalho pesado, o que fez o presidente da GM? Primeiro proibiu de ser identificado como tal. Depois, Santiago Chamorro fez aquilo que já fizera na Colômbia, onde também foi presidente da GM: assentou pisos na casa onde atuou. E, orgulhoso, diz que realizou um bom trabalho, ressaltando que "não queremos a solução de um problema, mas sim parte desta solução, não sendo assistencialistas, mas sim colaboradores".
Foi um dia, destacam Ana e Arnaldo, que vai ficar na nossa história, com a transformação que foi inserida em nossas vidas.
Ah, sim, o almoço do grupo foi num restaurante, "por kilo", regado a Tubaína e guaraná Joinha, e, claro, cada um pagou sua conta. Uma delícia, garantem todos.
* chicolelis é jornalista e escritor de livros infantis. Tem passagens pelos jornais A Tribuna, de Santos, O Globo e Diário do Comércio. Trabalhou nas assessorias de imprensa da Ford, Goodyear e General Motors do Brasil. Atualmente é colaborador da Motorpress Brasil onde criou a coluna Além do Carro. Escreva para o Chico: chicolelis@gmail.com.
* chicolelis é jornalista e escritor de livros infantis. Tem passagens pelos jornais A Tribuna, de Santos, O Globo e Diário do Comércio. Trabalhou nas assessorias de imprensa da Ford, Goodyear e General Motors do Brasil. Atualmente é colaborador da Motorpress Brasil onde criou a coluna Além do Carro. Escreva para o Chico: chicolelis@gmail.com.
Texto publicado originalmente no site Carro Online. Visite: carroonline.terra.com.br.
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