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segunda-feira, 16 de julho de 2018

O DIA EM QUE O CRAQUE JORNALISTA VIROU O MAIOR CRAQUE FUTEBOLISTA.
Por Chico Lelis*



Edson Arantes do Nascimento. Poucos são aqueles que não sabem quem está por trás desse nome, certo? Odair Pimentel. Muito poucos, mas poucos mesmo, sabem o que esse nome representa, certo? Pois em um determinado dia, em 1966, na África, eles se tornaram um único ser: PELÉ. Pois vou contar como isto aconteceu.

Corria o ano de 1966, Pelé já era ídolo mundial, adorado na Vila Belmiro onde fazia gols memoráveis, ao lado de Coutinho, Pepe, Dorval, Mengálvio, Zito e Edu, entre outros, só pra mencionar atacantes e meio campistas.

Por seu lado, Odair Pimentel era repórter esportivo, um dos mais conceituados do setor, que então escrevia para o Diário de São Paulo.  E, como tal, “cobria” o Santos F.C., o maior time do mundo em sua época.

Naquele ano, o Santos fez sua primeira excursão à África, e Odair viajou com a “Seleção” e outros jornalistas brasileiros. Ao pousar no aeroporto, o avião foi cercado pela população que não deixava espaço para ver o chão. A polícia local, para evitar que invadissem o aparelho, usava enorme cassetetes, como se fossem tacos de golfe.

Todos queriam ver o ídolo PELÉ. Gritos, choros, delírio total. Ao ver aquilo, o maior jogador de todos os tempos tremeu. E a cena era realmente assustadora. Ele então sugeriu que Coutinho fosse o primeiro a sair, com a camisa 10.  O centroavante, claro, se negou. Mengalvio, também não aceitou ser sósia do Rei, assim como nenhum outro negro do time. Daí, alguém olhou pro Odair Pimentel e falou, Odair, põe a camisa do Pelé e vai lá.

Sem entender direito o que estava acontecendo, Odair se sentiu honrado com aquela escolha e colocou a camisa número 10 sem titubear.

- "Chico, quando a porta foi aberta e vi aquele povo todo querendo entrar na marra no avião e a polícia batendo neles como se fossem bolas de golfe, com aqueles cassetetes enormes, me arrependi, mas já era tarde. Desci as escadas do avião pensando que ia ser engolido pela massa. Entrei num carro branco, conversível, e segui vendo aquele mar de gente gritando PELÉ, PELÉ. E não havia espaço aberto, todos queriam chegar no carro. Foi amedrontador, mas emocionante ao mesmo tempo”.

Obs: estes dois últimos parágrafos são literais, fatos a mim contados pelo próprio ODAIR PIMENTEL, com  quem tive a honra de trabalhar na Sucursal de O Globo, em São Paulo, no início dos anos 80, na deliciosa redação, no Conjunto Zarvos, na Consolação x São Luís, um das mais badaladas esquinas de São Paulo, naqueles tempos. Há uma versão de que terroristas da época haviam ameaçado matar PELÉ, e que Odair foi no lugar dele para preservar o amigo. Mas a versão que narro aqui me foi contada, ao vivo, pelo próprio “clone” do Rei.

Obs II: Em 1969, o Santos voltou à África e, para que o jogo transcorresse normalmente, interrompeu-se uma guerra no Congo (*) 

(*) Em 1969, a equipe paulista foi até a África para a promoção da sua equipe. A viagem incluía uma passagem na República Democrática do Congo (na época o país era conhecido apenas como Congo ou Congo belga). Porém o país passava por um momento difícil com a chamada Crise do Congo que perdurou por toda a década de 60. Na época, os militares tentavam se manter no poder, após um golpe de estado acontecido em 1968. Para chegar até o local da partida programada, a cidade de Brazzaville, o Santos precisava atravessar a capital do país, Kinshasa. Porém não havia grande condição para que essa passagem acontecesse de forma tranquila. Foi necessário um grande apelo popular para que isso fosse possível. A partir do momento do cessar-fogo temporário, os exércitos das duas partes envolvidas no conflito escoltaram os santistas até o hotel e depois até o estádio onde seria realizada a partida.






* chicolelis - chicolelis@gmail.com  Jornalista com passagens pelos jornais A Tribuna (Santos), O Globo e Diário do Comércio. Foi assessor de Imprensa na FordGoodyear e, durante 18 anos gerenciou o Departamento de Imprensa da General Motors do Brasil. Assina a coluna “Além do Carro”, na revista Carro, onde mostra ações do setor automotivo nos campos Social e Ambiental.


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

VOCÊ SABIA?
chicolelis conta*

A FORD TAMBÉM CUIDA DE DENTES.


Há 16 anos, em abril de 2000, a Ford abraçou o projeto criado pelo cirurgião-dentista, Cássio Melo, para atender a caminhoneiros nas estradas brasileiras. Até hoje, ele tratou de 55 mil profissionais do volante no transporte de cargas e também de 23 mil moradores das comunidades próximas aos locais onde o “Odontomóvel” – o caminhão Ford transformado em consultório de dentista - estacionava na beira das estradas em todo o Brasil.


"O plano inicial era atender somente aos motoristas de caminhão, mas como recusar aos apelos das pessoas que precisavam de tratamento?, justificou Cássio Melo (foto). E, com o apoio da montadora, o atendimento foi ampliado.

O profissional tem histórias tristes sobre o seu trabalho, como a de um caminhoneiro que não sentava numa cadeira de dentista há 33 anos, ou o caso que o levou a ter a ideia do projeto, quando atendeu a um motorista que, com uma insuportável dor de dente, usou ácido de bateria do caminhão. Tirou a dor, mas causou danos quase irreversíveis em sua boca.

Há também o caso positivo do motorista, no Maranhão, que desviou 200 km do seu destino para ser atendido pelo doutor Cássio, que acha necessária a criação de uma política de saúde bucal, que não existe no Brasil. 


Prevenindo o futuro

Com os bons resultados do “Odontomóvel” junto aos caminhoneiros, Adriane Rocha, gerente de Relações Corporativas da Ford, em uma reunião com sua equipe propôs algo que poderia evitar no futuro o surgimento nas estradas e nas comunidades atendidas de "novos caminhoneiros" com problemas dentários. Assim, foi criado um segundo projeto para atender crianças das escolas públicas em regiões onde a montadora tem fábricas.


No bairro Santa Tereza, em Taubaté, a odontopediatra Bruna Renata Santana está atendendo 580 crianças (180 já passaram pelo Odontomóvel), com a ajuda de Áurea de Jesus, formada como auxiliar técnica de higiene bucal. Elas também já passaram pela zona rural do município, onde atenderam 760 menores carentes.

Ariane Cristina de Toledo, 11 anos, é aluna da escola onde Bruna e Áurea atuam. Depois de ser submetida a um tratamento para remoção de cárie, restauração e uma extração, a menina promete que isto não mais acontecerá porque agora ela escova os dentes três ou quatro vezes ao dia, conforme lhe foi ensinado.

Um exemplo a ser seguido é o de Vinícius Sampaio dos Ramos. Aos 9 anos sentou pela primeira vez na cadeira de dentista do Odontomóvel e saiu de lá com um cumprimento da doutora Bruna. “Sua boca está perfeita, nenhuma cárie, nenhum problema, parabéns!”. 

Perguntado como conseguiu isso, Vinícius contou que seus pais sempre o orientaram a fazer escovação, proibiram de comer balas e, por isso, nunca teve cárie ou dor de dente.






chicolelis é jornalista e escritor de livros infantis. Tem passagens pelos jornais A Tribuna, de Santos, O Globo e Diário do Comércio. Trabalhou nas assessorias de imprensa da Ford, Goodyear e General Motors do Brasil. Atualmente é colaborador da Motorpress Brasil onde criou a coluna Além do Carro. Escreva para o Chico: chicolelis@gmail.com. 
Texto publicado originalmente no site Carro Online. Visite: carroonline.terra.com.br    

sábado, 3 de setembro de 2016

VOCÊ SABIA?
chicolelis conta*

VOLUNTÁRIOS DA GM REFORMAM CASAS EM HELIÓPOLIS.


Eles largaram suas mesas, prensas, ferramentas sofisticadas, pistas de testes, laboratórios e muitos outros afazeres na fábrica para participar de um mutirão na Comunidade de Heliópolis, onde assumiram pás, pincéis, brochas, tintas, cimento, martelos, pregos, serrotes e outros artefatos necessários para a reforma de uma casa. Veio gente até do Rio Grande de Sul para pintar ou rebocar paredes. Claro, todos usando material de segurança, como capacetes e luvas, porque, caso contrário, o pessoal da CIPA da empresa poderia dar uma compostura neles. 


O grupo que "invadiu" Heliópolis era formado por funcionários da General Motors do Brasil, que mantém o Instituto GM. Na comunidade, todos obedeciam ordens, só que não do presidente da empresa, Santiago Chamorro, que ali também estava, porém de pedreiros, pintores e carpinteiros, que passavam as instruções sobre como proceder em cada etapa dos trabalhos que duravam um final de semana. Graças a estes ensinamentos, Arnaldo Uliana,  gerente de produção com 32 anos de GM, e que viajou de Gravataí (RS, onde a GM tem fábrica), se orgulha em dizer que hoje "é capaz de fazer, muito bem, o reboco de uma parede".

O Instituto General Motors, promove estas ações de voluntariado com seus funcionários, de todos os níveis da empresa, para ajudar ao próximo. Nem sempre o trabalho é braçal como este de Heliópolis. O IGM atua em várias direções, como ensino, saúde, meio ambiente e outras. 


Arnaldo lembra que os profissionais eram extremamente rigorosos, acompanhando o trabalho dos voluntários com atenção. "Nada de amolecer o corpo", conta que falavam, exigindo cuidado com o desperdício. "Eu já havia participado de eventos como este em Porto Alegre (RS), onde vivo, mas nunca tão gratificante."

Alcione Viana, presidente do Instituto, destaca que as reformas das casas não são feitas de graça. Os voluntários nada ganham, mas os moradores têm um custo, ainda que simbólico, para a compra dos materiais necessários. É muito pouco o que pagam, mas é uma forma de valorizarem ainda mais o que é feito. 


E neste dia de trabalho pesado, o que fez o presidente da GM? Primeiro proibiu de ser identificado como tal. Depois, Santiago Chamorro fez aquilo que já fizera na Colômbia, onde também foi presidente da GM: assentou pisos na casa onde atuou. E, orgulhoso, diz que realizou um bom trabalho, ressaltando que "não queremos a solução de um problema, mas sim parte desta solução, não sendo assistencialistas, mas sim colaboradores".

Foi um dia, destacam Ana e Arnaldo, que vai ficar na nossa história, com a transformação que foi inserida em nossas vidas.

Ah, sim, o almoço do grupo foi num restaurante, "por kilo", regado a Tubaína e guaraná Joinha, e, claro, cada um pagou sua conta. Uma delícia, garantem todos.






chicolelis é jornalista e escritor de livros infantis. Tem passagens pelos jornais A Tribuna, de Santos, O Globo e Diário do Comércio. Trabalhou nas assessorias de imprensa da Ford, Goodyear e General Motors do Brasil. Atualmente é colaborador da Motorpress Brasil onde criou a coluna Além do Carro. Escreva para o Chico: chicolelis@gmail.com. 
Texto publicado originalmente no site Carro Online. Visite: carroonline.terra.com.br    


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

VOCÊ SABIA?
chicolelis conta.

A VOLKSWAGEN TAMBÉM ENSINA A COSTURAR.


Pode parecer brincadeira, mas é a mais pura verdade: a Volkswagen do Brasil, que produz Gol, Jetta, up! e outros sucessos de audiência também mantém uma escola de corte e costura, que já formou 160 alunas nos dois últimos anos.

Mas, como lá na Volks o pessoal entende muito de ferramentaria, design, comercialização e outros itens relacionados ao automóvel, passaram a parte que trata de linhas, tesoura e tecidos para a Fundação Volkswagen, que cuida dos assuntos além do automóvel -- como projetos socioculturais, proteção ao meio ambiente, apoio ao ensino, entre muitos outros.

Voltando ao projeto Costurando o Futuro, nome da "escola" de corte e costura: ele foi criado para ajudar a comunidade nos locais onde a VW mantém fábricas -- por enquanto em São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR). Na primeira, de 160 participantes, 155 tornaram-se microempresárias. Entre essas, cinco montaram a Tecoste Tecido Costura e Arte, que têm clientes como Latam, Porto Seguro, Sesc Interlagos, Secretaria de Turismo de SBC etc.

Sandra Maria Viviani conta que o material usado pelas costureiras vem da Volkswagen. São, no total, 90 produtos, principalmente tecidos de bancos e de uniformes dos operários, que sofrem algum tipo de dano ou desgaste pelo tempo de uso. São aproveitados também cintos de segurança, na produção de mochilas e bolsas -- os principais produtos da Tecoste.

A fábrica de camisas Dudalina também fornece retalhos de seus tecidos, que são usados em detalhes de acabamento nas bolsas e necessaires por elas produzidos. A prefeitura de São Bernardo cede a sala onde está instalada a Tecoste.

O material chega, elas fazem a seleção e definem como usar para transformá-los em algo que nada tem a ver com um automóvel. Mas o Costurando o Futuro não ensina apenas a costurar: as alunas têm aulas de administração financeira. Isso para que, como explica o superintendente da fundação, Eduardo Barros, diretor de assuntos jurídicos da VW do Brasil,  possam montar e fazer sobreviver seus próprios negócios.


Exemplos de produtos feitos pela Tecoste. Repare no cinto de segurança reaproveitado na mochila.

Família unida

As cinco sócias da Tecoste formam uma família, como elas mesmas dizem. Estão sempre juntas, na empresa ou fora dela. Cada uma tem sua história. 

Lusinete de Souza Almeida, por exemplo, nunca havia costurado na vida. Trabalhava na administração de uma empresa e hoje é chamada pelas sócias de "rainha do overloque". Outra que jamais havia costurado antes, Val Vieira foi metalúrgica no ABC, ficou desempregada em 2009 e agora está feliz com o que faz.


Lusinete de Souza Almeida

Custódia Benevenuto é mineira de Ponte Nova. Trabalhava como diarista, mas uma cirurgia a impediu de continuar fazendo os esforços necessários. Sabia costurar "só um pouquinho" -- ao contrário de Maria Gorete de Souza Oliveira, formada professora que, quando pequena, costurava para suas bonecas e para seu irmão menor. Ao perder o emprego numa empresa de eletrônica, a baiana criada em Mato Grosso do Sul inscreveu-se para participar do curso promovido pela Fundação Volkswagen. Foi a primeira vez que sentou diante de uma máquina de costura, ainda mais industrial, como usam na empresa delas.

Todas demonstram alegria por estarem desenvolvendo um trabalho que, além de ajudar no sustento de suas famílias, mostra que elas foram capazes de se renovar, depois de perderem seus empregos. Os seus sorrisos provam isso.







chicolelis é jornalista e escritor de livros infantis. Tem passagens pelos jornais A Tribuna, de Santos, O Globo e Diário do Comércio. Trabalhou nas assessorias de imprensa da Ford, Goodyear e General Motors do Brasil. Atualmente é colaborador da Motorpress Brasil onde criou a coluna Além do Carro. Escreva para o Chico: chicolelis@gmail.com. 
Texto publicado originalmente no site Carro Online. Visite: carroonline.terra.com.br    

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

VOCÊ SABIA?
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ARARA AZUL

A bióloga que testa carros para salvar a ave da extinção.

O primeiro veículo que ela testou foi o Bandeirante, aquele jipe que a Toyota produziu aqui entre 1962 e 2001 e que deixou muita saudade nela e entre os chacareiros (especialmente os da colônia japonesa) do interior de São Paulo. Depois veio a picape Hilux, da mesma marca, que ganhou nova geração recentemente. Ela testa os modelos e reporta suas impressões para a fábrica. Mas por que a bióloga Neiva Guedes, doutora em biologia, foi virar "piloto de testes" de fora-de-estrada da marca oriental?

Simples: ela é apaixonada pela arara azul e a Toyota, por intermédio de uma fundação, que decidiu apoiá-la no seu trabalho de evitar a extinção da espécie, ameaçada pela ação do homem, seu maior predador. 



Neiva é presidente do Instituto Arara Azul, com sede no Pantanal (MS), que criou depois de se apaixonar pela espécie que contava com apenas 500 indivíduos no Brasil, em 1989. Hoje, graças ao trabalho movido por sua paixão pela ave e com o apoio da montadora, elas já são 5.000 e saíram da lista dos animais em extinção. Ao mencionar isso, o brilho nos olhos da bióloga mostra seu amor pela arara azul, um sentimento que foi desviado dos mamíferos, seu alvo inicial.

Era neles que Neiva pensava quando foi visitar o Pantanal, mas acabou conhecendo a mais "humana" das espécies de arara (existem também a vermelha e a canindé, de plumagem tricolor), a azul. A comparação, conforme explica a bióloga, é pela maneira como a arara azul forma a família, tratando com carinho dos filhotes, ato em que se revezam macho e fêmea, que permanecem juntos por toda a vida. 

O casal é capaz de procriar entre os dez e os 20 anos de vida  mas, o que dificulta a sua proliferação é que, mesmo gerando dois ovos por ano, apenas um filhote sobrevive. Os dois outros tipos de araras têm maior poder de procriação, com até seis filhotes por ano, que vingam com maior facilidade que as azuis. Além disso, a arara azul é extremamente frágil. Em 2015, por exemplo, 100 delas morreram sem que se tenha descoberto a razão. 

Não me espionem 


Recentemente, uma empresa austríaca presenteou o Instituto Arara Azul com transmissores, que fariam rastreamento das aves. Os aparelhos, muito caros, não duraram 15 dias nos pescoços das  aves. "Elas arrancam umas das outras", conta Neiva, com um sorriso de mãe que perdoa a travessura dos seus filhos.

Mas o risco à arara azul, que vive até 60 anos em cativeiro e entre 35 e 40 na natureza, não está no aparelho espião, mas sim na ação predadora do homem -- atraído pelo seu alto valor no tráfico de aves, o segundo maior no mercado negro, perdendo apenas para o de drogas.

Em compensação, hoje a população do Pantanal e outras regiões onde se encontra a arara azul (que se alimenta apenas de duas espécies de castanha, curi e bocaiuva) mudou seu comportamento em relação às aves e ajuda em sua proteção e preservação, diminuindo a interferência dos contrabandistas de animais.

Onde? 

O Instituto Arara Azul - www.projetoararaazul.org.br - tem sede em Campo Grande, MS. Neiva Guedes, a presidente tem sua vida totalmente direcionada à preservação da ave pela qual se apaixonou nos anos 80 e que, ao falar delas não para mais, tanto quanto o brilho no seu olhar. Ela se sente muito feliz ao lembrar o início de tudo, quando viu a primeira ave, e resolveu estudar seu comportamento, para tirá-la da lista dos animais em extinção. E conseguiu!

“Adote um ninho”


Uma das ações do Instituto Arara Azul é a campanha do “Adote um Ninho”, da qual, qualquer pessoa interessada pode participar. Através do site, é possível ter como colegas padrinhos, grandes empresas e personalidades como Ziraldo, Michel Teló, Chitãozinho e Xororó, Munhoz e Mariano, Luan Santana e muitos outros famosos, num total de 45 ninhos.

A campanha está em sua segunda edição e a arrecadação e a sua renda proporcionam recursos e o fortalecimento do projeto.

Quer conhecer?


O Centro de Sustentabilidade, criado em 2013 com o patrocínio da Toyota, tem por finalidade garantir que as ações da entidade sejam perenes e que ela possa, em alguns anos, se tornar autossustentável economicamente. O centro criou um programa de turismo de informação e observação das araras na cidade e no Pantanal, especialmente em seu período de reprodução. O espaço vem recebendo estudantes e pesquisadores, brasileiros e estrangeiros que fazem estágio e treinamento realizados pelo Instituto Arara Azul.







* chicolelis é jornalista e escritor de livros infantis. Tem passagens pelos jornais A Tribuna, de Santos, O Globo e Diário do Comércio. Trabalhou nas assessorias de imprensa da Ford, Goodyear e General Motors do Brasil. Atualmente é colaborador da Motorpress Brasil onde criou a coluna Além do Carro. Escreva para o Chico: chicolelis@gmail.com.
Texto publicado originalmente no site Carro Online. Visite: carroonline.terra.com.br. Fotos: Rafael Munhoz.